quarta-feira, 10 de novembro de 2010

7% e o FMI

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Se não viesse o FMI (através do Fundo de Estabilização Europeu) teríamos eleições por volta de Junho de 2011 pois parece-me claro que este governo não tem condições de credibilidade para continuar a governar e só se mantêm artificialmente no poder porque a constituição impede o Presidente de dissolver agora a Assembleia e qualquer outra solução governativa não seria solução duradoira.


Estamos a 9 de Novembro de 2010, ou seja ainda falta mais de 1 mês para acabar o ano. No entanto o governo decidiu colocar a leilão hoje a totalidade das necessidades de financiamento previsto até o final do ano, numa altura em que se previa a subida das taxas de juro devido às declarações da Chanceler Alemã Angela Merkel.

Obviamente que o resultado só podia ser este: atingiu-se os 7% de taxa de juros que o ministro das finanças disse como sendo o limite a partir do qual viria o FMI.

Se é verdade que o governo tinha mais tempo para dividir este leilão então parece-me obvio que é o governo quem quer o FMI aqui.

Percebo perfeitamente que o governo queira o FMI aqui, o que não percebo e repudio é que diga uma coisa e faça o seu oposto.

Será isto uma manobra para tentar continuar estar agarrado ao Poder?

De facto, se nada for feito de forma estrutural urgentemente Portugal abrirá falência até 2015 e nas propostas do Governo para 2011 não há nada estrutural.

Se o FMI vier para nos ajudar a pôr em prática as reformas estruturais que este governo não conseguiu fazer (apesar de ter tido maioria absoluta) então que venha! Não percebo porque é que o Sócrates e outras pessoas andam a diabolizar o FMI.

É claro que num mundo perfeito não seria necessário vir os estrangeiros ensinar-nos a governar.
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