Segundo o INE – Instituto Nacional de Estatística, as
famílias com filhos gastam, em média, mais 840 Euros mensais do que as famílias
sem filhos.
Se verificarmos que a maior parte destas famílias com filhos
faz um sacrifício de contenção por não poder providenciar aos filhos tudo o que
eles necessitam pelo simples facto de não terem os 840 euros a mais no ordenado
vemos que esses 840 euros a mais não são os necessários mas sim uma média muito
influenciada pela falta de dinheiro.
Esta é a prova que em Portugal, uma pessoa da classe média, é
um herói quem tem filhos e como a maior parte das pessoas não querem ser heróis,
há cada vez menos filhos.
Assim não há Segurança Social que resista.
O Estado devia abrir os olhos a esta realidade e tomar
iniciativas de incentivo à natalidade da classe média.
Não me estou a referir a dar subsídios, estes tem um efeito
de aumento de natalidade na classe baixa com o consequente aumento da criminalidade
juvenil.
Estou-me a referir a políticas fiscais que protejam as famílias
e aumente a natalidade na classe média.
Isso não se consegue com certeza com os 10% com limite de
cerca de 800 euros ANUAIS que o Estado abate ao IRS, para a soma da totalidade
das despesas de habitação, Saúde e Educação.
Ainda para mais que o INE concluiu que o maior aumento de
despesa de quem tem filhos não é na Educação mas sim na Habitação e Saúde.
Estes números se justificam porque em Portugal a classe média
não tem dinheiro para colocar os filhos em colégios mas sim no ensino (quase)gratuito
das escolas públicas pelo que as
despesas de Educação não são tantas como o aumento das despesas necessárias à
uma casa maior.
Compreendo que na situação de emergência nacional em que nos
encontramos não haja dinheiro para esses incentivos, mas peço aos governantes
que, quando houver margem orçamental se dê prioridade à redução de impostos de
quem tem filhos.
Apesar de felizmente haver alguma mobilidade social, a
verdade é que na maior parte dos casos isso é mentira pelo que a melhor solução
para sustentabilidade da Segurança Social é o aumento da natalidade na classe média,
e isso consegue-se com uma efectiva redução de impostos de quem têm filhos em
vez de atribuir subsídios.
Em relação à classe média-baixa (onde eu me insiro apesar de eu e
a minha mulher termos formação superior) a solução é continuar com a Educação Pública,
aumentar a licença de maternidade/paternidade e aumentar o acesso à
creche/infantário sendo que esta última bem como os primeiros ciclos do ensino
básico deverá ter um horário alargado, não para o aumento de horas lectivas mas
para o aumento de horas em que a escola está aberta para facilitar a
compatibilidade de horários com o trabalho dos país, sem, no entanto, permitir o abuso dos pais.
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