Passos Coelho não cedeu às pressões da Alemanha.
Eu sabia que a proposta dos chineses era a mais vantajosa em termos financeiros e que portanto, segundo as regras de mercado deveriam ser os chineses a ganhar a EDP, no entanto dada a história recente de Portugal nunca acreditei nesse desfecho pois pensava que Portugal iria ceder às pressões da chanceler alemã Ângela Merkel.
Fiquei favoravelmente surpreendido com esta notícia que na prática é um afirmar de Portugal que não se verga aos interesses alemães.
Parabéns Portugal pela coragem de fazer funcionar o capitalismo sobre a política neste caso concreto.
Isto será um sinal claro aos próximos investidores estrangeiros que Portugal deixou de ser um país de governantes corruptos ou ideológicos e que, a partir de agora, dá mais razão ao capital, passando a agir de forma mais transparente e previsível.
Parabéns António Mexia pela competência, Parabéns Passos Coelho pela coragem.
Agora resta saber se Passos Coelho terá coragem para implementar as medidas recomendadas pela Troika e pela Deco sobre o sector energético de forma a baixar substancialmente os custos políticos da energia, o chamado "custos de interesse geral" que representa quase metade do valor da factura da EDP ao consumidor final e que em muitos casos são uma total distorção da lógica de mercado que acaba por ser paga por todos nós.
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