quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

«Crise externa deu um jeitão à política»

in http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=1043664&div_id=1730

 Quem o diz não é alguém ligado à oposição mas o próprio Daniel Bessa que antes de ser Socialista é um consagrado Economista.

 De facto a crise interna foi esquecida por este governo que agora culpa a crise externa como se esta fosse a fonte de todos os nossos males.

 Mas o pior é que este governo acredita que o aumento da despesa (e consequente aumento dos impostos no futuro) é o bom caminho.

 De facto a nível Europeu e Americano aumentar a despesa por um curto período é uma boa medida, principalmente se obtiveram excedentes (superavit) orçamentais no passado. Mas não é o caso de Portugal que além de não ser uma Europa mas sim um pequeno país, ainda por cima teve défice orçamental nos últimos anos.

 Quando digo que Portugal não é uma Europa mas sim um pequeno país estou a querer dizer que enquanto uma Europa gasta, o dinheiro fica na sua economia, Portugal quando gasta, o dinheiro acaba por ir para a Alemanha, Espanha, China ou outro país qualquer.

 Por isso é necessário escolher criteriosamente os gastos para combater a crise no curto prazo, boas medidas são o pagamento a fornecedores (por incrível que pareça isto é notícia!) e pequenas obras locais como a recuperação do parque escolar.

 Mas o que sufoca Portugal é a sua falta de competitividade e para isso não é necessário aumentar a despesa, antes pelo contrário, é necessário baixar a despesa, baixar e equiparar impostos com a vizinha Espanha tendo em atenção a nossa periferia e por isso temos que ter menos impostos e ser mais competitivos do que Espanha ou outro país Europeu.

 Além de baixar a despesa e os impostos é necessário pôr a Justiça a funcionar, desburocratizando e evitando o acesso aos tribunais por causas que poderiam ser fáceis de resolver ou evitar de outro modo.

 Além da reforma da Justiça também é necessário a reforma da mobilidade das pessoas e para isso seria necessário pôr o mercado de arrendamento a funcionar, e dado o caso concreto de Portugal, penso que isso só se consegue com uma liberalização significativa do mercado de arrendamento, é necessário que os donos das propriedades mandem no que é seu.

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