in http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=1041886&div_id=1728
Há demagogos no estilo e demagogos no conteúdo.
José Sócrates chama de demagogo a Paulo Portas por este se entusiasmar nas suas declarações chegando mesmo a falar alto de emoção e com linguagem popular para que todos entendam o que ele diz. Chama-o de demagogo por ele alertar a opinião pública de casos como o de ontem onde um polícia da PSP na Gare do Oriente ter sido espancado e hoje ele estar no hospital enquanto os delinquentes, apanhados em flagrante delito, andam em liberdade.
Se isso é ser demagogo então todos os líderes o são. Há quem chame a isso ser carismático. O único líder que tem falta de demagogia seria a Manuela Ferreira Leite tal como o baixote Marques Mendes e talvez por isso o PSD está em queda nas sondagens.
Isso é demagogia de estilo. Agora o pior demagogo é o que o é no conteúdo e nisso ninguém bate a José Sócrates: é demagogo no estilo e no conteúdo.
José Sócrates consegue o milagre de transformar uma má notícia numa boa notícia, apenas devido ao aparato de imagem que o apoia à custa do dinheiro dos contribuintes.
Mas as pessoas que estão no terreno, como este empresário da Jerónimo Martins, não se deixam enganar e sabem que não passa tudo da mais pura das verdadeiras demagogias.
No primeiro ano de governação até achei o primeiro ministro competente só é pena ele ter usado essa competência ao serviço da imagem e da manipulação das estatísticas em vez de ter continuado a fazer o seu trabalho: o de governar. Mas governar implica tomar medidas impopulares e o PS, como o demonstrou o Guterres e Sócrates, é incapaz de tomar medidas impopulares.
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