Belmiro de Azevedo refere que «alguém foi responsável por todos os portugueses estarem 30 a 40 por cento mais pobres neste período mais recente», considerando que «tem que haver culpados»
O membro do Banco Central da Islândia Gylfi Zoega defendeu que Portugal deve investigar quem está na origem do elevado endividamento do Estado e bancos, e porque o fez.
«Temos de ir aos incentivos. Quem ganhou com isto? No meu país eu sei quem puxou os cordelinhos, porque o fizeram e o que fizeram, e Portugal precisa de fazer o mesmo. De analisar porque alguém teve esse incentivo, no Governo e nos bancos, para pedirem tanto emprestado e como se pode solucionar esse problema no futuro», disse.
Fonte: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/crise-pobreza-belmiro-de-azevedo-economia-dinheiro/1256208-1730.html
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quinta-feira, 26 de maio de 2011
terça-feira, 17 de maio de 2011
Justiça: 15 vezes mais lenta do que noutros paises semelhantes a Portugal
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Os processos judiciais de primeira instância em Portugal demoram, em média, 15 vezes mais tempo a chegar ao fim do que na Finlândia, aponta um estudo hoje apresentado que compara Portugal a países com características semelhantes.
O estudo «Países Como Nós», desenvolvido pelo jornal «Expresso» e pela consultora PricewaterhouseCoopers, foi conduzido nos últimos dois meses e, sob coordenação do docente Diogo Freitas do Amaral, comparou Portugal com países semelhantes em número de habitantes ou de Produto Interno Bruto (PIB), do qual são exemplo, entre outros, a Finlândia, a Bélgica, o Chile ou a República Checa.
A despesa do Estado português com a Justiça é regra geral semelhante à de outros «países como nós», indica o estudo, que diz ainda que a Finlândia tem um número de juízes semelhante ao de Portugal, mas tem somente um décimo dos advogados no activo.
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Fonte: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/justica-processos-portugal-finlandia-chile-agencia-financeira/1253824-1730.html
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Os processos judiciais de primeira instância em Portugal demoram, em média, 15 vezes mais tempo a chegar ao fim do que na Finlândia, aponta um estudo hoje apresentado que compara Portugal a países com características semelhantes.
O estudo «Países Como Nós», desenvolvido pelo jornal «Expresso» e pela consultora PricewaterhouseCoopers, foi conduzido nos últimos dois meses e, sob coordenação do docente Diogo Freitas do Amaral, comparou Portugal com países semelhantes em número de habitantes ou de Produto Interno Bruto (PIB), do qual são exemplo, entre outros, a Finlândia, a Bélgica, o Chile ou a República Checa.
A despesa do Estado português com a Justiça é regra geral semelhante à de outros «países como nós», indica o estudo, que diz ainda que a Finlândia tem um número de juízes semelhante ao de Portugal, mas tem somente um décimo dos advogados no activo.
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Fonte: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/justica-processos-portugal-finlandia-chile-agencia-financeira/1253824-1730.html
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segunda-feira, 9 de maio de 2011
Finantial Times acusa Sócrates de gestão “apavorante” e discurso enganador.
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Fonte: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/socrates-financial-times-resgate-troika-ajuda-agencia-financeira/1252057-1730.html
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O prestigiado jornal financeiro britânico de âmbito internacional, Finantial Times, acusa o primeiro-ministro português, José Sócrates, de gestão “apavorante” e discurso enganador.
Fonte: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/socrates-financial-times-resgate-troika-ajuda-agencia-financeira/1252057-1730.html
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domingo, 8 de maio de 2011
Afinal o IVA aumenta outra vez: para os 25%
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De facto o memorando de entendimento da troika não fala em subida do IVA, apenas da passagem para um escalão superior do IVA de muitos produto que actualmente beneficiam do escalão mínimo.
De facto o memorando de entendimento da troika não fala em subida do IVA, apenas da passagem para um escalão superior do IVA de muitos produto que actualmente beneficiam do escalão mínimo.
No entanto diz que a Taxa Social Única deverá baixar e ser substituída pelo aumento de outros impostos.
Ora tudo leva a crer que para baixar a Taxa Social Única em 3% deverá ter que se aumentar o IVA em 2% Assim ficaríamos com um IVA de 25%
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Banco Central: Portugal devia investigar quem causou a crise
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O membro do Banco Central da Islândia Gylfi Zoega considera que Portugal deve investigar quem está na origem do elevado endividamento do Estado e bancos, e porque o fez, e que «foi uma bênção» Portugal estar no euro.
«Temos de ir aos incentivos. Quem ganhou com isto? No meu país eu sei quem puxou os cordelinhos, porque o fizeram e o que fizeram, e Portugal precisa de fazer o mesmo. De analisar porque alguém teve esse incentivo, no Governo e nos bancos, para pedirem tanto emprestado e como se pode solucionar esse problema no futuro», diz o responsável.
O economista, que também participou no documentário premiado com um Óscar «Inside Job ¿ A verdade sobre a crise», disse em entrevista à Agência Lusa que Portugal beneficiou muito de estar no euro nesta altura, porque para além do apoio dos seus parceiros da união monetária, terá de resolver os seus problemas estruturais ao invés de recorrer, como muitas vezes no passado, à desvalorização da moeda.
«Talvez para Portugal estar no euro nesta altura seja uma bênção, porque apesar de não conseguir sair do problema de forma tão fácil como antes, através da depreciação [da moeda], vocês têm de lidar com os problemas estruturais que têm», disse.
Islândia deu-se bem com o FMI
A Islândia, na sequência da grave crise económica que sofre desde 2008, derivada do colapso do seu sistema financeiro (que chegou a ser 10 vezes maior que a economia islandesa), também teve de recorrer ao Fundo Monetário Internacional para resolver os seus problemas de financiamento, mas neste caso a experiência não é nada mal vista.
«Penso que o FMI é útil neste sentido, porque é uma instituição que pode ajudar a coordenar as acções. Existem coisas impopulares que têm de ser feitas, e pode ser utilizada como um bode expiatório para essas medidas impopulares, que teriam de ser aplicadas de qualquer forma. Ajuda os políticos locais a justificar aquilo que podiam não conseguir fazer por eles próprios», diz.
O responsável diz mesmo que a experiência do seu país tem sido «muito boa» e que a instituição tem feito um grande esforço de coordenação para garantir que as medidas têm os efeitos desejados.
«A experiência com o FMI acabou por ser muito boa, porque actualmente têm uma tendência para serem muito pragmáticos, para encontrar soluções que funcionem. Tiveram algumas medidas pouco ortodoxas, como os controlos de capital e outras para reduzir o défice, e ajudaram a garantir que o programa estava no caminho certo, visitando todos os ministérios, o banco central. Tem sido um esforço em grande cooperação», explica.
Islândia sem previsão de voltar aos mercados
No entanto, recorrer a ajuda externa tem as suas consequências e a principal tem sido a falta de confiança dos mercados, explica ainda Gylfi Zoega, acrescentando que ainda não existe previsão para quando ou se a Islândia vai conseguir voltar a financiar-se nos mercados.
«[A Islândia] Não tem qualquer acesso aos mercados de capitais actualmente, e é uma questão em aberto. Quanto tempo demorará? Se os mercados ficarão completamente fechados? Se olham para isto como um problema isolado que podem perdoar ou se olham e pensam nisto como algo mais crónico. Portanto, nós não sabemos como vai ser o nosso acesso ao mercado no futuro», afirma.
Na Islândia, por exemplo, foi a banca que esteve na origem do problema. Os banqueiros e a supervisão usaram as instituições financeiras de forma abusiva.
Sobre o caso português, este banqueiro diz que o nosso país tem de baixar salários e depressa.
E o leitor concorda? Acha que Portugal devia investigar e responsabilizar judicialmente quem esteve na origem desta situação?
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/endividamento-islandia-divida-crise-agencia-financeira-fmi/1251681-1730.html
O membro do Banco Central da Islândia Gylfi Zoega considera que Portugal deve investigar quem está na origem do elevado endividamento do Estado e bancos, e porque o fez, e que «foi uma bênção» Portugal estar no euro.
«Temos de ir aos incentivos. Quem ganhou com isto? No meu país eu sei quem puxou os cordelinhos, porque o fizeram e o que fizeram, e Portugal precisa de fazer o mesmo. De analisar porque alguém teve esse incentivo, no Governo e nos bancos, para pedirem tanto emprestado e como se pode solucionar esse problema no futuro», diz o responsável.
O economista, que também participou no documentário premiado com um Óscar «Inside Job ¿ A verdade sobre a crise», disse em entrevista à Agência Lusa que Portugal beneficiou muito de estar no euro nesta altura, porque para além do apoio dos seus parceiros da união monetária, terá de resolver os seus problemas estruturais ao invés de recorrer, como muitas vezes no passado, à desvalorização da moeda.
«Talvez para Portugal estar no euro nesta altura seja uma bênção, porque apesar de não conseguir sair do problema de forma tão fácil como antes, através da depreciação [da moeda], vocês têm de lidar com os problemas estruturais que têm», disse.
Islândia deu-se bem com o FMI
A Islândia, na sequência da grave crise económica que sofre desde 2008, derivada do colapso do seu sistema financeiro (que chegou a ser 10 vezes maior que a economia islandesa), também teve de recorrer ao Fundo Monetário Internacional para resolver os seus problemas de financiamento, mas neste caso a experiência não é nada mal vista.
«Penso que o FMI é útil neste sentido, porque é uma instituição que pode ajudar a coordenar as acções. Existem coisas impopulares que têm de ser feitas, e pode ser utilizada como um bode expiatório para essas medidas impopulares, que teriam de ser aplicadas de qualquer forma. Ajuda os políticos locais a justificar aquilo que podiam não conseguir fazer por eles próprios», diz.
O responsável diz mesmo que a experiência do seu país tem sido «muito boa» e que a instituição tem feito um grande esforço de coordenação para garantir que as medidas têm os efeitos desejados.
«A experiência com o FMI acabou por ser muito boa, porque actualmente têm uma tendência para serem muito pragmáticos, para encontrar soluções que funcionem. Tiveram algumas medidas pouco ortodoxas, como os controlos de capital e outras para reduzir o défice, e ajudaram a garantir que o programa estava no caminho certo, visitando todos os ministérios, o banco central. Tem sido um esforço em grande cooperação», explica.
Islândia sem previsão de voltar aos mercados
No entanto, recorrer a ajuda externa tem as suas consequências e a principal tem sido a falta de confiança dos mercados, explica ainda Gylfi Zoega, acrescentando que ainda não existe previsão para quando ou se a Islândia vai conseguir voltar a financiar-se nos mercados.
«[A Islândia] Não tem qualquer acesso aos mercados de capitais actualmente, e é uma questão em aberto. Quanto tempo demorará? Se os mercados ficarão completamente fechados? Se olham para isto como um problema isolado que podem perdoar ou se olham e pensam nisto como algo mais crónico. Portanto, nós não sabemos como vai ser o nosso acesso ao mercado no futuro», afirma.
Na Islândia, por exemplo, foi a banca que esteve na origem do problema. Os banqueiros e a supervisão usaram as instituições financeiras de forma abusiva.
Sobre o caso português, este banqueiro diz que o nosso país tem de baixar salários e depressa.
E o leitor concorda? Acha que Portugal devia investigar e responsabilizar judicialmente quem esteve na origem desta situação?
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/endividamento-islandia-divida-crise-agencia-financeira-fmi/1251681-1730.html
sexta-feira, 6 de maio de 2011
10 medidas morais que foram "esquecidas":
1.- Combater realmente a corrupção;
2 - Acabar com as pensões vitalícias e / ou pensões em vigor dos políticos (presidentes da república, primeiros-ministros, ministros, deputados e outros quadros (os Srs deputados receberam o seu ordenado aquando da sua actividade como deputado, não têm nada que ter pensões vitalícias nem serem reformados ao fim de 12 anos; quando muito recebem uma percentagem na reforma, mas aos 65 anos de idade como os restantes portugueses - veja-se o caso do Sr. António Seguro que na casa dos 40 anos de idade já tem direito a reforma da Assembleia da República);
4 - Reduzir o nº de ministérios e secretarias de estado, institutos e outras entidades criadas artificialmente, algumas desnecessárias e muitas vezes até redundantes, apenas para dar emprego aos "boys";
6 - Acabar com os subsídios de reintegração social atribuídos aos vereadores, aos presidentes de Câmara, e outras entidades (multiplique-se o número de vereadores existentes pelo número de municípios e veja-se a enormidade e imoralidade que por aí grassa);
7 - Acabar com as reformas múltiplas, sendo que um cidadão só poderá ter uma única reforma (ao invés de duas e três, como muitos têm);
8 - Criar um tecto para as reformas, sendo que nenhuma poderá ser maior que a do PR;
9 - Acabar com o sigilo bancário de quem pede subsídios;
10 - Criar um quadro da administração do Estado, de modo a que quando um governo mude, não mudem centenas de lugares na administração do Estado;
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quinta-feira, 5 de maio de 2011
PLANO DE AUSTERIDADE
Depois de ler as medidas do plano de austeridade que a troika vai anunciar amanhã e que foi publicado hoje na Agencia Financeira venho dizer com o que concordo e com o que não concordo:
Concordo:
- Desemprego: Mais pessoas irão ter direito a receber o subsídio de desemprego: apenas terão que ter trabalhado 12 meses em vez dos actuais 18 e os Recibos Verdes passam também a ter direito ao subsídio. Em contra-partida o subsídio fica diminuído para 1048€/mês e 18 meses em vez dos actuais 3 anos, tendo ainda uma redução de 10% ao fim de 6 meses.
- Diminuição dos impostos sobre o trabalho (diminuição da taxa social a cargo da empresa).
- Medidas para incentivar o emprego, sobretudo dos mais jovens como:
- Nova lei dos despedimentos baseada no acordo que o governo já tinha feito com os parceiros sociais.
- Criação de uma conta individual do novo fundo de despedimento.
- Privatizações: aos anos que se fala nelas mas ainda não se fez nada.
- Eliminação das Golden Shares.
- Continuação da trajectória descendente do número de funcionários públicos agora alargado à administração local.
PPP (Parcerias Público-Privadas):
- Suspensão do TGV.
- Ser os privados (em função da privatização da ANA) a decidir se fazem o novo Aeroporto, sem financiamento estatal.
- Suspender a concretização de novas PPP (Parcerias Público-Privadas)
- Pedir assistência técnica à UE e ao FMI «para avaliar, pelo menos, as 20 PPP mais significativas, incluindo as principais PPP da Estradas de Portugal». Uma avaliação que deverá estar concluída até Agosto.
- Ser significativamente melhorado os relatórios sobre as PPP no sentido de saber quais os reais custos futuros e de poder ser fiscalizado.
Saúde:
- Taxas Moderadoras diferenciadas para incentivar a ida aos centros de saúde em vez das urgências e proteger os mais pobres.
- Taxas Moderadoras indexadas à inflação.
- “Reformas que aumentarão a eficiência e a efectividade no sector da saúde” embora não saiba que reformas são essas.
- Cortes nas horas extraordinárias na Saúde, pois acredito que levará a uma maior produtividade, embora cada caso seja um caso.
- Aumento do imposto sobre o tabaco
- Revisão das listas de produtos a beneficiar de IVA mínimo embora ache que a electricidade tem taxas a mais que deveriam ser eliminadas em substituição do aumento do IVA e este aumento do IVA devia incidir apenas a partir de um segundo escalão de consumo. De qualquer forma era inadmissível a situação actual onde a Coca-Cola pagava o IVA dos produtos de primeira necessidade.
- Aumento do salário mínimo em função de critérios técnicos e não políticos.
- Redução das pensões acima dos 1500€ em linha com a redução dos salários da função pública já efectuada. uma vez que estas pensões foram conseguidas, na maior parte dos casos de forma menos justa pois a lei anterior onde se baseia estas pensões dizia que só conta os 10 melhores dos últimos 15 anos de trabalho em vez de contar por igual toda a carreira contributiva como diz a nova lei. Além disso há muitas pessoas que acumulam pensões.
- Aumento das pensões mínimas (vamos ver se é de forma “moderada” como dizia a segunda versão do PEC4 (pois a primeira versão falava em ficar congelada) ou em linha com a inflação, para não perder poder de compra, conforme defendia a oposição).
- Congelamento dos salários da função pública uma vez que em muitos casos, principalmente nos mais velhos, o funcionário público ganha mais do que o seu homónimo no privado. Para ser mais justo em vez de se congelar salários devia-se reestruturar carreiras, eliminando os escalões fictícios que existem hoje.
- Restrição em vez de eliminação de promoções.
- Aumento do rácio de solvabilidade dos bancos e respectivos incentivos.
- Racionalização da justiça com criação de juízes especializados e reorganização das comarcas e criação de uma auditoria para entender e propor medidas que diminua os tempos dos processos.
- Diminuição do número de repartições de finanças com a reconversão de muitos funcionários para a área da auditoria/fiscalização.
- Diminuição do número de câmaras e freguesias embora se tenha que ver caso a caso, por exemplo em Lisboa não faz sentido haver tantas freguesias.
- Redução do número de militares.
- Proibição dos militares em aumentar despesa, com a consequente reprogramação militar.
(Concordo com os 2 pontos anteriores desde que não se percam competências estratégicas).
- Descida do IMT (Imposto sobre a compra de casa) para promover a troca de casa e diminuir o endividamento das famílias.
- Intenção de promover o mercado de arrendamento embora apenas tenha visto as medidas restritivas à pose de casa como o aumento do IMI e eliminação gradual das deduções da prestação em sede de IRS. Faltam medidas que permitam o real usufruto dos direitos dos senhorios como o despejo célere do inquilino incumpridor.
- Redução em 15% dos custos operacionais das empresas do sector empresarial do Estado
- Criação de uma auditoria para sabermos quantas entidades existem a comer à mesa do contribuinte para poder decidir quais não são necessárias e extingui-las. (Ao que parece são mais de mil).
- Redução dos «benefícios acessórios em pelo menos 5% por ano entre 2011 e 2014». Entre eles estão carro, telemóvel ou despesas de representação e viagens de que usufruem alguns trabalhadores do sector empresarial do Estado.
- Aplicar limites mais apertados ao endividamento das empresas do Estado.
- Revisão das compensações aos produtores de electricidade renovável pois é escandalosa a situação actual onde uma empresa que também produz electricidade em vez de vender o excedente acaba por a vender na totalidade (a preço subsidiado) e comprar na mesma toda a electricidade que consome, com um grande lucro que é artificial pois é pago por todos nós.
Não sei como vai ser:
- Aumento dos impostos sobre os automóveis.
- Taxa especial sobre a electricidade (terei que ler a directiva 2003/96)
- “Reformas que aumentarão a eficiência e a efectividade no sector da saúde”
- A redução exagerada dos gastos com a ADSE (incluindo ADM e SAD) que prevê reduzir 30% em 2012 e mais 20% em 2013. Reduzir em 50% os gastos com a ADSE é quase a mesma coisa que dizer que se vai acabar com ela. No entanto se esta redução for conseguida apenas com um aumento das taxas moderadoras sem aumentar as custos para o utente das situações mais caras: internamento, intervenções cirúrgicas e exames mais caros (como os TAC e as RM) então poderia concordar.
- Corte em 66% dos benefícios fiscais sobre a Saúde em sede de IRS.
- Cortes nas despesas do transporte de doentes
- Cortes nos meios complementares de diagnóstico.
Ainda não tenho opinião sobre:
- Redução de 4 para 3 anos o reporte de prejuízos para as empresas.
Não concordo:
- Aumento do custo da pose (principalmente no aumento do IMI) de casa para habitação própria, ou seja, se a única propriedade que a pessoa tiver for a casa onde vive.
Conclusão:
A montanha pariu um rato em termos de sacrifícios e a maior parte das medidas anunciada são medidas do mais elementar bom senso que já deviam ter sido tomadas a muito tempo.
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Concordo:
- Desemprego: Mais pessoas irão ter direito a receber o subsídio de desemprego: apenas terão que ter trabalhado 12 meses em vez dos actuais 18 e os Recibos Verdes passam também a ter direito ao subsídio. Em contra-partida o subsídio fica diminuído para 1048€/mês e 18 meses em vez dos actuais 3 anos, tendo ainda uma redução de 10% ao fim de 6 meses.
- Diminuição dos impostos sobre o trabalho (diminuição da taxa social a cargo da empresa).
- Medidas para incentivar o emprego, sobretudo dos mais jovens como:
- Nova lei dos despedimentos baseada no acordo que o governo já tinha feito com os parceiros sociais.
- Criação de uma conta individual do novo fundo de despedimento.
- Privatizações: aos anos que se fala nelas mas ainda não se fez nada.
- Eliminação das Golden Shares.
- Continuação da trajectória descendente do número de funcionários públicos agora alargado à administração local.
PPP (Parcerias Público-Privadas):
- Suspensão do TGV.
- Ser os privados (em função da privatização da ANA) a decidir se fazem o novo Aeroporto, sem financiamento estatal.
- Suspender a concretização de novas PPP (Parcerias Público-Privadas)
- Pedir assistência técnica à UE e ao FMI «para avaliar, pelo menos, as 20 PPP mais significativas, incluindo as principais PPP da Estradas de Portugal». Uma avaliação que deverá estar concluída até Agosto.
- Ser significativamente melhorado os relatórios sobre as PPP no sentido de saber quais os reais custos futuros e de poder ser fiscalizado.
Saúde:
- Taxas Moderadoras diferenciadas para incentivar a ida aos centros de saúde em vez das urgências e proteger os mais pobres.
- Taxas Moderadoras indexadas à inflação.
- “Reformas que aumentarão a eficiência e a efectividade no sector da saúde” embora não saiba que reformas são essas.
- Cortes nas horas extraordinárias na Saúde, pois acredito que levará a uma maior produtividade, embora cada caso seja um caso.
- Aumento do imposto sobre o tabaco
- Revisão das listas de produtos a beneficiar de IVA mínimo embora ache que a electricidade tem taxas a mais que deveriam ser eliminadas em substituição do aumento do IVA e este aumento do IVA devia incidir apenas a partir de um segundo escalão de consumo. De qualquer forma era inadmissível a situação actual onde a Coca-Cola pagava o IVA dos produtos de primeira necessidade.
- Aumento do salário mínimo em função de critérios técnicos e não políticos.
- Redução das pensões acima dos 1500€ em linha com a redução dos salários da função pública já efectuada. uma vez que estas pensões foram conseguidas, na maior parte dos casos de forma menos justa pois a lei anterior onde se baseia estas pensões dizia que só conta os 10 melhores dos últimos 15 anos de trabalho em vez de contar por igual toda a carreira contributiva como diz a nova lei. Além disso há muitas pessoas que acumulam pensões.
- Aumento das pensões mínimas (vamos ver se é de forma “moderada” como dizia a segunda versão do PEC4 (pois a primeira versão falava em ficar congelada) ou em linha com a inflação, para não perder poder de compra, conforme defendia a oposição).
- Congelamento dos salários da função pública uma vez que em muitos casos, principalmente nos mais velhos, o funcionário público ganha mais do que o seu homónimo no privado. Para ser mais justo em vez de se congelar salários devia-se reestruturar carreiras, eliminando os escalões fictícios que existem hoje.
- Restrição em vez de eliminação de promoções.
- Aumento do rácio de solvabilidade dos bancos e respectivos incentivos.
- Racionalização da justiça com criação de juízes especializados e reorganização das comarcas e criação de uma auditoria para entender e propor medidas que diminua os tempos dos processos.
- Diminuição do número de repartições de finanças com a reconversão de muitos funcionários para a área da auditoria/fiscalização.
- Diminuição do número de câmaras e freguesias embora se tenha que ver caso a caso, por exemplo em Lisboa não faz sentido haver tantas freguesias.
- Redução do número de militares.
- Proibição dos militares em aumentar despesa, com a consequente reprogramação militar.
(Concordo com os 2 pontos anteriores desde que não se percam competências estratégicas).
- Descida do IMT (Imposto sobre a compra de casa) para promover a troca de casa e diminuir o endividamento das famílias.
- Intenção de promover o mercado de arrendamento embora apenas tenha visto as medidas restritivas à pose de casa como o aumento do IMI e eliminação gradual das deduções da prestação em sede de IRS. Faltam medidas que permitam o real usufruto dos direitos dos senhorios como o despejo célere do inquilino incumpridor.
- Redução em 15% dos custos operacionais das empresas do sector empresarial do Estado
- Criação de uma auditoria para sabermos quantas entidades existem a comer à mesa do contribuinte para poder decidir quais não são necessárias e extingui-las. (Ao que parece são mais de mil).
- Redução dos «benefícios acessórios em pelo menos 5% por ano entre 2011 e 2014». Entre eles estão carro, telemóvel ou despesas de representação e viagens de que usufruem alguns trabalhadores do sector empresarial do Estado.
- Aplicar limites mais apertados ao endividamento das empresas do Estado.
- Revisão das compensações aos produtores de electricidade renovável pois é escandalosa a situação actual onde uma empresa que também produz electricidade em vez de vender o excedente acaba por a vender na totalidade (a preço subsidiado) e comprar na mesma toda a electricidade que consome, com um grande lucro que é artificial pois é pago por todos nós.
Não sei como vai ser:
- Aumento dos impostos sobre os automóveis.
- Taxa especial sobre a electricidade (terei que ler a directiva 2003/96)
- “Reformas que aumentarão a eficiência e a efectividade no sector da saúde”
- A redução exagerada dos gastos com a ADSE (incluindo ADM e SAD) que prevê reduzir 30% em 2012 e mais 20% em 2013. Reduzir em 50% os gastos com a ADSE é quase a mesma coisa que dizer que se vai acabar com ela. No entanto se esta redução for conseguida apenas com um aumento das taxas moderadoras sem aumentar as custos para o utente das situações mais caras: internamento, intervenções cirúrgicas e exames mais caros (como os TAC e as RM) então poderia concordar.
- Corte em 66% dos benefícios fiscais sobre a Saúde em sede de IRS.
- Cortes nas despesas do transporte de doentes
- Cortes nos meios complementares de diagnóstico.
Ainda não tenho opinião sobre:
- Redução de 4 para 3 anos o reporte de prejuízos para as empresas.
Não concordo:
- Aumento do custo da pose (principalmente no aumento do IMI) de casa para habitação própria, ou seja, se a única propriedade que a pessoa tiver for a casa onde vive.
Conclusão:
A montanha pariu um rato em termos de sacrifícios e a maior parte das medidas anunciada são medidas do mais elementar bom senso que já deviam ter sido tomadas a muito tempo.
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terça-feira, 3 de maio de 2011
domingo, 1 de maio de 2011
Foi pedido o resgate (Finalmente!)
Foi pedido o resgate
Bom, dado o que está em causa é tão só o futuro dos nossos filhos e a própria sobrevivência da democracia em Portugal, não me parece exagerado perder algum tempo a desmontar a máquina de propaganda dos bandidos que se apoderaram do nosso país.
Já sei que alguns de vós estão fartos de ouvir falar disto e não querem saber, que sou deprimente, etc, mas é importante perceberem que o que nos vai acontecer é, sobretudo, nossa responsabilidade porque não quisemos saber durante demasiado tempo e agora estamos com um pé dentro do abismo e já não há possibilidade de escapar.
Estou convencido que aquilo a que assistimos nos últimos dias é uma verdadeira operação militar e um crime contra a pátria (mais um). Como sabem há muito que ando nos mercados (quantos dos analistas que dizem disparates nas TVs alguma vez estiveram nos ditos mercados?) e acompanho com especial preocupação (o meu Pai diria obsessão) a situação portuguesa há vários anos.
Algumas verdades inconvenientes não batem certo com a "narrativa" socialista há muito preparada e agora posta em marcha pela comunicação social como uma verdadeira operação de PsyOps, montada pelo círculo íntimo do bandido e executada pelos jornalistas e comentadores "amigos" e dependentes das prebendas do poder (quase todos infelizmente, dado o estado do "jornalismo" que temos).
Ora acredito que o plano de operações desta gente não deve andar muito longe disto:
- Narrativa: Se Portugal aprovasse o PEC IV não haveria nenhum resgate.
Verdade: Portugal já está ligado à máquina há mais de 1 ano (O BCE todos os dias salva a banca nacional de ter que fechar as portas dando-lhe liquidez e compra obrigações Portuguesas que mais ninguém quer - senão já teríamos taxas de juro nos 20% ou mais).
Ora esta situação não se podia continuar a arrastar, como é óbvio.
Portugal tem que fazer o rollover de muitos milhares de milhões em dívida já daqui a umas semanas só para poder pagar salários! Sócrates sabe perfeitamente que isso é impossível e que estávamos no fim da corda.
O resto é calculismo político e teatro, como sempre fez.
- Narrativa: Sócrates estava a defender Portugal e com ele não entrava cá o FMI.
Verdade: Portugal é que tem de se defender deste criminoso louco que levou o país para a ruína (há muito antecipada como todos sabem).
A diabolização do FMI é mais uma táctica dos spin doctors de Sócrates.
O FMI fará sempre parte de qualquer resgate, seja o do mecanismo do EFSF (que é o que está em vigor e foi usado pela Irlanda e pela Grécia), seja o do ESM (que está ainda em discussão entre os 27 e não se sabe quando, nem se, nem como irá ser aprovado).
- Narrativa: Estava tudo a correr tão bem e Portugal estava fora de perigo mas vieram estes "irresponsáveis" estragar tudo.
Verdade: Perguntem aos contabilistas do BCE e da Comissão que cá estiveram a ver as contas quanto é que é o real buraco nas contas do Estado e vão cair para o lado (a seu tempo isto tudo se saberá).
Alguém sinceramente fica surpreendido por descobrir que as finanças públicas estão todas marteladas e que os papéis que os socráticos enviam para Bruxelas para mostrar que são bons alunos não têm credibilidade nenhuma?
E acham que lá em Bruxelas são todos parvos e não começam a desconfiar de tanto oásis em Portugal?
Recordo que uma das razões pela qual a Grécia não contou com muita solidariedade alemã foi por ter martelado as contas sistematicamente, minando toda a confiança.
Acham que a Goldman Sachs só fez swaps contabilísticos com Atenas?
E todos sabemos que o Eng.º relativo é um tipo rigoroso, estudioso e duma ética e honestidade à prova de bala, certo?
- Narrativa: Os mercados castigaram Portugal devido à crise política desencadeada pela oposição. Agora, com muita pena do incansável patriota Sócrates, vem aí o resgate que seria desnecessário.
Verdade: É óbvio que os mercados não gostaram de ver o PEC chumbado (e que não tinha que ser votado, muito menos agora, mas isso leva-nos a outro ponto), mas o que eles querem saber é se a oposição vai ou não cumprir as metas acordadas à socapa por Sócrates em Bruxelas (deliberadamente feito como se fosse uma operação secreta porque esse aspecto era peça essencial da sua encenação).
E já todos cá dentro e lá fora sabem que o PSD e CDS vão viabilizar as medidas de austeridade e muito mais.
É impressionante como a máquina do governo conseguiu passar a mensagem lá para fora que a oposição não aceitava mais austeridade.
Essa desinformação deliberada é que prejudica o país lá fora porque cria inquietação artificial sobre as metas da austeridade. Mesmo assim os mercados não tiveram nenhuma reacção intempestiva porque o que os preocupa é apenas as metas.
Mais nada.
O resto é folclore para consumo interno.
E, tal como a queda do governo e o resgate iminente não foram surpresa para mim, também não o foram para os mercados, que já contavam com isto há muito (basta ver um gráfico dos CDS (Credit Default Swaps ou Seguros de Crédito) sobre Portugal nos últimos 2 anos, e especialmente nos últimos meses).
Porque é que os media não dizem que a bolsa lisboeta subiu mais de 1% no dia a seguir à queda?
Simples, porque não convém para a narrativa que querem vender ao nosso povo facilmente manipulável (julgam eles depois de 6 anos a fazê-lo impunemente).
Bom, há sempre mais pontos da narrativa para desmascarar mas não sei se isto é útil para alguém ou se é já óbvio para todos.
E como é 5ª feira e estou a ficar irritado só a escrever sobre este assunto termino por aqui.
Se quiserem que eu vá escrevendo mais digam, porque isto dá muito trabalho.
Henrique Medina Carreira.
.Henrique Medina Carreira.
sexta-feira, 22 de abril de 2011
José Sócrates à frente de Passos Coelho
Bom dia
Hoje, sexta-feira santa, acordei, e ao ligar o televisor enquanto tomava o pequeno, fiquei estarrecido: estava a ser publicado uma sondagem onde PS já tinha subido ao ponto de estar empatado com o PSD e mais grave ainda: a maioria dos portugueses confiam mais em José Sócrates do que em Pedro Passos Coelho.
Eu, há 6 anos, acreditei em José Sócrates mas essa minha fé nele apenas durou pouco mais de 1 ano, mais concretamente quando o ministro das finanças, Campos e Cunha e o ministro da Saúde foram demitidos e substituídos por uns ministros que punham a obediência ao 1º ministro à frente da competência.
Quando vi o ministro das finanças Teixeira dos Santos, pessoa competente, a submeter-se às ordens do José Sócrates em vez de ser José Sócrates a aceitar as recomendações do ministro das finanças como é normal em qualquer país civilizado, foi aí que perdi toda a confiança neste governo.
Pude então constatar que, nos últimos 4 anos, José Sócrates tem andado em contínua campanha política, com mentiras atrás de mentiras.
Como é possível que hoje, após 6 anos de (des)governação de José Sócrates o Povo português ainda acredite neste homem?
Mário Soares podia não ser um gestor como Passos Coelho ou um economista como Cavaco Silva mas rodeou-se de pessoas competentes e fazia o que essas pessoas lhe recomendavam e nunca mentiu ao povo português. Era um Socialista honesto e responsável.
António Guterres pode ter sido tão mau governante quanto José Sócrates mas era honesto e responsável e, por ser responsável, admitiu a sua incompetência e foi-se embora.
Veio Durão Barroso para nos salvar da desgraça das contas públicas deixada por António Guterres mas, por ser competente acabou por ser convidado para governar a Europa, abandonando-nos à nossa sorte num acto de total falta de patriotismo.
Em qualquer país civilizado quando o 1º ministro deixa de o ser, o nº 2 do governo assume essa pasta e o governo mantêm-se em funções, ou, em alternativa há logo eleições, mas em Portugal, foi a desgraça que se viu e que acabou por levar ao poder o José Sócrates.
José Sócrates é incompetente, populista e demagogo. Não se trata de opinião mas sim de factos provados pela situação em que Portugal ficou após 6 anos de (des)governação dele. E não consegue ter vergonha na cara a arma-se em vítima, atirando a culpa para os outros, e recandidata-se mais uma vez para nos continuar a desgovernar. Como é que nós Portugueses permitimos uma coisa destas?
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quinta-feira, 31 de março de 2011
Prof. chinês de economia, sobre a Europa
PARA LER E MEDITAR
Entrevista de um professor chinês de economia, sobre a Europa, o Prof. Kuing Yamang - que viveu em França:
1. A sociedade europeia está em vias de se auto-destruir. O seu modelo social é muito exigente em meios financeiros. Mas, ao mesmo tempo, os europeus não querem trabalhar. Só três coisas lhes interessam: lazer/entretenimento, ecologia e futebol na TV!
Vivem, portanto, bem acima dos seus meios,porque é preciso pagar estes sonhos de miúdos...
2. Os seus industriais deslocalizam-se porque não estão disponíveis para suportar o custo de trabalho na Europa, os seus impostos e taxas para financiar a sua assistência generalizada.
3. Portanto endividam-se, vivem a crédito. Mas os seus filhos não poderão pagar 'a conta'.
4. Os europeus destruíram, assim, a sua qualidade de vida empobrecendo. Votam orçamentos sempre deficitários. Estão asfixiados pela dívida e não poderão honrá-la.
5. Mas, para além de se endividar, têm outro vício: os seus governos 'sangram' os contribuintes. A Europa detém o recorde mundial da pressão fiscal. É um verdadeiro 'inferno fiscal' para aqueles que criam riqueza.
6. Não compreenderam que não se produz riqueza dividindo e partilhando mas sim trabalhando. Porque quanto mais se reparte esta riqueza limitada menos há para cada um. Aqueles que produzem e criam empregos são punidos por impostos e taxas e aqueles que não trabalham são encorajados por ajudas. É uma inversão de valores.
7. Portanto o seu sistema é perverso e vai implodir por esgotamento e sufocação. A deslocalização da sua capacidade produtiva provoca o abaixamento do seu nível de vida e o aumento do... da China!
8. Dentro de uma ou duas gerações 'nós' (os chineses) iremos ultrapassá-los. Eles tornar-se-ão os nossos pobres. Dar-lhes-emos sacas de arroz...
9. Existe um outro cancro na Europa: existem funcionários a mais, um emprego em cada cinco. Estes funcionários são sedentos de dinheiro público, são de uma grande ineficácia, querem trabalhar o menos possível e apesar das inúmeras vantagens e direitos sociais, estão muitas vezes em greve. Mas os decisores acham que vale mais um funcionário ineficaz do que um desempregado...
10. Vão (os europeus) direitos a um muro e a alta velocidade...
NOTA: É possível ver a versão original do "Prof. Chinês" a falar através do link abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=DMKb9A6Kouk&feature=player_embedded
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Entrevista de um professor chinês de economia, sobre a Europa, o Prof. Kuing Yamang - que viveu em França:
1. A sociedade europeia está em vias de se auto-destruir. O seu modelo social é muito exigente em meios financeiros. Mas, ao mesmo tempo, os europeus não querem trabalhar. Só três coisas lhes interessam: lazer/entretenimento, ecologia e futebol na TV!
Vivem, portanto, bem acima dos seus meios,porque é preciso pagar estes sonhos de miúdos...
2. Os seus industriais deslocalizam-se porque não estão disponíveis para suportar o custo de trabalho na Europa, os seus impostos e taxas para financiar a sua assistência generalizada.
3. Portanto endividam-se, vivem a crédito. Mas os seus filhos não poderão pagar 'a conta'.
4. Os europeus destruíram, assim, a sua qualidade de vida empobrecendo. Votam orçamentos sempre deficitários. Estão asfixiados pela dívida e não poderão honrá-la.
5. Mas, para além de se endividar, têm outro vício: os seus governos 'sangram' os contribuintes. A Europa detém o recorde mundial da pressão fiscal. É um verdadeiro 'inferno fiscal' para aqueles que criam riqueza.
6. Não compreenderam que não se produz riqueza dividindo e partilhando mas sim trabalhando. Porque quanto mais se reparte esta riqueza limitada menos há para cada um. Aqueles que produzem e criam empregos são punidos por impostos e taxas e aqueles que não trabalham são encorajados por ajudas. É uma inversão de valores.
7. Portanto o seu sistema é perverso e vai implodir por esgotamento e sufocação. A deslocalização da sua capacidade produtiva provoca o abaixamento do seu nível de vida e o aumento do... da China!
8. Dentro de uma ou duas gerações 'nós' (os chineses) iremos ultrapassá-los. Eles tornar-se-ão os nossos pobres. Dar-lhes-emos sacas de arroz...
9. Existe um outro cancro na Europa: existem funcionários a mais, um emprego em cada cinco. Estes funcionários são sedentos de dinheiro público, são de uma grande ineficácia, querem trabalhar o menos possível e apesar das inúmeras vantagens e direitos sociais, estão muitas vezes em greve. Mas os decisores acham que vale mais um funcionário ineficaz do que um desempregado...
10. Vão (os europeus) direitos a um muro e a alta velocidade...
NOTA: É possível ver a versão original do "Prof. Chinês" a falar através do link abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=DMKb9A6Kouk&feature=player_embedded
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quinta-feira, 17 de março de 2011
Robin Hood
Este governo é um autêntico Robin Hood ao contrário: Tira aos pobres para dar aos ricos, mais um PEC mas o TGV mantém-se.
Comentário a: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/ppp-tgv-teixeira-dos-santos-parcerias-publico-privadas-parlamento-agencia-financeira/1239893-1730.html
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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Justiça de morte ou pela hora da morte.
Marinho e Pinto pronuncia-se sobre a falta de bom senso na justiça

O representante dos advogados portugueses escreveu uma opinião intitulada "Um país insuportável".
A falta de bom-senso e humildade constitui uma das principais causas da degenerescência da justiça portuguesa. Tudo seria simples se houvesse uma coisa que falta cada vez mais aos nossos magistrados: bom senso.
Uma mulher com 88 anos de idade morreu no seu apartamento em Rio de Mouro, Sintra, mas o corpo só foi encontrado mais de oito anos depois, juntamente com os restos mortais de alguns animais de companhia (um cão e dois pássaros).
Este caso, cujos pormenores têm sido abundantemente relatados na comunicação social, interpela-nos a todos não só pela sua desumanidade mas também pela chocante contradição entre os discursos públicos dominantes e a dura realidade da nossa vida social. Contradição entre promessas e garantias de bem-estar, de solidariedade e de confiança nas instituições públicas e uma realidade feita de solidão, de abandono e de impessoalidade nas relações das instituições com os cidadãos.
Apenas duas ou três pessoas se interessaram pelo desaparecimento daquela mulher, fazendo, aliás, o que lhes competia. Com efeito, uma vizinha e um familiar comunicaram o desaparecimento às autoridades policiais e judiciais mas ninguém na PSP, na GNR, na Polícia Judiciária e no tribunal de Sintra se incomodou o suficiente para ordenar as providências adequadas. Em face da participação do desaparecimento de uma idosa a diligência mais elementar que se impunha era ir à sua residência habitual recolher todos os indícios sobre o seu desaparecimento. É isto que num sistema judicial de um país minimamente civilizado se espera das autoridades policiais e judiciais, até porque o caso era susceptível de constituir um crime. O assalto e até assassínio de idosos nas suas residências não são, infelizmente, casos assim tão raros em Portugal. Mas, sintomaticamente, as autoridades judiciais não só não se deram ao trabalho de se deslocar à residência como, inclusivamente, recusaram-se a autorizar os familiares a procederem ao arrombamento da porta de entrada.
E tudo seria tão simples se houvesse uma coisa que falta cada vez mais aos nossos magistrados: bom senso. Mas não. Dava muito trabalho ir à uma residência procurar pistas sobre o desaparecimento de uma pessoa. Dava muito trabalho oficiar outras instituições para prestar informações sobre esse desaparecimento. Sublinhe-se que um primo da idosa se deslocou treze vezes ao tribunal de Sintra para que este autorizasse o arrombamento da porta da sua residência. Mas, em vez disso, o tribunal, lá do alto da sua soberba, decretou que a desaparecida não estava morta em casa, pois, se estivesse, teria provocado mau cheiro no prédio. É esta falta de bom-senso e humildade perante a realidade que constitui uma das principais causas da degenerescência da justiça portuguesa. Os nossos investigadores (magistrados e polícias) não investigam para encontrar a verdade, mas sim para confirmarem as verdades que previamente decretam. E, como algumas dessas verdades são axiomáticas, não carecem de demonstração.
Mas há mais entidades cujo comportamento revela que a pessoa humana não constitui motivo suficientemente forte para as obrigar a alterar as rotinas burocráticas e impessoais.
A luz da cozinha daquele apartamento esteve permanentemente acesa durante um ano, ao fim do qual a EDP cortou o fornecimento de energia eléctrica, sem se interessar em averiguar o motivo pelo qual um consumidor deixou de cumprir o contrato celebrado entre ambos.
Os vales da pensão de reforma deixaram de ser levantados pela destinatária, mas a segurança social nada se preocupou com isso. Ninguém nessa instituição estranhou que a pensão de reforma deixasse de ser recebida, ou seja, que passasse a haver uma receita extraordinária sem uma causa. E isto é tanto mais insólito quanto os reformados são periodicamente obrigados a fazerem prova de vida. Mas isso é só quando estão vivos e recebem a pensão.
Os CTT atulharam a caixa de correio daquela habitação de correspondência que não era recebida sem que nenhum alerta alterasse as suas rotinas.
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O representante dos advogados portugueses escreveu uma opinião intitulada "Um país insuportável".
A falta de bom-senso e humildade constitui uma das principais causas da degenerescência da justiça portuguesa. Tudo seria simples se houvesse uma coisa que falta cada vez mais aos nossos magistrados: bom senso.
Uma mulher com 88 anos de idade morreu no seu apartamento em Rio de Mouro, Sintra, mas o corpo só foi encontrado mais de oito anos depois, juntamente com os restos mortais de alguns animais de companhia (um cão e dois pássaros).
Este caso, cujos pormenores têm sido abundantemente relatados na comunicação social, interpela-nos a todos não só pela sua desumanidade mas também pela chocante contradição entre os discursos públicos dominantes e a dura realidade da nossa vida social. Contradição entre promessas e garantias de bem-estar, de solidariedade e de confiança nas instituições públicas e uma realidade feita de solidão, de abandono e de impessoalidade nas relações das instituições com os cidadãos.
Apenas duas ou três pessoas se interessaram pelo desaparecimento daquela mulher, fazendo, aliás, o que lhes competia. Com efeito, uma vizinha e um familiar comunicaram o desaparecimento às autoridades policiais e judiciais mas ninguém na PSP, na GNR, na Polícia Judiciária e no tribunal de Sintra se incomodou o suficiente para ordenar as providências adequadas. Em face da participação do desaparecimento de uma idosa a diligência mais elementar que se impunha era ir à sua residência habitual recolher todos os indícios sobre o seu desaparecimento. É isto que num sistema judicial de um país minimamente civilizado se espera das autoridades policiais e judiciais, até porque o caso era susceptível de constituir um crime. O assalto e até assassínio de idosos nas suas residências não são, infelizmente, casos assim tão raros em Portugal. Mas, sintomaticamente, as autoridades judiciais não só não se deram ao trabalho de se deslocar à residência como, inclusivamente, recusaram-se a autorizar os familiares a procederem ao arrombamento da porta de entrada.
E tudo seria tão simples se houvesse uma coisa que falta cada vez mais aos nossos magistrados: bom senso. Mas não. Dava muito trabalho ir à uma residência procurar pistas sobre o desaparecimento de uma pessoa. Dava muito trabalho oficiar outras instituições para prestar informações sobre esse desaparecimento. Sublinhe-se que um primo da idosa se deslocou treze vezes ao tribunal de Sintra para que este autorizasse o arrombamento da porta da sua residência. Mas, em vez disso, o tribunal, lá do alto da sua soberba, decretou que a desaparecida não estava morta em casa, pois, se estivesse, teria provocado mau cheiro no prédio. É esta falta de bom-senso e humildade perante a realidade que constitui uma das principais causas da degenerescência da justiça portuguesa. Os nossos investigadores (magistrados e polícias) não investigam para encontrar a verdade, mas sim para confirmarem as verdades que previamente decretam. E, como algumas dessas verdades são axiomáticas, não carecem de demonstração.
Mas há mais entidades cujo comportamento revela que a pessoa humana não constitui motivo suficientemente forte para as obrigar a alterar as rotinas burocráticas e impessoais.
A luz da cozinha daquele apartamento esteve permanentemente acesa durante um ano, ao fim do qual a EDP cortou o fornecimento de energia eléctrica, sem se interessar em averiguar o motivo pelo qual um consumidor deixou de cumprir o contrato celebrado entre ambos.
Os vales da pensão de reforma deixaram de ser levantados pela destinatária, mas a segurança social nada se preocupou com isso. Ninguém nessa instituição estranhou que a pensão de reforma deixasse de ser recebida, ou seja, que passasse a haver uma receita extraordinária sem uma causa. E isto é tanto mais insólito quanto os reformados são periodicamente obrigados a fazerem prova de vida. Mas isso é só quando estão vivos e recebem a pensão.
Os CTT atulharam a caixa de correio daquela habitação de correspondência que não era recebida sem que nenhum alerta alterasse as suas rotinas.
Finalmente, as finanças penhoraram uma casa e venderam-na sem que o respectivo proprietário fosse citado. Como é que é possível num país civilizado penhorar e vender a habitação de uma pessoa, aliás, por uma dívida insignificante, sem que essa pessoa seja citada para contestar? Sem que ninguém se certifique de que o visado tomou conhecimento desse processo? Como é possível comprar uma casa sem a avaliar, sem sequer a ver por dentro? Quem avaliou a casa? Quem fixou o seu preço?
Claro que agora aparecem todos a dizer que cumpriram a lei e, portanto, ninguém poderá ser responsabilizado porque a culpa, na nossa justiça, é sempre das leis. É esta generalizada irresponsabilidade (ninguém responde por nada) que está a tornar este país cada vez mais insuportável.
Fonte: JN - 14-Fev-2011
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sábado, 19 de fevereiro de 2011
«Estivemos no limite da bancarrota»
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/financas/bancarrota-pacheco-pereira-crise-divida-juros-agencia-financeira/1234205-1729.html
O presidente da república, Cavaco Silva, esteve em reuniões com banqueiros nacionais, com o presidente da Comissão Europeia e com o ministro das finanças. Tudo reuniões de emergência que só foram conhecidas depois das mesmas.
Só este facto indiciava que algo de grave se estava a passar.
Agora ficamos a saber que na quarta-feira passada Portugal esteve à beira da bancarrota e só fomos salvos no último momento pelo BCE.
Também sei que o BCE já detêm 60 mil milhões de Euros da nossa dívida, de forma directa e indirecta, se considerarmos que a nossa dívida total é de 160 mil milhões então concluímos que o BCE já é dona de quase 40% de Portugal.
O BCE tem estado sistematicamente a salvar-nos sem qualquer plano tipo FMI na esperança que Portugal enceste as reformas prometidas há 5 anos por este governo e que ainda não foram cumpridas.
Ainda por cima este governo insiste em não adiar o TGV…
Ou seja, o governo reconhece que estamos em crise mas insiste em não mudar de vida porque acredita que o bolso do Zé-povinho é um saco sem fundo.
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O presidente da república, Cavaco Silva, esteve em reuniões com banqueiros nacionais, com o presidente da Comissão Europeia e com o ministro das finanças. Tudo reuniões de emergência que só foram conhecidas depois das mesmas.
Só este facto indiciava que algo de grave se estava a passar.
Agora ficamos a saber que na quarta-feira passada Portugal esteve à beira da bancarrota e só fomos salvos no último momento pelo BCE.
Também sei que o BCE já detêm 60 mil milhões de Euros da nossa dívida, de forma directa e indirecta, se considerarmos que a nossa dívida total é de 160 mil milhões então concluímos que o BCE já é dona de quase 40% de Portugal.
O BCE tem estado sistematicamente a salvar-nos sem qualquer plano tipo FMI na esperança que Portugal enceste as reformas prometidas há 5 anos por este governo e que ainda não foram cumpridas.
Ainda por cima este governo insiste em não adiar o TGV…
Ou seja, o governo reconhece que estamos em crise mas insiste em não mudar de vida porque acredita que o bolso do Zé-povinho é um saco sem fundo.
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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
PGR abre processo disciplinar a procuradores do Freeport
"Em causa estará a alegada violação do dever de lealdade, face a determinadas observações, nomedamente as referência às perguntas que ficaram por fazer, no despacho final do Freeport."
http://www.publico.pt/Sociedade/pgr-abre-processo-disciplinar-a-procuradores-do-freeport_1472981
Na minha humilde opinião o dever de lealdade dos procuradores é, ou devia ser, para com a verdade e não para com colegas ou superiores.
Infelizmente estamos num país onde o “dever de lealdade” é mais importante do que a competência ou, neste caso, a verdade.
Pedro Sousa, Massamá. 29.12.2010 23:50, diz que:
«neste país chegará a altura que quem trabalha honradamente será preso e os criminosos condecorados.»
Eu discordo do Pedro Sousa no que ao tempo diz respeito, ele fala num hipotético futuro, eu acho que o que ele diz já é verdade hoje.
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http://www.publico.pt/Sociedade/pgr-abre-processo-disciplinar-a-procuradores-do-freeport_1472981
Na minha humilde opinião o dever de lealdade dos procuradores é, ou devia ser, para com a verdade e não para com colegas ou superiores.
Infelizmente estamos num país onde o “dever de lealdade” é mais importante do que a competência ou, neste caso, a verdade.
Pedro Sousa, Massamá. 29.12.2010 23:50, diz que:
«neste país chegará a altura que quem trabalha honradamente será preso e os criminosos condecorados.»
Eu discordo do Pedro Sousa no que ao tempo diz respeito, ele fala num hipotético futuro, eu acho que o que ele diz já é verdade hoje.
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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
EDP: Só 16% da factura é para a electricidade
António mexia, presidente da EDP afirmou que apenas 16% da factura é para pagar a electricidade:
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/empresas/luz-edp-electricidade-aumentos-precos-agencia-financeira/1216175-1728.html
Assine a petição da DECO para a redução dos “custos gerais” na factura da electricidade:
http://www.deco.proteste.pt/servicos-basicos/contra-extras-na-electricidade-junte-se-a-nos-s626501.htm
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http://www.agenciafinanceira.iol.pt/empresas/luz-edp-electricidade-aumentos-precos-agencia-financeira/1216175-1728.html
Assine a petição da DECO para a redução dos “custos gerais” na factura da electricidade:
http://www.deco.proteste.pt/servicos-basicos/contra-extras-na-electricidade-junte-se-a-nos-s626501.htm
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domingo, 14 de novembro de 2010
Bancarrota: um pouco de história.
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Nos últimos 200 anos houve 70 bancarrotas no planeta.
Na Europa há 4 ovelhas negras: Espanha faliu 14 vezes, Portugal 7 vezes, França 4 vezes e Alemanha 2 vezes: uma vez em cada uma das 2 Grandes Guerras.
o texto seguinte foi retirado de:
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/falencia-bancarrota-fmi-crise-agencia-financeira/1208356-1730.html e http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/falencia-bancarrota-crise-agencia-financeira/1208357-1730.html
Ao contrário do que possa pensar, a bancarrota de um país não é uma coisa lá muito rara. Em média, a cada ano que passa, há um país que entra em falência, ou seja, fica sem dinheiro para pagar as dívidas. Em pouco mais de 200 anos registaram-se 290 crises bancárias e 70 bancarrotas. Dizemos-lhe o que aconteceu nos países por onde o Fundo Monetário Internacional (FMI) já passou.
A vizinha Espanha é uma habitué nestas andanças. Em 200 anos faliu 14 vezes, sete das quais no século XIX, mas estreou-se há muito mais tempo: a primeira vez que decretou falência foi em 1557.
Na altura, como agora, a dívida da Espanha era elevada, os juros demasiado elevados para suportar e D. Filipe II mandou confiscar todas as mercadorias valiosas que chegassem aos portos. A família real também teve de «apertar o cinto»: ficou sem o mestre limpador de dentes e o especialista em álgebra e o jantar foi reduzido de dez para seis pratos.
Reincidente é também a França, que em menos de cem anos foi quatro vezes à bancarrota.
A Alemanha também nem sempre foi a «menina bonita» da Europa. Faliu a seguir às duas guerras mundiais. Nos anos 20 um café chegou a custar quase 70 euros e o preço duplicava em poucos minutos.
Portugal já faliu várias vezes e conhece bem o FMI
Portugal também já faliu por sete vezes. Em 1891, a crise foi desencadeada com a falência de dois bancos importantes (o Banco do Povo e o Banco Lusitano). D. Carlos nomeou na altura José Dias Ferreira, bisavô de Manuela Ferreira Leite, para liderar o Governo. Também na altura a função pública sofreu na pele o aperto do cinto: os salários caíram 20%. Portugal ficou 10 anos sem conseguir financiamento externo e um dos primeiros cortes foi nas obras públicas (na altura na construção das vias férreas).
Em 1976 a falência voltou a estar iminente. Mário Soares, na altura à frente dos destinos do país, pediu dinheiro emprestado à Alemanha. Em vez de uma transferência bancária, recebeu um avião a meio da noite.
Na década de 80, viu-se forçado a negociar um empréstimo com o FMI. Mais uma vez liderado por Mário Soares e Mota Pinto, e com Ernâni Lopes como ministro das Finanças, os portugueses tiveram de enfrentar uma forte desvalorização do escudo, o disparo da inflação para quase 30%, o aumento dos impostos e o crescimento do desemprego.
O mau exemplo da Argentina
O caso da Argentina tem quase 10 anos e é dos mais negros. A intervenção do FMI foi um fracasso. O país seguiu as recomendações do Fundo (cortes orçamentais e aumentos de impostos) e com isso foi-se afundando. No final de 2001, as coisas pioraram exponencialmente quando o FMI negou um novo financiamento ao país. À revolta social juntou-se a queda do Governo e a bancarrota. Na altura os argentinos deixaram as suas casas com todo o seu dinheiro e foram depositá-lo nos bancos do Uruguai, o paraíso fiscal na América Latina. O governo congelou o acesso às contas bancárias, limitando os levantamentos a cerca de 200 euros por pessoa por semana. Sem dinheiro, começou a violência nas ruas, a pobreza duplicou, atingindo quase metade da população e a fome espalhou-se. O Governo parou de emitir passaportes porque não tinha dinheiro para os imprimir.
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A Islândia foi o primeiro país a falir com a crise financeira recente. Com a moeda local, a krona, a cair a pique, o desemprego a triplicar e com os maiores bancos do país falidos, os levantamentos em moeda estrangeira ficaram limitados: só eram permitidos a quem fosse viajar, mediante exibição do bilhete, ou a quem precisasse do dinheiro para bens essenciais, como alimentos e medicamentos. Para os restantes europeus, a queda do custo de vida islandês para metade foi uma oportunidade para fazer turismo no país dos glaciares. O preço da cerveja caiu para metade.
A crise do Dubai foi rápida, mas atingiu o mundo como um terramoto. Em 2008, o Governo anunciou que não conseguiria pagar a sua dívida de 60 mil milhões de euros e o mundo percebeu que um dos países mais ricos e luxuosos do mundo também era, afinal, vulnerável. Muitos empresários e gestores perderam o emprego nessa altura e abandonaram o país. Milhares de carros de luxo foram abandonados nas ruas e junto ao aeroporto com a chave na ignição, sendo mais tarde leiloados pelo emirado a preços de saldo. Milhares de cartões de crédito foram devolvidos aos bancos e as casas ficaram infinitamente mais baratas.
A Grécia é o caso mais recente e o mais caro. O valor que os países europeus e o FMI acordaram emprestar é o mais elevado jamais aplicado para salvar um país. O Governo cortou os subsídios de férias e Natal à função pública e pensionistas, a idade da reforma aumentou e os impostos também, sobretudo para bens supérfluos como cigarros, álcool ou jóias. A Grécia também não é uma estreante nestas andanças: em 1826 foi à falência e ficou sem crédito internacional por mais de meio século.
Mas nem só de Europa se escrevem as páginas mais recentes da história das falências. Em 2008, o Paquistão também entrou em incumprimento. Sem dinheiro para pagar aos credores por mais de mês e meio, tomou medidas drásticas como desligar a electricidade 12 horas por dia. No mesmo ano, também o Zimbabué foi à bancarrota, abalado por um surto de cólera. Fome, falta de água potável, uma taxa de desemprego de 80% e uma inflação de 66.000% explicam as dificuldades.
Da Rússia com amor
A Rússia também se inclinou perigosamente sobre a bancarrota no fim da década passada, quando a privatização de empresas se fazia em massa (em média 800 empresas por mês) e o poder de compra caiu para metade. A bolsa russa mergulhou no abismo e a negociação teve de ser suspensa, quando o índice caía 65%. O Governo suspendeu os pagamentos a credores durante três meses e a inflação subiu 80% nesse ano.
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Nos últimos 200 anos houve 70 bancarrotas no planeta.
Na Europa há 4 ovelhas negras: Espanha faliu 14 vezes, Portugal 7 vezes, França 4 vezes e Alemanha 2 vezes: uma vez em cada uma das 2 Grandes Guerras.
o texto seguinte foi retirado de:
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/falencia-bancarrota-fmi-crise-agencia-financeira/1208356-1730.html e http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/falencia-bancarrota-crise-agencia-financeira/1208357-1730.html
Ao contrário do que possa pensar, a bancarrota de um país não é uma coisa lá muito rara. Em média, a cada ano que passa, há um país que entra em falência, ou seja, fica sem dinheiro para pagar as dívidas. Em pouco mais de 200 anos registaram-se 290 crises bancárias e 70 bancarrotas. Dizemos-lhe o que aconteceu nos países por onde o Fundo Monetário Internacional (FMI) já passou.
A vizinha Espanha é uma habitué nestas andanças. Em 200 anos faliu 14 vezes, sete das quais no século XIX, mas estreou-se há muito mais tempo: a primeira vez que decretou falência foi em 1557.
Na altura, como agora, a dívida da Espanha era elevada, os juros demasiado elevados para suportar e D. Filipe II mandou confiscar todas as mercadorias valiosas que chegassem aos portos. A família real também teve de «apertar o cinto»: ficou sem o mestre limpador de dentes e o especialista em álgebra e o jantar foi reduzido de dez para seis pratos.
Reincidente é também a França, que em menos de cem anos foi quatro vezes à bancarrota.
A Alemanha também nem sempre foi a «menina bonita» da Europa. Faliu a seguir às duas guerras mundiais. Nos anos 20 um café chegou a custar quase 70 euros e o preço duplicava em poucos minutos.
Portugal já faliu várias vezes e conhece bem o FMI
Portugal também já faliu por sete vezes. Em 1891, a crise foi desencadeada com a falência de dois bancos importantes (o Banco do Povo e o Banco Lusitano). D. Carlos nomeou na altura José Dias Ferreira, bisavô de Manuela Ferreira Leite, para liderar o Governo. Também na altura a função pública sofreu na pele o aperto do cinto: os salários caíram 20%. Portugal ficou 10 anos sem conseguir financiamento externo e um dos primeiros cortes foi nas obras públicas (na altura na construção das vias férreas).
Em 1976 a falência voltou a estar iminente. Mário Soares, na altura à frente dos destinos do país, pediu dinheiro emprestado à Alemanha. Em vez de uma transferência bancária, recebeu um avião a meio da noite.
Na década de 80, viu-se forçado a negociar um empréstimo com o FMI. Mais uma vez liderado por Mário Soares e Mota Pinto, e com Ernâni Lopes como ministro das Finanças, os portugueses tiveram de enfrentar uma forte desvalorização do escudo, o disparo da inflação para quase 30%, o aumento dos impostos e o crescimento do desemprego.
O mau exemplo da Argentina
O caso da Argentina tem quase 10 anos e é dos mais negros. A intervenção do FMI foi um fracasso. O país seguiu as recomendações do Fundo (cortes orçamentais e aumentos de impostos) e com isso foi-se afundando. No final de 2001, as coisas pioraram exponencialmente quando o FMI negou um novo financiamento ao país. À revolta social juntou-se a queda do Governo e a bancarrota. Na altura os argentinos deixaram as suas casas com todo o seu dinheiro e foram depositá-lo nos bancos do Uruguai, o paraíso fiscal na América Latina. O governo congelou o acesso às contas bancárias, limitando os levantamentos a cerca de 200 euros por pessoa por semana. Sem dinheiro, começou a violência nas ruas, a pobreza duplicou, atingindo quase metade da população e a fome espalhou-se. O Governo parou de emitir passaportes porque não tinha dinheiro para os imprimir.
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A Islândia foi o primeiro país a falir com a crise financeira recente. Com a moeda local, a krona, a cair a pique, o desemprego a triplicar e com os maiores bancos do país falidos, os levantamentos em moeda estrangeira ficaram limitados: só eram permitidos a quem fosse viajar, mediante exibição do bilhete, ou a quem precisasse do dinheiro para bens essenciais, como alimentos e medicamentos. Para os restantes europeus, a queda do custo de vida islandês para metade foi uma oportunidade para fazer turismo no país dos glaciares. O preço da cerveja caiu para metade.
A crise do Dubai foi rápida, mas atingiu o mundo como um terramoto. Em 2008, o Governo anunciou que não conseguiria pagar a sua dívida de 60 mil milhões de euros e o mundo percebeu que um dos países mais ricos e luxuosos do mundo também era, afinal, vulnerável. Muitos empresários e gestores perderam o emprego nessa altura e abandonaram o país. Milhares de carros de luxo foram abandonados nas ruas e junto ao aeroporto com a chave na ignição, sendo mais tarde leiloados pelo emirado a preços de saldo. Milhares de cartões de crédito foram devolvidos aos bancos e as casas ficaram infinitamente mais baratas.
A Grécia é o caso mais recente e o mais caro. O valor que os países europeus e o FMI acordaram emprestar é o mais elevado jamais aplicado para salvar um país. O Governo cortou os subsídios de férias e Natal à função pública e pensionistas, a idade da reforma aumentou e os impostos também, sobretudo para bens supérfluos como cigarros, álcool ou jóias. A Grécia também não é uma estreante nestas andanças: em 1826 foi à falência e ficou sem crédito internacional por mais de meio século.
Mas nem só de Europa se escrevem as páginas mais recentes da história das falências. Em 2008, o Paquistão também entrou em incumprimento. Sem dinheiro para pagar aos credores por mais de mês e meio, tomou medidas drásticas como desligar a electricidade 12 horas por dia. No mesmo ano, também o Zimbabué foi à bancarrota, abalado por um surto de cólera. Fome, falta de água potável, uma taxa de desemprego de 80% e uma inflação de 66.000% explicam as dificuldades.
Da Rússia com amor
A Rússia também se inclinou perigosamente sobre a bancarrota no fim da década passada, quando a privatização de empresas se fazia em massa (em média 800 empresas por mês) e o poder de compra caiu para metade. A bolsa russa mergulhou no abismo e a negociação teve de ser suspensa, quando o índice caía 65%. O Governo suspendeu os pagamentos a credores durante três meses e a inflação subiu 80% nesse ano.
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sábado, 13 de novembro de 2010
0.4% e o FMI
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O facto de o INE ter divulgado uma boa notícia (crescimento no último trimestre acima do esperado) um dia depois do último leilão do ano da dívida no mercado primário, faz-me acreditar ainda mais que este governo tem uma agenda política contrária aos interesses de Portugal.
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O facto de o INE ter divulgado uma boa notícia (crescimento no último trimestre acima do esperado) um dia depois do último leilão do ano da dívida no mercado primário, faz-me acreditar ainda mais que este governo tem uma agenda política contrária aos interesses de Portugal.
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"afastamento voluntário" de Sócrates é essencial para sair da crise
http://noticias.pt.msn.com/Economia/article.aspx?cp-documentid=155233480
Sim concordo mas não devemos cometer os mesmos erros que cometemos com a saída de Durão Barroso. Eu acho que a melhor solução, até para tranquilizar os mercados, seria promover o ministro das finanças a primeiro ministro e este formar novo governo onde o novo ministro das finanças seja um economista reputado e independente ou, caso se trate de um governo de Salvação Nacional ou Bloco Central, da oposição.
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Sim concordo mas não devemos cometer os mesmos erros que cometemos com a saída de Durão Barroso. Eu acho que a melhor solução, até para tranquilizar os mercados, seria promover o ministro das finanças a primeiro ministro e este formar novo governo onde o novo ministro das finanças seja um economista reputado e independente ou, caso se trate de um governo de Salvação Nacional ou Bloco Central, da oposição.
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quarta-feira, 10 de novembro de 2010
7% e o FMI
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Se não viesse o FMI (através do Fundo de Estabilização Europeu) teríamos eleições por volta de Junho de 2011 pois parece-me claro que este governo não tem condições de credibilidade para continuar a governar e só se mantêm artificialmente no poder porque a constituição impede o Presidente de dissolver agora a Assembleia e qualquer outra solução governativa não seria solução duradoira.
Estamos a 9 de Novembro de 2010, ou seja ainda falta mais de 1 mês para acabar o ano. No entanto o governo decidiu colocar a leilão hoje a totalidade das necessidades de financiamento previsto até o final do ano, numa altura em que se previa a subida das taxas de juro devido às declarações da Chanceler Alemã Angela Merkel.
Obviamente que o resultado só podia ser este: atingiu-se os 7% de taxa de juros que o ministro das finanças disse como sendo o limite a partir do qual viria o FMI.
Se é verdade que o governo tinha mais tempo para dividir este leilão então parece-me obvio que é o governo quem quer o FMI aqui.
Percebo perfeitamente que o governo queira o FMI aqui, o que não percebo e repudio é que diga uma coisa e faça o seu oposto.
Será isto uma manobra para tentar continuar estar agarrado ao Poder?
De facto, se nada for feito de forma estrutural urgentemente Portugal abrirá falência até 2015 e nas propostas do Governo para 2011 não há nada estrutural.
Se o FMI vier para nos ajudar a pôr em prática as reformas estruturais que este governo não conseguiu fazer (apesar de ter tido maioria absoluta) então que venha! Não percebo porque é que o Sócrates e outras pessoas andam a diabolizar o FMI.
É claro que num mundo perfeito não seria necessário vir os estrangeiros ensinar-nos a governar.
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Se não viesse o FMI (através do Fundo de Estabilização Europeu) teríamos eleições por volta de Junho de 2011 pois parece-me claro que este governo não tem condições de credibilidade para continuar a governar e só se mantêm artificialmente no poder porque a constituição impede o Presidente de dissolver agora a Assembleia e qualquer outra solução governativa não seria solução duradoira.
Estamos a 9 de Novembro de 2010, ou seja ainda falta mais de 1 mês para acabar o ano. No entanto o governo decidiu colocar a leilão hoje a totalidade das necessidades de financiamento previsto até o final do ano, numa altura em que se previa a subida das taxas de juro devido às declarações da Chanceler Alemã Angela Merkel.
Obviamente que o resultado só podia ser este: atingiu-se os 7% de taxa de juros que o ministro das finanças disse como sendo o limite a partir do qual viria o FMI.
Se é verdade que o governo tinha mais tempo para dividir este leilão então parece-me obvio que é o governo quem quer o FMI aqui.
Percebo perfeitamente que o governo queira o FMI aqui, o que não percebo e repudio é que diga uma coisa e faça o seu oposto.
Será isto uma manobra para tentar continuar estar agarrado ao Poder?
De facto, se nada for feito de forma estrutural urgentemente Portugal abrirá falência até 2015 e nas propostas do Governo para 2011 não há nada estrutural.
Se o FMI vier para nos ajudar a pôr em prática as reformas estruturais que este governo não conseguiu fazer (apesar de ter tido maioria absoluta) então que venha! Não percebo porque é que o Sócrates e outras pessoas andam a diabolizar o FMI.
É claro que num mundo perfeito não seria necessário vir os estrangeiros ensinar-nos a governar.
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sábado, 6 de novembro de 2010
MINEIROS SOTERRADOS EM ALJUSTREL
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UM GRUPO DE 33 MINEIROS PORTUGUESES FICOU ENTERRADO, A 700 METROS DE PROFUNDIDADE, EM PLENA MINA DE ALJUSTREL.
2) O Primeiro-Ministro inteira-se desde logo da situação, e fala ao País, na RTP, afirmando que o acidente foi provocado pela crise internacional e pelo nervosismo dos mercados. Ao mesmo tempo, pergunta se não teriam encontrado no fundo da mina o seu certificado de habilitações como Engº Civil, já que ninguém o conseguiu ver até hoje...
3) Uma Informação prestada pelo Ministro Jorge Lacão assegura que a profundidade não é tanta, trata-se da imaginação da oposição para criticar o governo, uma vez que pelos cálculos governamentais são no máximo 200m.
4) Não há fundos para as tarefas de resgate pelo que será criada uma taxa específica para esta operação. Suspeita-se que a taxa seja cobrada nos próximos quinze anos.
5) Para além desta taxa, solicita-se um fundo patriótico para o restante, proveniente do Fundo de Pensões das Companhias de Seguros. Para a boa gestão dos fundos e como o túnel é uma Obra Pública é nomeado Mário Lino.
6) OS EUA emprestam a grua de resgate, que desembarca em Vigo, devido às suas dimensões, mas esta não chega a entrar em Portugal porque, na fronteira, a SCUT está com barreiras de utentes em protesto pelo pagamento de portagens.
7) Uma vez libertada a grua pelo Corpo de Intervenção da PSP, a alfândega dá logo ao fim de 120 dias a autorização para a importação da grua mediante o pagamento prévio de umas caixas de robalo ao Dr. Armando Vara, nomeado pelo Governo como Presidente da Fundação para o Auxílio aos Mineiros.
8) A grua não pode chegar à mina porque o condutor pertence ao sindicato dos operadores portuários e a grua tendo 4 rodas deve ser conduzida por um motorista de pesados e sob a supervisão dos inspectores do Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT). No entanto, como este Instituto está em reestruturação, não pode nomear os inspectores pois ainda não fazem parte do seu quadro.
9) Entretanto, o Prós e Contras da RTP dá instruções para trazerem um mineiro para o programa, mas a TVI oferece mais para o ter na Casa dos Segredos. Em consequência, gera-se um grande problema entre a Prisa, o Governo e a PT.
10) Finalmente consegue-se fazer chegar uma mini câmara de TV ao fundo da mina mas não se conseguem ver os mineiros. A Câmara só transmite Manuel Luís Goucha e Futebol.
11) A grua consegue chegar ao fim de mais dois meses à mina porque a IMTT teve de solicitar vários pareceres externos para definir o procedimento de atribuição da matrícula para a grua poder circular. A GNR-BT tinha-a apreendido por circular sem a documentação necessária, mas entretanto o Governo interpôs uma providência cautelar para libertar a grua em tempo útil.
12) Jerónimo de Sousa anuncia que os mineiros pertencem ao PCP e por isso o governo está a protelar o seu salvamento para não participarem nas eleições para a Presidência da República.
13) O Bloco de Esquerda repudia a grua por ser de fabrico americano, não se podendo tolerar a sua utilização enquanto continuar o massacre americano em Bagdad e Kabul.
14) Finalmente chega a Grua e começa a fazer descer a cápsula mas o cabo parte-se. O DIAP investiga irregularidades na compra do material mas não consegue ouvir os responsáveis. O Tribunal de Contas descobre que se comprou o cabo de pior qualidade mas que se pagou o preço dum modelo revestido a ouro. O dossier chega ao PGR que ordena o urgente arquivamento de todo o processo. O Conselho de Magistratura pede a revisão do arquivamento para o Supremo Tribunal solicitando a destituição do Ministro da Justiça.
15) Chega uma ordem para que se detenha o resgate até que cheguem ao local os gorros e casacos que os mineiros terão de vestir antes de chegar à superfície. Tem escrito a legenda: "Viva José Sócrates!".
16) Finalmente ao fim de dois anos e meio resgata-se o primeiro mineiro.
Surpresa mundial: era o único que ia trabalhar, os restantes 32 eram beneficiários do RSI e tinham ido à mina para justificar o seu recebimento.
17) O mineiro resgatado lê o jornal com as notícias sobre o OE e no final pede que o devolvam aos 700 metros de profundidade.
Afirma que a vida lá em baixo é bastante mais tranquila.
UM GRUPO DE 33 MINEIROS PORTUGUESES FICOU ENTERRADO, A 700 METROS DE PROFUNDIDADE, EM PLENA MINA DE ALJUSTREL.
1) Cria-se uma comissão para iniciar as tarefas de resgate, integrada por 20 membros do PS e 19 da oposição. Cada membro contará por sua vez com 5 assessores, dois secretários e um motorista. As tarefas demoram porque não se consegue quórum para reunir e logo não há acordo para designar o Presidente e os vogais da Comissão.
2) O Primeiro-Ministro inteira-se desde logo da situação, e fala ao País, na RTP, afirmando que o acidente foi provocado pela crise internacional e pelo nervosismo dos mercados. Ao mesmo tempo, pergunta se não teriam encontrado no fundo da mina o seu certificado de habilitações como Engº Civil, já que ninguém o conseguiu ver até hoje...
3) Uma Informação prestada pelo Ministro Jorge Lacão assegura que a profundidade não é tanta, trata-se da imaginação da oposição para criticar o governo, uma vez que pelos cálculos governamentais são no máximo 200m.
4) Não há fundos para as tarefas de resgate pelo que será criada uma taxa específica para esta operação. Suspeita-se que a taxa seja cobrada nos próximos quinze anos.
5) Para além desta taxa, solicita-se um fundo patriótico para o restante, proveniente do Fundo de Pensões das Companhias de Seguros. Para a boa gestão dos fundos e como o túnel é uma Obra Pública é nomeado Mário Lino.
6) OS EUA emprestam a grua de resgate, que desembarca em Vigo, devido às suas dimensões, mas esta não chega a entrar em Portugal porque, na fronteira, a SCUT está com barreiras de utentes em protesto pelo pagamento de portagens.
7) Uma vez libertada a grua pelo Corpo de Intervenção da PSP, a alfândega dá logo ao fim de 120 dias a autorização para a importação da grua mediante o pagamento prévio de umas caixas de robalo ao Dr. Armando Vara, nomeado pelo Governo como Presidente da Fundação para o Auxílio aos Mineiros.
8) A grua não pode chegar à mina porque o condutor pertence ao sindicato dos operadores portuários e a grua tendo 4 rodas deve ser conduzida por um motorista de pesados e sob a supervisão dos inspectores do Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT). No entanto, como este Instituto está em reestruturação, não pode nomear os inspectores pois ainda não fazem parte do seu quadro.
9) Entretanto, o Prós e Contras da RTP dá instruções para trazerem um mineiro para o programa, mas a TVI oferece mais para o ter na Casa dos Segredos. Em consequência, gera-se um grande problema entre a Prisa, o Governo e a PT.
10) Finalmente consegue-se fazer chegar uma mini câmara de TV ao fundo da mina mas não se conseguem ver os mineiros. A Câmara só transmite Manuel Luís Goucha e Futebol.
11) A grua consegue chegar ao fim de mais dois meses à mina porque a IMTT teve de solicitar vários pareceres externos para definir o procedimento de atribuição da matrícula para a grua poder circular. A GNR-BT tinha-a apreendido por circular sem a documentação necessária, mas entretanto o Governo interpôs uma providência cautelar para libertar a grua em tempo útil.
12) Jerónimo de Sousa anuncia que os mineiros pertencem ao PCP e por isso o governo está a protelar o seu salvamento para não participarem nas eleições para a Presidência da República.
13) O Bloco de Esquerda repudia a grua por ser de fabrico americano, não se podendo tolerar a sua utilização enquanto continuar o massacre americano em Bagdad e Kabul.
14) Finalmente chega a Grua e começa a fazer descer a cápsula mas o cabo parte-se. O DIAP investiga irregularidades na compra do material mas não consegue ouvir os responsáveis. O Tribunal de Contas descobre que se comprou o cabo de pior qualidade mas que se pagou o preço dum modelo revestido a ouro. O dossier chega ao PGR que ordena o urgente arquivamento de todo o processo. O Conselho de Magistratura pede a revisão do arquivamento para o Supremo Tribunal solicitando a destituição do Ministro da Justiça.
15) Chega uma ordem para que se detenha o resgate até que cheguem ao local os gorros e casacos que os mineiros terão de vestir antes de chegar à superfície. Tem escrito a legenda: "Viva José Sócrates!".
16) Finalmente ao fim de dois anos e meio resgata-se o primeiro mineiro.
Surpresa mundial: era o único que ia trabalhar, os restantes 32 eram beneficiários do RSI e tinham ido à mina para justificar o seu recebimento.
17) O mineiro resgatado lê o jornal com as notícias sobre o OE e no final pede que o devolvam aos 700 metros de profundidade.
Afirma que a vida lá em baixo é bastante mais tranquila.
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quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Rotura nas negociações do OE2011
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O Editor de economia da TVI, Paulo Almoster diz:
"No fundo, o que separa as duas partes é uma ninharia «é menos do que um submarino»"
Então um submarino é uma ninharia, 50 Euros a mais por portugues ou 200 Euros a mais por trabalhador é uma ninharia?!
em: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/paulo-amoster-opiniao-comentario-agencia-financeira-tvi-oe2011/1203085-1730.html
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O Editor de economia da TVI, Paulo Almoster diz:
"No fundo, o que separa as duas partes é uma ninharia «é menos do que um submarino»"
Então um submarino é uma ninharia, 50 Euros a mais por portugues ou 200 Euros a mais por trabalhador é uma ninharia?!
em: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/paulo-amoster-opiniao-comentario-agencia-financeira-tvi-oe2011/1203085-1730.html
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sábado, 23 de outubro de 2010
Novass oportunidades: Apenas 3% teve ganhos
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.Em http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/novas-oportunidades-agencia-financeira-estudo-ino-carreira-iniciativa-novas-oportunidades/1201763-1730.html lê-se:
“um em cada três diz que teve benefícios na carreira e Cerca de 10 por cento dos que mencionaram ter sentido efeitos positivos afirmaram ter conseguido um aumento salarial”
Pelas minhas contas 10% de 33% são 3% ou seja apenas 3% dos que fizeram as Novas Oportunidades é que conseguiram aumento salarial.
No meu entender isto é um rotundo fracasso ao contrário do que dá a entender o texto.
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quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Senhorios rejeitam aumento da renda
… porque o aumento autorizado pelo governo não dá sequer para pagar o selo do correio, necessário para avisar o inquilino do aumento.
Leia tudo em http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/rendas-arrendamento-proprietarios-senhorios-agencia-financeira-anp/1200923-1730.html
De facto há 2 mundos, ambos injustos: um onde o senhorio é explorado e outro, nos contratos recentes, onde o inquilino é explorado, com uma diferença: é que o inquilino pode deixar de ser explorado a qualquer momento, basta querer, enquanto o senhorio não pode fugir.
Em relação aos contratos novos, a lei está equilibrada, garantindo a tradicional segurança do inquilino sem explorar demasiado o senhorio, o problema é que a lei não funciona.
E não funciona porque, por exemplo se o inquilino deixar de pagar a renda o senhorio não o pode por na rua sem primeiro ir a tribunal.
E todos sabem como funcionam os tribunais em Portugal.
Esta situação faz com só um louco é que queira ser senhorio em Portugal e os que são audazes ao ponto de arrendar o que é seu, obviamente que o fazem a um preço elevado.
Esta situação prejudica essencialmente os jovens e a economia em geral privando os portugueses da necessária mobilidade que uma economia saudável deve ter.
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Leia tudo em http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/rendas-arrendamento-proprietarios-senhorios-agencia-financeira-anp/1200923-1730.html
De facto há 2 mundos, ambos injustos: um onde o senhorio é explorado e outro, nos contratos recentes, onde o inquilino é explorado, com uma diferença: é que o inquilino pode deixar de ser explorado a qualquer momento, basta querer, enquanto o senhorio não pode fugir.
Em relação aos contratos novos, a lei está equilibrada, garantindo a tradicional segurança do inquilino sem explorar demasiado o senhorio, o problema é que a lei não funciona.
E não funciona porque, por exemplo se o inquilino deixar de pagar a renda o senhorio não o pode por na rua sem primeiro ir a tribunal.
E todos sabem como funcionam os tribunais em Portugal.
Esta situação faz com só um louco é que queira ser senhorio em Portugal e os que são audazes ao ponto de arrendar o que é seu, obviamente que o fazem a um preço elevado.
Esta situação prejudica essencialmente os jovens e a economia em geral privando os portugueses da necessária mobilidade que uma economia saudável deve ter.
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quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Orçamento FMI
Este orçamento apresentado pelo governo PS parece-se com um orçamento FMI no pior das acessões: apenas vê a redução do défice no curto prazo.
Não há uma única linha sobre a redução estrutural da despesa e baseia-se, mais uma vez, no aumento de impostos.
É incrível a quantidade de impostos e taxas que aumentam. Tantos que nem consegui acompanhar e alguns que nem me lembrava que existiam.
É um ataque a quem paga impostos para pagar ainda mais. São sempre os mesmos a pagar a crise: a classe média. Qualquer dia deixa de haver classe média.
Eis 3 exemplos publicado pela SIC:
- Um solteiro que ganhe 20.000€/ano vai ver a sua factura de IRS aumentada em cerca de 34%
- Um casal com filhos que ganhe 40.000€/ano vê a sua factura de IRS aumentada em quase 100%
- Um casal que ganhe 200.000€/ano vê a sua factura de IRS aumentada em menos de 7%
Conclusão: Não vale a pena casar e ter filhos. (e vale a pena ser da classe alta claro)
A verdade é que já hoje é habitual as pessoas com filhos divorciarem-se apenas para pagar menos IRS (graças à pensão de alimentos).
"Felizmente" (este "felizmente" é irónico) uma das medidas no novo orçamento é limitar a dedução dessa pensão de alimentos.
Mas se ficar casado vê o seu IRS duplicar pelo que continuará a ser vantajoso divorciar-se ou nem se quer casar e ter filhos.
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Não há uma única linha sobre a redução estrutural da despesa e baseia-se, mais uma vez, no aumento de impostos.
É incrível a quantidade de impostos e taxas que aumentam. Tantos que nem consegui acompanhar e alguns que nem me lembrava que existiam.
É um ataque a quem paga impostos para pagar ainda mais. São sempre os mesmos a pagar a crise: a classe média. Qualquer dia deixa de haver classe média.
Eis 3 exemplos publicado pela SIC:
- Um solteiro que ganhe 20.000€/ano vai ver a sua factura de IRS aumentada em cerca de 34%
- Um casal com filhos que ganhe 40.000€/ano vê a sua factura de IRS aumentada em quase 100%
- Um casal que ganhe 200.000€/ano vê a sua factura de IRS aumentada em menos de 7%
Conclusão: Não vale a pena casar e ter filhos. (e vale a pena ser da classe alta claro)
A verdade é que já hoje é habitual as pessoas com filhos divorciarem-se apenas para pagar menos IRS (graças à pensão de alimentos).
"Felizmente" (este "felizmente" é irónico) uma das medidas no novo orçamento é limitar a dedução dessa pensão de alimentos.
Mas se ficar casado vê o seu IRS duplicar pelo que continuará a ser vantajoso divorciar-se ou nem se quer casar e ter filhos.
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domingo, 10 de outubro de 2010
Negócio da China.
Das 6 maiores empresas do mundo 3 são chinesas e apenas 2 americanas:
1º- Exxon,
2º - PetroChina
3º- Apple,
4º- Banco Industrial e Comercial da China
5º A empresa de exploração mineira BHP (Austrália)
6º China Mobile
7º Microsoft
8º- Petrobras (Brasil)
Esta é a lista das 8 empresas com maior capitalização bolsista do mundo segundo http://economia.publico.pt/Noticia/valor-da-petrobas-caiu-mais-do-que-o-da-bp-desde-o-inicio-do-ano_1460236
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1º- Exxon,
2º - PetroChina
3º- Apple,
4º- Banco Industrial e Comercial da China
5º A empresa de exploração mineira BHP (Austrália)
6º China Mobile
7º Microsoft
8º- Petrobras (Brasil)
Esta é a lista das 8 empresas com maior capitalização bolsista do mundo segundo http://economia.publico.pt/Noticia/valor-da-petrobas-caiu-mais-do-que-o-da-bp-desde-o-inicio-do-ano_1460236
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sábado, 9 de outubro de 2010
Trabalho igual Salário igual!
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Não faz sentido que 2 funcionários que fazem a mesma coisa tenham ordenados diferentes só porque um tem mais tempo de serviço que o outro.
Só faria sentido se a sua produtividade fosse diferente mas, regra geral só há 2 escalões de produtividade para a mesma função: Júnior e Sénior.
Onde o escalão Júnior é enquanto ainda está a aprender a profissão.
e o escalão Sénior é quando já aprendeu a profissão.
Assim o escalão Júnior deverá ter durações diferenciadas consoante as profissões embora regra geral 1 ano bastasse para subir ao escalão Sénior.
A Actual situação de "progressão na carreira" na maior parte das vezes é uma progressão fictícia que só se distingue no ordenado e não nas competências e responsabilidades.
Há quem defenda esta progressão fictícia para incentivar os funcionários. Eu acho que para os incentivar a ter boa classificação basta dar-lhes um bónus que apenas durasse enquanto mantivesse a boa classificação.
Na Actual situação o prémio é "subir na carreira" mas depois de subir o funcionário pode dar-se ao luxo de se desleixar e perder produtividade que a sua remuneração nunca passa para o escalão anterior.
Na actual situação, quando o funcionário está no auge da produtividade passa sacrifícios para colocar os filhos na escola e quando já tem os filhos formados e não necessita de tanto dinheiro é quando já tem um ordenado chorudo só porque já tem tempo de serviço.
Isto é socialmente injusto!
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Não faz sentido que 2 funcionários que fazem a mesma coisa tenham ordenados diferentes só porque um tem mais tempo de serviço que o outro.
Só faria sentido se a sua produtividade fosse diferente mas, regra geral só há 2 escalões de produtividade para a mesma função: Júnior e Sénior.
Onde o escalão Júnior é enquanto ainda está a aprender a profissão.
e o escalão Sénior é quando já aprendeu a profissão.
Assim o escalão Júnior deverá ter durações diferenciadas consoante as profissões embora regra geral 1 ano bastasse para subir ao escalão Sénior.
A Actual situação de "progressão na carreira" na maior parte das vezes é uma progressão fictícia que só se distingue no ordenado e não nas competências e responsabilidades.
Há quem defenda esta progressão fictícia para incentivar os funcionários. Eu acho que para os incentivar a ter boa classificação basta dar-lhes um bónus que apenas durasse enquanto mantivesse a boa classificação.
Na Actual situação o prémio é "subir na carreira" mas depois de subir o funcionário pode dar-se ao luxo de se desleixar e perder produtividade que a sua remuneração nunca passa para o escalão anterior.
Na actual situação, quando o funcionário está no auge da produtividade passa sacrifícios para colocar os filhos na escola e quando já tem os filhos formados e não necessita de tanto dinheiro é quando já tem um ordenado chorudo só porque já tem tempo de serviço.
Isto é socialmente injusto!
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terça-feira, 5 de outubro de 2010
PEC 3 ou Chá verde?
Antes de mais quero pedir desculpas aos meus leitores por ainda não ter comentado o PEC 3 apresentado esta semana: é que o meu trabalho não me tem deixado tempo livre para escrever.
Quanto à redução dos salário eu já disse o que tinha a dizer premonitório em: http://comentariosdowilson.blogspot.com/2010/09/diminuir-salarios.html
A grande surpresa foi a incorporação do Fundo de pensões da PT de 2.600 milhões de Euros, o que só por si daria para reduzir o défice para 6% e o governo continua a prometer 7.3% o que significa que ou está a mentir agora ou estava a mentir antes e a execução do PEC 2 não está a ser feito no que diz respeito à redução da despesa.
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