PARA LER E MEDITAR
Entrevista de um professor chinês de economia, sobre a Europa, o Prof. Kuing Yamang - que viveu em França:
1. A sociedade europeia está em vias de se auto-destruir. O seu modelo social é muito exigente em meios financeiros. Mas, ao mesmo tempo, os europeus não querem trabalhar. Só três coisas lhes interessam: lazer/entretenimento, ecologia e futebol na TV!
Vivem, portanto, bem acima dos seus meios,porque é preciso pagar estes sonhos de miúdos...
2. Os seus industriais deslocalizam-se porque não estão disponíveis para suportar o custo de trabalho na Europa, os seus impostos e taxas para financiar a sua assistência generalizada.
3. Portanto endividam-se, vivem a crédito. Mas os seus filhos não poderão pagar 'a conta'.
4. Os europeus destruíram, assim, a sua qualidade de vida empobrecendo. Votam orçamentos sempre deficitários. Estão asfixiados pela dívida e não poderão honrá-la.
5. Mas, para além de se endividar, têm outro vício: os seus governos 'sangram' os contribuintes. A Europa detém o recorde mundial da pressão fiscal. É um verdadeiro 'inferno fiscal' para aqueles que criam riqueza.
6. Não compreenderam que não se produz riqueza dividindo e partilhando mas sim trabalhando. Porque quanto mais se reparte esta riqueza limitada menos há para cada um. Aqueles que produzem e criam empregos são punidos por impostos e taxas e aqueles que não trabalham são encorajados por ajudas. É uma inversão de valores.
7. Portanto o seu sistema é perverso e vai implodir por esgotamento e sufocação. A deslocalização da sua capacidade produtiva provoca o abaixamento do seu nível de vida e o aumento do... da China!
8. Dentro de uma ou duas gerações 'nós' (os chineses) iremos ultrapassá-los. Eles tornar-se-ão os nossos pobres. Dar-lhes-emos sacas de arroz...
9. Existe um outro cancro na Europa: existem funcionários a mais, um emprego em cada cinco. Estes funcionários são sedentos de dinheiro público, são de uma grande ineficácia, querem trabalhar o menos possível e apesar das inúmeras vantagens e direitos sociais, estão muitas vezes em greve. Mas os decisores acham que vale mais um funcionário ineficaz do que um desempregado...
10. Vão (os europeus) direitos a um muro e a alta velocidade...
NOTA: É possível ver a versão original do "Prof. Chinês" a falar através do link abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=DMKb9A6Kouk&feature=player_embedded
.
quinta-feira, 31 de março de 2011
quinta-feira, 17 de março de 2011
Robin Hood
Este governo é um autêntico Robin Hood ao contrário: Tira aos pobres para dar aos ricos, mais um PEC mas o TGV mantém-se.
Comentário a: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/ppp-tgv-teixeira-dos-santos-parcerias-publico-privadas-parlamento-agencia-financeira/1239893-1730.html
.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Justiça de morte ou pela hora da morte.
Marinho e Pinto pronuncia-se sobre a falta de bom senso na justiça

O representante dos advogados portugueses escreveu uma opinião intitulada "Um país insuportável".
A falta de bom-senso e humildade constitui uma das principais causas da degenerescência da justiça portuguesa. Tudo seria simples se houvesse uma coisa que falta cada vez mais aos nossos magistrados: bom senso.
Uma mulher com 88 anos de idade morreu no seu apartamento em Rio de Mouro, Sintra, mas o corpo só foi encontrado mais de oito anos depois, juntamente com os restos mortais de alguns animais de companhia (um cão e dois pássaros).
Este caso, cujos pormenores têm sido abundantemente relatados na comunicação social, interpela-nos a todos não só pela sua desumanidade mas também pela chocante contradição entre os discursos públicos dominantes e a dura realidade da nossa vida social. Contradição entre promessas e garantias de bem-estar, de solidariedade e de confiança nas instituições públicas e uma realidade feita de solidão, de abandono e de impessoalidade nas relações das instituições com os cidadãos.
Apenas duas ou três pessoas se interessaram pelo desaparecimento daquela mulher, fazendo, aliás, o que lhes competia. Com efeito, uma vizinha e um familiar comunicaram o desaparecimento às autoridades policiais e judiciais mas ninguém na PSP, na GNR, na Polícia Judiciária e no tribunal de Sintra se incomodou o suficiente para ordenar as providências adequadas. Em face da participação do desaparecimento de uma idosa a diligência mais elementar que se impunha era ir à sua residência habitual recolher todos os indícios sobre o seu desaparecimento. É isto que num sistema judicial de um país minimamente civilizado se espera das autoridades policiais e judiciais, até porque o caso era susceptível de constituir um crime. O assalto e até assassínio de idosos nas suas residências não são, infelizmente, casos assim tão raros em Portugal. Mas, sintomaticamente, as autoridades judiciais não só não se deram ao trabalho de se deslocar à residência como, inclusivamente, recusaram-se a autorizar os familiares a procederem ao arrombamento da porta de entrada.
E tudo seria tão simples se houvesse uma coisa que falta cada vez mais aos nossos magistrados: bom senso. Mas não. Dava muito trabalho ir à uma residência procurar pistas sobre o desaparecimento de uma pessoa. Dava muito trabalho oficiar outras instituições para prestar informações sobre esse desaparecimento. Sublinhe-se que um primo da idosa se deslocou treze vezes ao tribunal de Sintra para que este autorizasse o arrombamento da porta da sua residência. Mas, em vez disso, o tribunal, lá do alto da sua soberba, decretou que a desaparecida não estava morta em casa, pois, se estivesse, teria provocado mau cheiro no prédio. É esta falta de bom-senso e humildade perante a realidade que constitui uma das principais causas da degenerescência da justiça portuguesa. Os nossos investigadores (magistrados e polícias) não investigam para encontrar a verdade, mas sim para confirmarem as verdades que previamente decretam. E, como algumas dessas verdades são axiomáticas, não carecem de demonstração.
Mas há mais entidades cujo comportamento revela que a pessoa humana não constitui motivo suficientemente forte para as obrigar a alterar as rotinas burocráticas e impessoais.
A luz da cozinha daquele apartamento esteve permanentemente acesa durante um ano, ao fim do qual a EDP cortou o fornecimento de energia eléctrica, sem se interessar em averiguar o motivo pelo qual um consumidor deixou de cumprir o contrato celebrado entre ambos.
Os vales da pensão de reforma deixaram de ser levantados pela destinatária, mas a segurança social nada se preocupou com isso. Ninguém nessa instituição estranhou que a pensão de reforma deixasse de ser recebida, ou seja, que passasse a haver uma receita extraordinária sem uma causa. E isto é tanto mais insólito quanto os reformados são periodicamente obrigados a fazerem prova de vida. Mas isso é só quando estão vivos e recebem a pensão.
Os CTT atulharam a caixa de correio daquela habitação de correspondência que não era recebida sem que nenhum alerta alterasse as suas rotinas.
.

O representante dos advogados portugueses escreveu uma opinião intitulada "Um país insuportável".
A falta de bom-senso e humildade constitui uma das principais causas da degenerescência da justiça portuguesa. Tudo seria simples se houvesse uma coisa que falta cada vez mais aos nossos magistrados: bom senso.
Uma mulher com 88 anos de idade morreu no seu apartamento em Rio de Mouro, Sintra, mas o corpo só foi encontrado mais de oito anos depois, juntamente com os restos mortais de alguns animais de companhia (um cão e dois pássaros).
Este caso, cujos pormenores têm sido abundantemente relatados na comunicação social, interpela-nos a todos não só pela sua desumanidade mas também pela chocante contradição entre os discursos públicos dominantes e a dura realidade da nossa vida social. Contradição entre promessas e garantias de bem-estar, de solidariedade e de confiança nas instituições públicas e uma realidade feita de solidão, de abandono e de impessoalidade nas relações das instituições com os cidadãos.
Apenas duas ou três pessoas se interessaram pelo desaparecimento daquela mulher, fazendo, aliás, o que lhes competia. Com efeito, uma vizinha e um familiar comunicaram o desaparecimento às autoridades policiais e judiciais mas ninguém na PSP, na GNR, na Polícia Judiciária e no tribunal de Sintra se incomodou o suficiente para ordenar as providências adequadas. Em face da participação do desaparecimento de uma idosa a diligência mais elementar que se impunha era ir à sua residência habitual recolher todos os indícios sobre o seu desaparecimento. É isto que num sistema judicial de um país minimamente civilizado se espera das autoridades policiais e judiciais, até porque o caso era susceptível de constituir um crime. O assalto e até assassínio de idosos nas suas residências não são, infelizmente, casos assim tão raros em Portugal. Mas, sintomaticamente, as autoridades judiciais não só não se deram ao trabalho de se deslocar à residência como, inclusivamente, recusaram-se a autorizar os familiares a procederem ao arrombamento da porta de entrada.
E tudo seria tão simples se houvesse uma coisa que falta cada vez mais aos nossos magistrados: bom senso. Mas não. Dava muito trabalho ir à uma residência procurar pistas sobre o desaparecimento de uma pessoa. Dava muito trabalho oficiar outras instituições para prestar informações sobre esse desaparecimento. Sublinhe-se que um primo da idosa se deslocou treze vezes ao tribunal de Sintra para que este autorizasse o arrombamento da porta da sua residência. Mas, em vez disso, o tribunal, lá do alto da sua soberba, decretou que a desaparecida não estava morta em casa, pois, se estivesse, teria provocado mau cheiro no prédio. É esta falta de bom-senso e humildade perante a realidade que constitui uma das principais causas da degenerescência da justiça portuguesa. Os nossos investigadores (magistrados e polícias) não investigam para encontrar a verdade, mas sim para confirmarem as verdades que previamente decretam. E, como algumas dessas verdades são axiomáticas, não carecem de demonstração.
Mas há mais entidades cujo comportamento revela que a pessoa humana não constitui motivo suficientemente forte para as obrigar a alterar as rotinas burocráticas e impessoais.
A luz da cozinha daquele apartamento esteve permanentemente acesa durante um ano, ao fim do qual a EDP cortou o fornecimento de energia eléctrica, sem se interessar em averiguar o motivo pelo qual um consumidor deixou de cumprir o contrato celebrado entre ambos.
Os vales da pensão de reforma deixaram de ser levantados pela destinatária, mas a segurança social nada se preocupou com isso. Ninguém nessa instituição estranhou que a pensão de reforma deixasse de ser recebida, ou seja, que passasse a haver uma receita extraordinária sem uma causa. E isto é tanto mais insólito quanto os reformados são periodicamente obrigados a fazerem prova de vida. Mas isso é só quando estão vivos e recebem a pensão.
Os CTT atulharam a caixa de correio daquela habitação de correspondência que não era recebida sem que nenhum alerta alterasse as suas rotinas.
Finalmente, as finanças penhoraram uma casa e venderam-na sem que o respectivo proprietário fosse citado. Como é que é possível num país civilizado penhorar e vender a habitação de uma pessoa, aliás, por uma dívida insignificante, sem que essa pessoa seja citada para contestar? Sem que ninguém se certifique de que o visado tomou conhecimento desse processo? Como é possível comprar uma casa sem a avaliar, sem sequer a ver por dentro? Quem avaliou a casa? Quem fixou o seu preço?
Claro que agora aparecem todos a dizer que cumpriram a lei e, portanto, ninguém poderá ser responsabilizado porque a culpa, na nossa justiça, é sempre das leis. É esta generalizada irresponsabilidade (ninguém responde por nada) que está a tornar este país cada vez mais insuportável.
Fonte: JN - 14-Fev-2011
.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
«Estivemos no limite da bancarrota»
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/financas/bancarrota-pacheco-pereira-crise-divida-juros-agencia-financeira/1234205-1729.html
O presidente da república, Cavaco Silva, esteve em reuniões com banqueiros nacionais, com o presidente da Comissão Europeia e com o ministro das finanças. Tudo reuniões de emergência que só foram conhecidas depois das mesmas.
Só este facto indiciava que algo de grave se estava a passar.
Agora ficamos a saber que na quarta-feira passada Portugal esteve à beira da bancarrota e só fomos salvos no último momento pelo BCE.
Também sei que o BCE já detêm 60 mil milhões de Euros da nossa dívida, de forma directa e indirecta, se considerarmos que a nossa dívida total é de 160 mil milhões então concluímos que o BCE já é dona de quase 40% de Portugal.
O BCE tem estado sistematicamente a salvar-nos sem qualquer plano tipo FMI na esperança que Portugal enceste as reformas prometidas há 5 anos por este governo e que ainda não foram cumpridas.
Ainda por cima este governo insiste em não adiar o TGV…
Ou seja, o governo reconhece que estamos em crise mas insiste em não mudar de vida porque acredita que o bolso do Zé-povinho é um saco sem fundo.
.
O presidente da república, Cavaco Silva, esteve em reuniões com banqueiros nacionais, com o presidente da Comissão Europeia e com o ministro das finanças. Tudo reuniões de emergência que só foram conhecidas depois das mesmas.
Só este facto indiciava que algo de grave se estava a passar.
Agora ficamos a saber que na quarta-feira passada Portugal esteve à beira da bancarrota e só fomos salvos no último momento pelo BCE.
Também sei que o BCE já detêm 60 mil milhões de Euros da nossa dívida, de forma directa e indirecta, se considerarmos que a nossa dívida total é de 160 mil milhões então concluímos que o BCE já é dona de quase 40% de Portugal.
O BCE tem estado sistematicamente a salvar-nos sem qualquer plano tipo FMI na esperança que Portugal enceste as reformas prometidas há 5 anos por este governo e que ainda não foram cumpridas.
Ainda por cima este governo insiste em não adiar o TGV…
Ou seja, o governo reconhece que estamos em crise mas insiste em não mudar de vida porque acredita que o bolso do Zé-povinho é um saco sem fundo.
.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
PGR abre processo disciplinar a procuradores do Freeport
"Em causa estará a alegada violação do dever de lealdade, face a determinadas observações, nomedamente as referência às perguntas que ficaram por fazer, no despacho final do Freeport."
http://www.publico.pt/Sociedade/pgr-abre-processo-disciplinar-a-procuradores-do-freeport_1472981
Na minha humilde opinião o dever de lealdade dos procuradores é, ou devia ser, para com a verdade e não para com colegas ou superiores.
Infelizmente estamos num país onde o “dever de lealdade” é mais importante do que a competência ou, neste caso, a verdade.
Pedro Sousa, Massamá. 29.12.2010 23:50, diz que:
«neste país chegará a altura que quem trabalha honradamente será preso e os criminosos condecorados.»
Eu discordo do Pedro Sousa no que ao tempo diz respeito, ele fala num hipotético futuro, eu acho que o que ele diz já é verdade hoje.
.
http://www.publico.pt/Sociedade/pgr-abre-processo-disciplinar-a-procuradores-do-freeport_1472981
Na minha humilde opinião o dever de lealdade dos procuradores é, ou devia ser, para com a verdade e não para com colegas ou superiores.
Infelizmente estamos num país onde o “dever de lealdade” é mais importante do que a competência ou, neste caso, a verdade.
Pedro Sousa, Massamá. 29.12.2010 23:50, diz que:
«neste país chegará a altura que quem trabalha honradamente será preso e os criminosos condecorados.»
Eu discordo do Pedro Sousa no que ao tempo diz respeito, ele fala num hipotético futuro, eu acho que o que ele diz já é verdade hoje.
.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
EDP: Só 16% da factura é para a electricidade
António mexia, presidente da EDP afirmou que apenas 16% da factura é para pagar a electricidade:
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/empresas/luz-edp-electricidade-aumentos-precos-agencia-financeira/1216175-1728.html
Assine a petição da DECO para a redução dos “custos gerais” na factura da electricidade:
http://www.deco.proteste.pt/servicos-basicos/contra-extras-na-electricidade-junte-se-a-nos-s626501.htm
.
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/empresas/luz-edp-electricidade-aumentos-precos-agencia-financeira/1216175-1728.html
Assine a petição da DECO para a redução dos “custos gerais” na factura da electricidade:
http://www.deco.proteste.pt/servicos-basicos/contra-extras-na-electricidade-junte-se-a-nos-s626501.htm
.
domingo, 14 de novembro de 2010
Bancarrota: um pouco de história.
.
Nos últimos 200 anos houve 70 bancarrotas no planeta.
Na Europa há 4 ovelhas negras: Espanha faliu 14 vezes, Portugal 7 vezes, França 4 vezes e Alemanha 2 vezes: uma vez em cada uma das 2 Grandes Guerras.
o texto seguinte foi retirado de:
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/falencia-bancarrota-fmi-crise-agencia-financeira/1208356-1730.html e http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/falencia-bancarrota-crise-agencia-financeira/1208357-1730.html
Ao contrário do que possa pensar, a bancarrota de um país não é uma coisa lá muito rara. Em média, a cada ano que passa, há um país que entra em falência, ou seja, fica sem dinheiro para pagar as dívidas. Em pouco mais de 200 anos registaram-se 290 crises bancárias e 70 bancarrotas. Dizemos-lhe o que aconteceu nos países por onde o Fundo Monetário Internacional (FMI) já passou.
A vizinha Espanha é uma habitué nestas andanças. Em 200 anos faliu 14 vezes, sete das quais no século XIX, mas estreou-se há muito mais tempo: a primeira vez que decretou falência foi em 1557.
Na altura, como agora, a dívida da Espanha era elevada, os juros demasiado elevados para suportar e D. Filipe II mandou confiscar todas as mercadorias valiosas que chegassem aos portos. A família real também teve de «apertar o cinto»: ficou sem o mestre limpador de dentes e o especialista em álgebra e o jantar foi reduzido de dez para seis pratos.
Reincidente é também a França, que em menos de cem anos foi quatro vezes à bancarrota.
A Alemanha também nem sempre foi a «menina bonita» da Europa. Faliu a seguir às duas guerras mundiais. Nos anos 20 um café chegou a custar quase 70 euros e o preço duplicava em poucos minutos.
Portugal já faliu várias vezes e conhece bem o FMI
Portugal também já faliu por sete vezes. Em 1891, a crise foi desencadeada com a falência de dois bancos importantes (o Banco do Povo e o Banco Lusitano). D. Carlos nomeou na altura José Dias Ferreira, bisavô de Manuela Ferreira Leite, para liderar o Governo. Também na altura a função pública sofreu na pele o aperto do cinto: os salários caíram 20%. Portugal ficou 10 anos sem conseguir financiamento externo e um dos primeiros cortes foi nas obras públicas (na altura na construção das vias férreas).
Em 1976 a falência voltou a estar iminente. Mário Soares, na altura à frente dos destinos do país, pediu dinheiro emprestado à Alemanha. Em vez de uma transferência bancária, recebeu um avião a meio da noite.
Na década de 80, viu-se forçado a negociar um empréstimo com o FMI. Mais uma vez liderado por Mário Soares e Mota Pinto, e com Ernâni Lopes como ministro das Finanças, os portugueses tiveram de enfrentar uma forte desvalorização do escudo, o disparo da inflação para quase 30%, o aumento dos impostos e o crescimento do desemprego.
O mau exemplo da Argentina
O caso da Argentina tem quase 10 anos e é dos mais negros. A intervenção do FMI foi um fracasso. O país seguiu as recomendações do Fundo (cortes orçamentais e aumentos de impostos) e com isso foi-se afundando. No final de 2001, as coisas pioraram exponencialmente quando o FMI negou um novo financiamento ao país. À revolta social juntou-se a queda do Governo e a bancarrota. Na altura os argentinos deixaram as suas casas com todo o seu dinheiro e foram depositá-lo nos bancos do Uruguai, o paraíso fiscal na América Latina. O governo congelou o acesso às contas bancárias, limitando os levantamentos a cerca de 200 euros por pessoa por semana. Sem dinheiro, começou a violência nas ruas, a pobreza duplicou, atingindo quase metade da população e a fome espalhou-se. O Governo parou de emitir passaportes porque não tinha dinheiro para os imprimir.
-
A Islândia foi o primeiro país a falir com a crise financeira recente. Com a moeda local, a krona, a cair a pique, o desemprego a triplicar e com os maiores bancos do país falidos, os levantamentos em moeda estrangeira ficaram limitados: só eram permitidos a quem fosse viajar, mediante exibição do bilhete, ou a quem precisasse do dinheiro para bens essenciais, como alimentos e medicamentos. Para os restantes europeus, a queda do custo de vida islandês para metade foi uma oportunidade para fazer turismo no país dos glaciares. O preço da cerveja caiu para metade.
A crise do Dubai foi rápida, mas atingiu o mundo como um terramoto. Em 2008, o Governo anunciou que não conseguiria pagar a sua dívida de 60 mil milhões de euros e o mundo percebeu que um dos países mais ricos e luxuosos do mundo também era, afinal, vulnerável. Muitos empresários e gestores perderam o emprego nessa altura e abandonaram o país. Milhares de carros de luxo foram abandonados nas ruas e junto ao aeroporto com a chave na ignição, sendo mais tarde leiloados pelo emirado a preços de saldo. Milhares de cartões de crédito foram devolvidos aos bancos e as casas ficaram infinitamente mais baratas.
A Grécia é o caso mais recente e o mais caro. O valor que os países europeus e o FMI acordaram emprestar é o mais elevado jamais aplicado para salvar um país. O Governo cortou os subsídios de férias e Natal à função pública e pensionistas, a idade da reforma aumentou e os impostos também, sobretudo para bens supérfluos como cigarros, álcool ou jóias. A Grécia também não é uma estreante nestas andanças: em 1826 foi à falência e ficou sem crédito internacional por mais de meio século.
Mas nem só de Europa se escrevem as páginas mais recentes da história das falências. Em 2008, o Paquistão também entrou em incumprimento. Sem dinheiro para pagar aos credores por mais de mês e meio, tomou medidas drásticas como desligar a electricidade 12 horas por dia. No mesmo ano, também o Zimbabué foi à bancarrota, abalado por um surto de cólera. Fome, falta de água potável, uma taxa de desemprego de 80% e uma inflação de 66.000% explicam as dificuldades.
Da Rússia com amor
A Rússia também se inclinou perigosamente sobre a bancarrota no fim da década passada, quando a privatização de empresas se fazia em massa (em média 800 empresas por mês) e o poder de compra caiu para metade. A bolsa russa mergulhou no abismo e a negociação teve de ser suspensa, quando o índice caía 65%. O Governo suspendeu os pagamentos a credores durante três meses e a inflação subiu 80% nesse ano.
.
Nos últimos 200 anos houve 70 bancarrotas no planeta.
Na Europa há 4 ovelhas negras: Espanha faliu 14 vezes, Portugal 7 vezes, França 4 vezes e Alemanha 2 vezes: uma vez em cada uma das 2 Grandes Guerras.
o texto seguinte foi retirado de:
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/falencia-bancarrota-fmi-crise-agencia-financeira/1208356-1730.html e http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/falencia-bancarrota-crise-agencia-financeira/1208357-1730.html
Ao contrário do que possa pensar, a bancarrota de um país não é uma coisa lá muito rara. Em média, a cada ano que passa, há um país que entra em falência, ou seja, fica sem dinheiro para pagar as dívidas. Em pouco mais de 200 anos registaram-se 290 crises bancárias e 70 bancarrotas. Dizemos-lhe o que aconteceu nos países por onde o Fundo Monetário Internacional (FMI) já passou.
A vizinha Espanha é uma habitué nestas andanças. Em 200 anos faliu 14 vezes, sete das quais no século XIX, mas estreou-se há muito mais tempo: a primeira vez que decretou falência foi em 1557.
Na altura, como agora, a dívida da Espanha era elevada, os juros demasiado elevados para suportar e D. Filipe II mandou confiscar todas as mercadorias valiosas que chegassem aos portos. A família real também teve de «apertar o cinto»: ficou sem o mestre limpador de dentes e o especialista em álgebra e o jantar foi reduzido de dez para seis pratos.
Reincidente é também a França, que em menos de cem anos foi quatro vezes à bancarrota.
A Alemanha também nem sempre foi a «menina bonita» da Europa. Faliu a seguir às duas guerras mundiais. Nos anos 20 um café chegou a custar quase 70 euros e o preço duplicava em poucos minutos.
Portugal já faliu várias vezes e conhece bem o FMI
Portugal também já faliu por sete vezes. Em 1891, a crise foi desencadeada com a falência de dois bancos importantes (o Banco do Povo e o Banco Lusitano). D. Carlos nomeou na altura José Dias Ferreira, bisavô de Manuela Ferreira Leite, para liderar o Governo. Também na altura a função pública sofreu na pele o aperto do cinto: os salários caíram 20%. Portugal ficou 10 anos sem conseguir financiamento externo e um dos primeiros cortes foi nas obras públicas (na altura na construção das vias férreas).
Em 1976 a falência voltou a estar iminente. Mário Soares, na altura à frente dos destinos do país, pediu dinheiro emprestado à Alemanha. Em vez de uma transferência bancária, recebeu um avião a meio da noite.
Na década de 80, viu-se forçado a negociar um empréstimo com o FMI. Mais uma vez liderado por Mário Soares e Mota Pinto, e com Ernâni Lopes como ministro das Finanças, os portugueses tiveram de enfrentar uma forte desvalorização do escudo, o disparo da inflação para quase 30%, o aumento dos impostos e o crescimento do desemprego.
O mau exemplo da Argentina
O caso da Argentina tem quase 10 anos e é dos mais negros. A intervenção do FMI foi um fracasso. O país seguiu as recomendações do Fundo (cortes orçamentais e aumentos de impostos) e com isso foi-se afundando. No final de 2001, as coisas pioraram exponencialmente quando o FMI negou um novo financiamento ao país. À revolta social juntou-se a queda do Governo e a bancarrota. Na altura os argentinos deixaram as suas casas com todo o seu dinheiro e foram depositá-lo nos bancos do Uruguai, o paraíso fiscal na América Latina. O governo congelou o acesso às contas bancárias, limitando os levantamentos a cerca de 200 euros por pessoa por semana. Sem dinheiro, começou a violência nas ruas, a pobreza duplicou, atingindo quase metade da população e a fome espalhou-se. O Governo parou de emitir passaportes porque não tinha dinheiro para os imprimir.
-
A Islândia foi o primeiro país a falir com a crise financeira recente. Com a moeda local, a krona, a cair a pique, o desemprego a triplicar e com os maiores bancos do país falidos, os levantamentos em moeda estrangeira ficaram limitados: só eram permitidos a quem fosse viajar, mediante exibição do bilhete, ou a quem precisasse do dinheiro para bens essenciais, como alimentos e medicamentos. Para os restantes europeus, a queda do custo de vida islandês para metade foi uma oportunidade para fazer turismo no país dos glaciares. O preço da cerveja caiu para metade.
A crise do Dubai foi rápida, mas atingiu o mundo como um terramoto. Em 2008, o Governo anunciou que não conseguiria pagar a sua dívida de 60 mil milhões de euros e o mundo percebeu que um dos países mais ricos e luxuosos do mundo também era, afinal, vulnerável. Muitos empresários e gestores perderam o emprego nessa altura e abandonaram o país. Milhares de carros de luxo foram abandonados nas ruas e junto ao aeroporto com a chave na ignição, sendo mais tarde leiloados pelo emirado a preços de saldo. Milhares de cartões de crédito foram devolvidos aos bancos e as casas ficaram infinitamente mais baratas.
A Grécia é o caso mais recente e o mais caro. O valor que os países europeus e o FMI acordaram emprestar é o mais elevado jamais aplicado para salvar um país. O Governo cortou os subsídios de férias e Natal à função pública e pensionistas, a idade da reforma aumentou e os impostos também, sobretudo para bens supérfluos como cigarros, álcool ou jóias. A Grécia também não é uma estreante nestas andanças: em 1826 foi à falência e ficou sem crédito internacional por mais de meio século.
Mas nem só de Europa se escrevem as páginas mais recentes da história das falências. Em 2008, o Paquistão também entrou em incumprimento. Sem dinheiro para pagar aos credores por mais de mês e meio, tomou medidas drásticas como desligar a electricidade 12 horas por dia. No mesmo ano, também o Zimbabué foi à bancarrota, abalado por um surto de cólera. Fome, falta de água potável, uma taxa de desemprego de 80% e uma inflação de 66.000% explicam as dificuldades.
Da Rússia com amor
A Rússia também se inclinou perigosamente sobre a bancarrota no fim da década passada, quando a privatização de empresas se fazia em massa (em média 800 empresas por mês) e o poder de compra caiu para metade. A bolsa russa mergulhou no abismo e a negociação teve de ser suspensa, quando o índice caía 65%. O Governo suspendeu os pagamentos a credores durante três meses e a inflação subiu 80% nesse ano.
.
sábado, 13 de novembro de 2010
0.4% e o FMI
.
.
O facto de o INE ter divulgado uma boa notícia (crescimento no último trimestre acima do esperado) um dia depois do último leilão do ano da dívida no mercado primário, faz-me acreditar ainda mais que este governo tem uma agenda política contrária aos interesses de Portugal.
.
.
O facto de o INE ter divulgado uma boa notícia (crescimento no último trimestre acima do esperado) um dia depois do último leilão do ano da dívida no mercado primário, faz-me acreditar ainda mais que este governo tem uma agenda política contrária aos interesses de Portugal.
.
"afastamento voluntário" de Sócrates é essencial para sair da crise
http://noticias.pt.msn.com/Economia/article.aspx?cp-documentid=155233480
Sim concordo mas não devemos cometer os mesmos erros que cometemos com a saída de Durão Barroso. Eu acho que a melhor solução, até para tranquilizar os mercados, seria promover o ministro das finanças a primeiro ministro e este formar novo governo onde o novo ministro das finanças seja um economista reputado e independente ou, caso se trate de um governo de Salvação Nacional ou Bloco Central, da oposição.
.
Sim concordo mas não devemos cometer os mesmos erros que cometemos com a saída de Durão Barroso. Eu acho que a melhor solução, até para tranquilizar os mercados, seria promover o ministro das finanças a primeiro ministro e este formar novo governo onde o novo ministro das finanças seja um economista reputado e independente ou, caso se trate de um governo de Salvação Nacional ou Bloco Central, da oposição.
.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
7% e o FMI
.
.
Se não viesse o FMI (através do Fundo de Estabilização Europeu) teríamos eleições por volta de Junho de 2011 pois parece-me claro que este governo não tem condições de credibilidade para continuar a governar e só se mantêm artificialmente no poder porque a constituição impede o Presidente de dissolver agora a Assembleia e qualquer outra solução governativa não seria solução duradoira.
Estamos a 9 de Novembro de 2010, ou seja ainda falta mais de 1 mês para acabar o ano. No entanto o governo decidiu colocar a leilão hoje a totalidade das necessidades de financiamento previsto até o final do ano, numa altura em que se previa a subida das taxas de juro devido às declarações da Chanceler Alemã Angela Merkel.
Obviamente que o resultado só podia ser este: atingiu-se os 7% de taxa de juros que o ministro das finanças disse como sendo o limite a partir do qual viria o FMI.
Se é verdade que o governo tinha mais tempo para dividir este leilão então parece-me obvio que é o governo quem quer o FMI aqui.
Percebo perfeitamente que o governo queira o FMI aqui, o que não percebo e repudio é que diga uma coisa e faça o seu oposto.
Será isto uma manobra para tentar continuar estar agarrado ao Poder?
De facto, se nada for feito de forma estrutural urgentemente Portugal abrirá falência até 2015 e nas propostas do Governo para 2011 não há nada estrutural.
Se o FMI vier para nos ajudar a pôr em prática as reformas estruturais que este governo não conseguiu fazer (apesar de ter tido maioria absoluta) então que venha! Não percebo porque é que o Sócrates e outras pessoas andam a diabolizar o FMI.
É claro que num mundo perfeito não seria necessário vir os estrangeiros ensinar-nos a governar.
.
.
Se não viesse o FMI (através do Fundo de Estabilização Europeu) teríamos eleições por volta de Junho de 2011 pois parece-me claro que este governo não tem condições de credibilidade para continuar a governar e só se mantêm artificialmente no poder porque a constituição impede o Presidente de dissolver agora a Assembleia e qualquer outra solução governativa não seria solução duradoira.
Estamos a 9 de Novembro de 2010, ou seja ainda falta mais de 1 mês para acabar o ano. No entanto o governo decidiu colocar a leilão hoje a totalidade das necessidades de financiamento previsto até o final do ano, numa altura em que se previa a subida das taxas de juro devido às declarações da Chanceler Alemã Angela Merkel.
Obviamente que o resultado só podia ser este: atingiu-se os 7% de taxa de juros que o ministro das finanças disse como sendo o limite a partir do qual viria o FMI.
Se é verdade que o governo tinha mais tempo para dividir este leilão então parece-me obvio que é o governo quem quer o FMI aqui.
Percebo perfeitamente que o governo queira o FMI aqui, o que não percebo e repudio é que diga uma coisa e faça o seu oposto.
Será isto uma manobra para tentar continuar estar agarrado ao Poder?
De facto, se nada for feito de forma estrutural urgentemente Portugal abrirá falência até 2015 e nas propostas do Governo para 2011 não há nada estrutural.
Se o FMI vier para nos ajudar a pôr em prática as reformas estruturais que este governo não conseguiu fazer (apesar de ter tido maioria absoluta) então que venha! Não percebo porque é que o Sócrates e outras pessoas andam a diabolizar o FMI.
É claro que num mundo perfeito não seria necessário vir os estrangeiros ensinar-nos a governar.
.
sábado, 6 de novembro de 2010
MINEIROS SOTERRADOS EM ALJUSTREL
.
UM GRUPO DE 33 MINEIROS PORTUGUESES FICOU ENTERRADO, A 700 METROS DE PROFUNDIDADE, EM PLENA MINA DE ALJUSTREL.
2) O Primeiro-Ministro inteira-se desde logo da situação, e fala ao País, na RTP, afirmando que o acidente foi provocado pela crise internacional e pelo nervosismo dos mercados. Ao mesmo tempo, pergunta se não teriam encontrado no fundo da mina o seu certificado de habilitações como Engº Civil, já que ninguém o conseguiu ver até hoje...
3) Uma Informação prestada pelo Ministro Jorge Lacão assegura que a profundidade não é tanta, trata-se da imaginação da oposição para criticar o governo, uma vez que pelos cálculos governamentais são no máximo 200m.
4) Não há fundos para as tarefas de resgate pelo que será criada uma taxa específica para esta operação. Suspeita-se que a taxa seja cobrada nos próximos quinze anos.
5) Para além desta taxa, solicita-se um fundo patriótico para o restante, proveniente do Fundo de Pensões das Companhias de Seguros. Para a boa gestão dos fundos e como o túnel é uma Obra Pública é nomeado Mário Lino.
6) OS EUA emprestam a grua de resgate, que desembarca em Vigo, devido às suas dimensões, mas esta não chega a entrar em Portugal porque, na fronteira, a SCUT está com barreiras de utentes em protesto pelo pagamento de portagens.
7) Uma vez libertada a grua pelo Corpo de Intervenção da PSP, a alfândega dá logo ao fim de 120 dias a autorização para a importação da grua mediante o pagamento prévio de umas caixas de robalo ao Dr. Armando Vara, nomeado pelo Governo como Presidente da Fundação para o Auxílio aos Mineiros.
8) A grua não pode chegar à mina porque o condutor pertence ao sindicato dos operadores portuários e a grua tendo 4 rodas deve ser conduzida por um motorista de pesados e sob a supervisão dos inspectores do Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT). No entanto, como este Instituto está em reestruturação, não pode nomear os inspectores pois ainda não fazem parte do seu quadro.
9) Entretanto, o Prós e Contras da RTP dá instruções para trazerem um mineiro para o programa, mas a TVI oferece mais para o ter na Casa dos Segredos. Em consequência, gera-se um grande problema entre a Prisa, o Governo e a PT.
10) Finalmente consegue-se fazer chegar uma mini câmara de TV ao fundo da mina mas não se conseguem ver os mineiros. A Câmara só transmite Manuel Luís Goucha e Futebol.
11) A grua consegue chegar ao fim de mais dois meses à mina porque a IMTT teve de solicitar vários pareceres externos para definir o procedimento de atribuição da matrícula para a grua poder circular. A GNR-BT tinha-a apreendido por circular sem a documentação necessária, mas entretanto o Governo interpôs uma providência cautelar para libertar a grua em tempo útil.
12) Jerónimo de Sousa anuncia que os mineiros pertencem ao PCP e por isso o governo está a protelar o seu salvamento para não participarem nas eleições para a Presidência da República.
13) O Bloco de Esquerda repudia a grua por ser de fabrico americano, não se podendo tolerar a sua utilização enquanto continuar o massacre americano em Bagdad e Kabul.
14) Finalmente chega a Grua e começa a fazer descer a cápsula mas o cabo parte-se. O DIAP investiga irregularidades na compra do material mas não consegue ouvir os responsáveis. O Tribunal de Contas descobre que se comprou o cabo de pior qualidade mas que se pagou o preço dum modelo revestido a ouro. O dossier chega ao PGR que ordena o urgente arquivamento de todo o processo. O Conselho de Magistratura pede a revisão do arquivamento para o Supremo Tribunal solicitando a destituição do Ministro da Justiça.
15) Chega uma ordem para que se detenha o resgate até que cheguem ao local os gorros e casacos que os mineiros terão de vestir antes de chegar à superfície. Tem escrito a legenda: "Viva José Sócrates!".
16) Finalmente ao fim de dois anos e meio resgata-se o primeiro mineiro.
Surpresa mundial: era o único que ia trabalhar, os restantes 32 eram beneficiários do RSI e tinham ido à mina para justificar o seu recebimento.
17) O mineiro resgatado lê o jornal com as notícias sobre o OE e no final pede que o devolvam aos 700 metros de profundidade.
Afirma que a vida lá em baixo é bastante mais tranquila.
UM GRUPO DE 33 MINEIROS PORTUGUESES FICOU ENTERRADO, A 700 METROS DE PROFUNDIDADE, EM PLENA MINA DE ALJUSTREL.
1) Cria-se uma comissão para iniciar as tarefas de resgate, integrada por 20 membros do PS e 19 da oposição. Cada membro contará por sua vez com 5 assessores, dois secretários e um motorista. As tarefas demoram porque não se consegue quórum para reunir e logo não há acordo para designar o Presidente e os vogais da Comissão.
2) O Primeiro-Ministro inteira-se desde logo da situação, e fala ao País, na RTP, afirmando que o acidente foi provocado pela crise internacional e pelo nervosismo dos mercados. Ao mesmo tempo, pergunta se não teriam encontrado no fundo da mina o seu certificado de habilitações como Engº Civil, já que ninguém o conseguiu ver até hoje...
3) Uma Informação prestada pelo Ministro Jorge Lacão assegura que a profundidade não é tanta, trata-se da imaginação da oposição para criticar o governo, uma vez que pelos cálculos governamentais são no máximo 200m.
4) Não há fundos para as tarefas de resgate pelo que será criada uma taxa específica para esta operação. Suspeita-se que a taxa seja cobrada nos próximos quinze anos.
5) Para além desta taxa, solicita-se um fundo patriótico para o restante, proveniente do Fundo de Pensões das Companhias de Seguros. Para a boa gestão dos fundos e como o túnel é uma Obra Pública é nomeado Mário Lino.
6) OS EUA emprestam a grua de resgate, que desembarca em Vigo, devido às suas dimensões, mas esta não chega a entrar em Portugal porque, na fronteira, a SCUT está com barreiras de utentes em protesto pelo pagamento de portagens.
7) Uma vez libertada a grua pelo Corpo de Intervenção da PSP, a alfândega dá logo ao fim de 120 dias a autorização para a importação da grua mediante o pagamento prévio de umas caixas de robalo ao Dr. Armando Vara, nomeado pelo Governo como Presidente da Fundação para o Auxílio aos Mineiros.
8) A grua não pode chegar à mina porque o condutor pertence ao sindicato dos operadores portuários e a grua tendo 4 rodas deve ser conduzida por um motorista de pesados e sob a supervisão dos inspectores do Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT). No entanto, como este Instituto está em reestruturação, não pode nomear os inspectores pois ainda não fazem parte do seu quadro.
9) Entretanto, o Prós e Contras da RTP dá instruções para trazerem um mineiro para o programa, mas a TVI oferece mais para o ter na Casa dos Segredos. Em consequência, gera-se um grande problema entre a Prisa, o Governo e a PT.
10) Finalmente consegue-se fazer chegar uma mini câmara de TV ao fundo da mina mas não se conseguem ver os mineiros. A Câmara só transmite Manuel Luís Goucha e Futebol.
11) A grua consegue chegar ao fim de mais dois meses à mina porque a IMTT teve de solicitar vários pareceres externos para definir o procedimento de atribuição da matrícula para a grua poder circular. A GNR-BT tinha-a apreendido por circular sem a documentação necessária, mas entretanto o Governo interpôs uma providência cautelar para libertar a grua em tempo útil.
12) Jerónimo de Sousa anuncia que os mineiros pertencem ao PCP e por isso o governo está a protelar o seu salvamento para não participarem nas eleições para a Presidência da República.
13) O Bloco de Esquerda repudia a grua por ser de fabrico americano, não se podendo tolerar a sua utilização enquanto continuar o massacre americano em Bagdad e Kabul.
14) Finalmente chega a Grua e começa a fazer descer a cápsula mas o cabo parte-se. O DIAP investiga irregularidades na compra do material mas não consegue ouvir os responsáveis. O Tribunal de Contas descobre que se comprou o cabo de pior qualidade mas que se pagou o preço dum modelo revestido a ouro. O dossier chega ao PGR que ordena o urgente arquivamento de todo o processo. O Conselho de Magistratura pede a revisão do arquivamento para o Supremo Tribunal solicitando a destituição do Ministro da Justiça.
15) Chega uma ordem para que se detenha o resgate até que cheguem ao local os gorros e casacos que os mineiros terão de vestir antes de chegar à superfície. Tem escrito a legenda: "Viva José Sócrates!".
16) Finalmente ao fim de dois anos e meio resgata-se o primeiro mineiro.
Surpresa mundial: era o único que ia trabalhar, os restantes 32 eram beneficiários do RSI e tinham ido à mina para justificar o seu recebimento.
17) O mineiro resgatado lê o jornal com as notícias sobre o OE e no final pede que o devolvam aos 700 metros de profundidade.
Afirma que a vida lá em baixo é bastante mais tranquila.
.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Rotura nas negociações do OE2011
.
O Editor de economia da TVI, Paulo Almoster diz:
"No fundo, o que separa as duas partes é uma ninharia «é menos do que um submarino»"
Então um submarino é uma ninharia, 50 Euros a mais por portugues ou 200 Euros a mais por trabalhador é uma ninharia?!
em: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/paulo-amoster-opiniao-comentario-agencia-financeira-tvi-oe2011/1203085-1730.html
.
O Editor de economia da TVI, Paulo Almoster diz:
"No fundo, o que separa as duas partes é uma ninharia «é menos do que um submarino»"
Então um submarino é uma ninharia, 50 Euros a mais por portugues ou 200 Euros a mais por trabalhador é uma ninharia?!
em: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/paulo-amoster-opiniao-comentario-agencia-financeira-tvi-oe2011/1203085-1730.html
.
sábado, 23 de outubro de 2010
Novass oportunidades: Apenas 3% teve ganhos
.
.Em http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/novas-oportunidades-agencia-financeira-estudo-ino-carreira-iniciativa-novas-oportunidades/1201763-1730.html lê-se:
“um em cada três diz que teve benefícios na carreira e Cerca de 10 por cento dos que mencionaram ter sentido efeitos positivos afirmaram ter conseguido um aumento salarial”
Pelas minhas contas 10% de 33% são 3% ou seja apenas 3% dos que fizeram as Novas Oportunidades é que conseguiram aumento salarial.
No meu entender isto é um rotundo fracasso ao contrário do que dá a entender o texto.
.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Senhorios rejeitam aumento da renda
… porque o aumento autorizado pelo governo não dá sequer para pagar o selo do correio, necessário para avisar o inquilino do aumento.
Leia tudo em http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/rendas-arrendamento-proprietarios-senhorios-agencia-financeira-anp/1200923-1730.html
De facto há 2 mundos, ambos injustos: um onde o senhorio é explorado e outro, nos contratos recentes, onde o inquilino é explorado, com uma diferença: é que o inquilino pode deixar de ser explorado a qualquer momento, basta querer, enquanto o senhorio não pode fugir.
Em relação aos contratos novos, a lei está equilibrada, garantindo a tradicional segurança do inquilino sem explorar demasiado o senhorio, o problema é que a lei não funciona.
E não funciona porque, por exemplo se o inquilino deixar de pagar a renda o senhorio não o pode por na rua sem primeiro ir a tribunal.
E todos sabem como funcionam os tribunais em Portugal.
Esta situação faz com só um louco é que queira ser senhorio em Portugal e os que são audazes ao ponto de arrendar o que é seu, obviamente que o fazem a um preço elevado.
Esta situação prejudica essencialmente os jovens e a economia em geral privando os portugueses da necessária mobilidade que uma economia saudável deve ter.
.
Leia tudo em http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/rendas-arrendamento-proprietarios-senhorios-agencia-financeira-anp/1200923-1730.html
De facto há 2 mundos, ambos injustos: um onde o senhorio é explorado e outro, nos contratos recentes, onde o inquilino é explorado, com uma diferença: é que o inquilino pode deixar de ser explorado a qualquer momento, basta querer, enquanto o senhorio não pode fugir.
Em relação aos contratos novos, a lei está equilibrada, garantindo a tradicional segurança do inquilino sem explorar demasiado o senhorio, o problema é que a lei não funciona.
E não funciona porque, por exemplo se o inquilino deixar de pagar a renda o senhorio não o pode por na rua sem primeiro ir a tribunal.
E todos sabem como funcionam os tribunais em Portugal.
Esta situação faz com só um louco é que queira ser senhorio em Portugal e os que são audazes ao ponto de arrendar o que é seu, obviamente que o fazem a um preço elevado.
Esta situação prejudica essencialmente os jovens e a economia em geral privando os portugueses da necessária mobilidade que uma economia saudável deve ter.
.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Orçamento FMI
Este orçamento apresentado pelo governo PS parece-se com um orçamento FMI no pior das acessões: apenas vê a redução do défice no curto prazo.
Não há uma única linha sobre a redução estrutural da despesa e baseia-se, mais uma vez, no aumento de impostos.
É incrível a quantidade de impostos e taxas que aumentam. Tantos que nem consegui acompanhar e alguns que nem me lembrava que existiam.
É um ataque a quem paga impostos para pagar ainda mais. São sempre os mesmos a pagar a crise: a classe média. Qualquer dia deixa de haver classe média.
Eis 3 exemplos publicado pela SIC:
- Um solteiro que ganhe 20.000€/ano vai ver a sua factura de IRS aumentada em cerca de 34%
- Um casal com filhos que ganhe 40.000€/ano vê a sua factura de IRS aumentada em quase 100%
- Um casal que ganhe 200.000€/ano vê a sua factura de IRS aumentada em menos de 7%
Conclusão: Não vale a pena casar e ter filhos. (e vale a pena ser da classe alta claro)
A verdade é que já hoje é habitual as pessoas com filhos divorciarem-se apenas para pagar menos IRS (graças à pensão de alimentos).
"Felizmente" (este "felizmente" é irónico) uma das medidas no novo orçamento é limitar a dedução dessa pensão de alimentos.
Mas se ficar casado vê o seu IRS duplicar pelo que continuará a ser vantajoso divorciar-se ou nem se quer casar e ter filhos.
.
Não há uma única linha sobre a redução estrutural da despesa e baseia-se, mais uma vez, no aumento de impostos.
É incrível a quantidade de impostos e taxas que aumentam. Tantos que nem consegui acompanhar e alguns que nem me lembrava que existiam.
É um ataque a quem paga impostos para pagar ainda mais. São sempre os mesmos a pagar a crise: a classe média. Qualquer dia deixa de haver classe média.
Eis 3 exemplos publicado pela SIC:
- Um solteiro que ganhe 20.000€/ano vai ver a sua factura de IRS aumentada em cerca de 34%
- Um casal com filhos que ganhe 40.000€/ano vê a sua factura de IRS aumentada em quase 100%
- Um casal que ganhe 200.000€/ano vê a sua factura de IRS aumentada em menos de 7%
Conclusão: Não vale a pena casar e ter filhos. (e vale a pena ser da classe alta claro)
A verdade é que já hoje é habitual as pessoas com filhos divorciarem-se apenas para pagar menos IRS (graças à pensão de alimentos).
"Felizmente" (este "felizmente" é irónico) uma das medidas no novo orçamento é limitar a dedução dessa pensão de alimentos.
Mas se ficar casado vê o seu IRS duplicar pelo que continuará a ser vantajoso divorciar-se ou nem se quer casar e ter filhos.
.
domingo, 10 de outubro de 2010
Negócio da China.
Das 6 maiores empresas do mundo 3 são chinesas e apenas 2 americanas:
1º- Exxon,
2º - PetroChina
3º- Apple,
4º- Banco Industrial e Comercial da China
5º A empresa de exploração mineira BHP (Austrália)
6º China Mobile
7º Microsoft
8º- Petrobras (Brasil)
Esta é a lista das 8 empresas com maior capitalização bolsista do mundo segundo http://economia.publico.pt/Noticia/valor-da-petrobas-caiu-mais-do-que-o-da-bp-desde-o-inicio-do-ano_1460236
.
1º- Exxon,
2º - PetroChina
3º- Apple,
4º- Banco Industrial e Comercial da China
5º A empresa de exploração mineira BHP (Austrália)
6º China Mobile
7º Microsoft
8º- Petrobras (Brasil)
Esta é a lista das 8 empresas com maior capitalização bolsista do mundo segundo http://economia.publico.pt/Noticia/valor-da-petrobas-caiu-mais-do-que-o-da-bp-desde-o-inicio-do-ano_1460236
.
sábado, 9 de outubro de 2010
Trabalho igual Salário igual!
.
Não faz sentido que 2 funcionários que fazem a mesma coisa tenham ordenados diferentes só porque um tem mais tempo de serviço que o outro.
Só faria sentido se a sua produtividade fosse diferente mas, regra geral só há 2 escalões de produtividade para a mesma função: Júnior e Sénior.
Onde o escalão Júnior é enquanto ainda está a aprender a profissão.
e o escalão Sénior é quando já aprendeu a profissão.
Assim o escalão Júnior deverá ter durações diferenciadas consoante as profissões embora regra geral 1 ano bastasse para subir ao escalão Sénior.
A Actual situação de "progressão na carreira" na maior parte das vezes é uma progressão fictícia que só se distingue no ordenado e não nas competências e responsabilidades.
Há quem defenda esta progressão fictícia para incentivar os funcionários. Eu acho que para os incentivar a ter boa classificação basta dar-lhes um bónus que apenas durasse enquanto mantivesse a boa classificação.
Na Actual situação o prémio é "subir na carreira" mas depois de subir o funcionário pode dar-se ao luxo de se desleixar e perder produtividade que a sua remuneração nunca passa para o escalão anterior.
Na actual situação, quando o funcionário está no auge da produtividade passa sacrifícios para colocar os filhos na escola e quando já tem os filhos formados e não necessita de tanto dinheiro é quando já tem um ordenado chorudo só porque já tem tempo de serviço.
Isto é socialmente injusto!
.
Não faz sentido que 2 funcionários que fazem a mesma coisa tenham ordenados diferentes só porque um tem mais tempo de serviço que o outro.
Só faria sentido se a sua produtividade fosse diferente mas, regra geral só há 2 escalões de produtividade para a mesma função: Júnior e Sénior.
Onde o escalão Júnior é enquanto ainda está a aprender a profissão.
e o escalão Sénior é quando já aprendeu a profissão.
Assim o escalão Júnior deverá ter durações diferenciadas consoante as profissões embora regra geral 1 ano bastasse para subir ao escalão Sénior.
A Actual situação de "progressão na carreira" na maior parte das vezes é uma progressão fictícia que só se distingue no ordenado e não nas competências e responsabilidades.
Há quem defenda esta progressão fictícia para incentivar os funcionários. Eu acho que para os incentivar a ter boa classificação basta dar-lhes um bónus que apenas durasse enquanto mantivesse a boa classificação.
Na Actual situação o prémio é "subir na carreira" mas depois de subir o funcionário pode dar-se ao luxo de se desleixar e perder produtividade que a sua remuneração nunca passa para o escalão anterior.
Na actual situação, quando o funcionário está no auge da produtividade passa sacrifícios para colocar os filhos na escola e quando já tem os filhos formados e não necessita de tanto dinheiro é quando já tem um ordenado chorudo só porque já tem tempo de serviço.
Isto é socialmente injusto!
.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
PEC 3 ou Chá verde?
Antes de mais quero pedir desculpas aos meus leitores por ainda não ter comentado o PEC 3 apresentado esta semana: é que o meu trabalho não me tem deixado tempo livre para escrever.
Quanto à redução dos salário eu já disse o que tinha a dizer premonitório em: http://comentariosdowilson.blogspot.com/2010/09/diminuir-salarios.html
A grande surpresa foi a incorporação do Fundo de pensões da PT de 2.600 milhões de Euros, o que só por si daria para reduzir o défice para 6% e o governo continua a prometer 7.3% o que significa que ou está a mentir agora ou estava a mentir antes e a execução do PEC 2 não está a ser feito no que diz respeito à redução da despesa.
.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Será que eu estou surdo?
É que eu ouvi, ao vivo, as declarações do representante da OCDE onde ele afirma que Portugal tem que DIMINUIR os impostos, nomeadamente, sobre o trabalho. Mas em todos os jornais e telejornais ouvi o contrário, que ele pede o AUMENTO do IVA, do IMI, etc.
Meus caros jornalistas, se tivessem ouvido com atenção o relatório da OCDE veriam que retiraram as palavras do contexto. Ele sugere que, caso não seja possível, no imediato, reduzir a carga fiscal então poderia haver uma redistribuição da carga fiscal do IRS para o IVA e IMI e outros impostos sobre o consumo.
Meus caros jornalistas, se tivessem ouvido com atenção o relatório da OCDE veriam que retiraram as palavras do contexto. Ele sugere que, caso não seja possível, no imediato, reduzir a carga fiscal então poderia haver uma redistribuição da carga fiscal do IRS para o IVA e IMI e outros impostos sobre o consumo.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
TGV: troço Poceirão-Caia vai custar o dobro do anunciado
Contas ainda nem sequer incluem ligação a Lisboa e 3ª travessia, que é a parte mais cara da obra
O troço do TGV entre o Poceirão e a fronteira de Caia custa quase três mil milhões de euros: o dobro do anunciado. Para além deste valor, o Estado pagará, todos os anos, consoante o número de comboios que utilizarem a linha. E o pior: nestas contas não entram ainda a ligação a Lisboa, que inclui a terceira ponte sobre o Tejo, precisamente a parte mais cara da obra.
Para o economista João César das Neves, «os números são assustadores. Numa altura em que todos sabemos que é preciso cortar, que há gente a sofrer, que o desemprego aumenta e é difícil aguentar as prestações sociais para os desempregados, vamos alegremente assinar uma coisa destas. É difícil de entender como pode alguém entrar nisto».
A TVI consultou os anexos ao contrato, que revelam uma despesa pública substancialmente superior à divulgada nos documentos publicados pelo Ministério das Obras Públicas. O custo da construção anunciada era de 1.359 milhões de euros, mais 12 milhões por ano de manutenção. No contrato, a manutenção é afinal de 15 milhões e 680 mil euros por ano.
Só nessa rubrica, a Refer, empresa pública para a ferrovia, fica obrigada a pagar 580 milhões de euros. A isto acrescem pagamentos anuais entre os 20 e os 70 milhões de euros, num total de 1.347 milhões pela disponibilidade da linha. Mais 176 milhões de entrada, pagos pelo Estado e pela Refer e 662 milhões de euros de fundos comunitários. Contas feitas: 2.765 milhões de euros mais inflação.
«Estamos a falar de uma monstruosidade», diz César das Neves. «Há uns anos, quando analisei o assunto, o custo total da ligação de Lisboa a Madrid é o que eles agora contrataram para o troço do Poceirão a Caia. E a ligação a Lisboa, embora tenha menos quilómetros, é muito mais cara, porque tem terrenos urbanos, túneis e a terceira ponte sobre o Tejo. Já para não falar das derrapagens, mas à partida isto vai ficar muito mais caro».
Mas há mais: o Estado fica ainda obrigado a pagar 412 euros e meio por cada comboio que passar na linha para além do previsto, ou seja, cerca de 150 mil euros extra por ano. Por cada comboio de mercadorias, que passar na linha convencional a construir pelo concessionário, o Estado terá de desembolsar 230 euros: se num ano passarem 300 comboios a mais, a factura será de 69 mil euros.
Se alguma coisa correr mal, o concessionário privado, nos termos do contrato, tem garantida uma taxa interna de rentabilidade próxima dos 12 por cento. Ou seja, o concessionário tem o lucro garantido. E o Estado tem despesa garantida...
Em http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/tgv-despesa-cesar-das-neves-agencia-financeira-poceirao-caia/1193241-1730.html
.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Diminuir salários?
Diminuir salários poderá ser uma salvação do orçamento a curto prazo mas apenas será a prova de que o governo não soube governar e se vê forçado a esta medida extrema.
Diminuir salários pode ser uma necessidade de curto prazo mas não resolve o problema, apenas o adia.
O problema só será solucionado com a reestruturação e emagrecimento do Estado.
Para dar apenas um exemplo de onde se deve cortar apresento a denúncia que o Economista Cantiga Esteves fez ontem no debate promovido pela Ordem dos Economistas, para debater o caderno de encargos do próximo orçamento:
«São 13.740 entidades que recebem dinheiros públicos», afirmou o economista, explicando que segundo os seus cálculos existem no perímetro do orçamento 356 institutos públicos, 639 fundações, 343 empresas públicas municipais e 87 Parcerias Público Privadas (PPP). «Precisamos disto tudo?», questionou o economista, querendo passar uma «mensagem de racionalização», com o objectivo de o Estado conseguir controlar as contas públicas.
Até porque «há indicações de que as autarquias e as empresas públicas estão a endividar-se de forma completamente avassaladora». E «disparamos com PPP para todo o lado», o que «distorce o número de investimentos, o endividamento» e o que está orçamentado.
Leia o resto em http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/oe-dinheiro-contas-publicas-instituicoes-economia-agencia-financeira/1193055-1730.html
.
Diminuir salários pode ser uma necessidade de curto prazo mas não resolve o problema, apenas o adia.
O problema só será solucionado com a reestruturação e emagrecimento do Estado.
Para dar apenas um exemplo de onde se deve cortar apresento a denúncia que o Economista Cantiga Esteves fez ontem no debate promovido pela Ordem dos Economistas, para debater o caderno de encargos do próximo orçamento:
«São 13.740 entidades que recebem dinheiros públicos», afirmou o economista, explicando que segundo os seus cálculos existem no perímetro do orçamento 356 institutos públicos, 639 fundações, 343 empresas públicas municipais e 87 Parcerias Público Privadas (PPP). «Precisamos disto tudo?», questionou o economista, querendo passar uma «mensagem de racionalização», com o objectivo de o Estado conseguir controlar as contas públicas.
Até porque «há indicações de que as autarquias e as empresas públicas estão a endividar-se de forma completamente avassaladora». E «disparamos com PPP para todo o lado», o que «distorce o número de investimentos, o endividamento» e o que está orçamentado.
Leia o resto em http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/oe-dinheiro-contas-publicas-instituicoes-economia-agencia-financeira/1193055-1730.html
.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Derrapagem das contas públicas
Em http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/defice-dgo-subsector-estado-fmi-divida-agencia-financeira/1192945-1730.html
Confirma-se aquilo que a oposição já suspeitava: o Governo não está a reduzir a despesa, pelo contrário esta está a aumentar vertiginosamente: 2.7% no total e mais grave ainda: 5% naquela despesa que é directamente controlável pelo governo: a despesa primária corrente (sem juros).
A receita fiscal aumentou 1.8% conforme o esperado, muito devido ao aumento em 20% do IVA que os produtos de primeira necessidade sofreram (a taxa passou de 5% para 6% o que representa um aumento de 20% na respectiva taxa), Sendo o aumento total da receita dos impostos indirecto (leia-se IVA) de mais de 10%
Apesar deste aumento astronómico dos impostos pagos pelos mais pobres a receita total apenas aumentou 1.8% devido à diminuição da actividade económica das empresas.
Conclusão: Este governo insiste em tirar aos mais pobres para dar aos mais ricos, principalmente, aos "amigos" do PS.
.
Confirma-se aquilo que a oposição já suspeitava: o Governo não está a reduzir a despesa, pelo contrário esta está a aumentar vertiginosamente: 2.7% no total e mais grave ainda: 5% naquela despesa que é directamente controlável pelo governo: a despesa primária corrente (sem juros).
A receita fiscal aumentou 1.8% conforme o esperado, muito devido ao aumento em 20% do IVA que os produtos de primeira necessidade sofreram (a taxa passou de 5% para 6% o que representa um aumento de 20% na respectiva taxa), Sendo o aumento total da receita dos impostos indirecto (leia-se IVA) de mais de 10%
Apesar deste aumento astronómico dos impostos pagos pelos mais pobres a receita total apenas aumentou 1.8% devido à diminuição da actividade económica das empresas.
Conclusão: Este governo insiste em tirar aos mais pobres para dar aos mais ricos, principalmente, aos "amigos" do PS.
.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Portugal paga juros recorde.
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/mercados/portugal-agencia-financeira-igcp-markets-emissao-divida/1190080-1727.html
De facto a dívida Portuguesa é maior do que a Grega, uma das mais altas do mundo, e por isso os investidores oneram o juro a pagar com o seguro de risco elevadíssimo necessário uma vez que Portugal está à beira da falência podendo entrar em banca rota.
O problema de Portugal é estrutural e não se vê o governo empenhado em reduzir a despesa pública e estrutural para evitar o cenário de falência do país.
.
De facto a dívida Portuguesa é maior do que a Grega, uma das mais altas do mundo, e por isso os investidores oneram o juro a pagar com o seguro de risco elevadíssimo necessário uma vez que Portugal está à beira da falência podendo entrar em banca rota.
O problema de Portugal é estrutural e não se vê o governo empenhado em reduzir a despesa pública e estrutural para evitar o cenário de falência do país.
.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Compensa ter filhos? – Impostos sobre o trabalho.
O artigo publicado em http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/impostos-familias-filhos-carga-fiscal-ocde-agencia-financeira/1188310-1730.html diz que um trabalhador médio sem filhos em Portugal paga de IRS 16% contra os 21% da média da OCDE o que parece ser uma boa notícia.
Também diz que uma família média com 2 filhos para 11% contra os 6% da OCDE o que de facto é uma péssima notícia.
Assim se pode observar que Portugal faz muito pouco para incentivar a natalidade na classe média.
Mas olhando para o primeiro número que parecia uma boa notícia onde um português médio sem filhos paga 16% contra os 21% da OCDE o artigo esquece-se que se deve adicionar, pelo menos, mais 35% de contribuição social (das quais apenas 11% aparece discriminado no recibo do vencimento para nos iludir) o que significa que o português médio em Portugal paga no total mais de 50% do seu salário em impostos directos sobre o trabalho, para não falar dos restantes impostos indirectos (IVA, etc.)
Se um trabalhador gastar todo o seu salário, não conseguindo poupar nada, verifica-se que paga mais de 70% em impostos.
É triste verificar que três quartos do nosso vencimento vai para o Estado.
Assim como iremos conseguir ter crescimento económico?
.
Também diz que uma família média com 2 filhos para 11% contra os 6% da OCDE o que de facto é uma péssima notícia.
Assim se pode observar que Portugal faz muito pouco para incentivar a natalidade na classe média.
Mas olhando para o primeiro número que parecia uma boa notícia onde um português médio sem filhos paga 16% contra os 21% da OCDE o artigo esquece-se que se deve adicionar, pelo menos, mais 35% de contribuição social (das quais apenas 11% aparece discriminado no recibo do vencimento para nos iludir) o que significa que o português médio em Portugal paga no total mais de 50% do seu salário em impostos directos sobre o trabalho, para não falar dos restantes impostos indirectos (IVA, etc.)
Se um trabalhador gastar todo o seu salário, não conseguindo poupar nada, verifica-se que paga mais de 70% em impostos.
É triste verificar que três quartos do nosso vencimento vai para o Estado.
Assim como iremos conseguir ter crescimento económico?
.
domingo, 1 de agosto de 2010
Eliminação dos chumbos nas escolas
.
O governo PS de José Sócrates fez tudo por tudo para acabar com os chumbos, atormentando completamente a vida dos professores que chumbam os alunos ou dão nota negativa.
Mesmo assim ainda há alguns professores desobedientes que colocam a sua ética e consciência à frente das directrizes do governo.
Então para acabar com estes professores dissidentes que tem um bicho chamado consciência, esta proposta é a via coerente deste governo: Eliminar, por lei, os chumbos.
Já agora podia também eliminar, por lei, o desemprego, a pobreza, a doença e todas as guerras do mundo.
.
O governo PS de José Sócrates fez tudo por tudo para acabar com os chumbos, atormentando completamente a vida dos professores que chumbam os alunos ou dão nota negativa.
Mesmo assim ainda há alguns professores desobedientes que colocam a sua ética e consciência à frente das directrizes do governo.
Então para acabar com estes professores dissidentes que tem um bicho chamado consciência, esta proposta é a via coerente deste governo: Eliminar, por lei, os chumbos.
Já agora podia também eliminar, por lei, o desemprego, a pobreza, a doença e todas as guerras do mundo.
.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Portagens nas SCUTS e Chips
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/scut-portagens-chip-matriculas-governo-agencia-financeira/1172823-1730.html
O Governo diz que a recusa do PSD em tornar obrigatório o Dispositivo de Identificação do Veículo vai atrasar a introdução das portagens em 3 anos com o consequente aumento de custos e a redução em 66% do número de entradas e saídas na auto-estrada.
Eu não percebo esta atitude de tudo ou nada em que nenhum dos partidos faz o que me parece elementar para gerar o consenso: basta alterar o chip de forma a torna-lo anónimo. Deixar de ser um Identificado de Veículo para ser, na modalidade de pré-carregamento, completamente anónimo.
Assim resolviam-se as questões levantadas pelo PSD de garantia da privacidade e, ao mesmo tempo, permitia-se cobrar as portagens, tão necessárias para os cofres do Estado.
Dessa forma passava a ser opção das pessoas se queriam identificar-se através da associação a uma conta bancária para a cobrança à posteriori das portagens (à semelhança da Via Verde) ou permanecer completamente anónimo através do pré-carregamento do chip que podia mudar de nome para carteira virtual.
Posso estar errado mas acho que tecnicamente isso é possível.
.
O Governo diz que a recusa do PSD em tornar obrigatório o Dispositivo de Identificação do Veículo vai atrasar a introdução das portagens em 3 anos com o consequente aumento de custos e a redução em 66% do número de entradas e saídas na auto-estrada.
Eu não percebo esta atitude de tudo ou nada em que nenhum dos partidos faz o que me parece elementar para gerar o consenso: basta alterar o chip de forma a torna-lo anónimo. Deixar de ser um Identificado de Veículo para ser, na modalidade de pré-carregamento, completamente anónimo.
Assim resolviam-se as questões levantadas pelo PSD de garantia da privacidade e, ao mesmo tempo, permitia-se cobrar as portagens, tão necessárias para os cofres do Estado.
Dessa forma passava a ser opção das pessoas se queriam identificar-se através da associação a uma conta bancária para a cobrança à posteriori das portagens (à semelhança da Via Verde) ou permanecer completamente anónimo através do pré-carregamento do chip que podia mudar de nome para carteira virtual.
Posso estar errado mas acho que tecnicamente isso é possível.
.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Espanha, apesar de não ter o nosso problema, congela obras já iniciadas.
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/espanha-obras-obras-publicas-construcao-crise-agencia-financeira/1171827-1730.html
Apesar de o problema de Espanha ser muito menos grave do que o de Portugal Eles lá sim fizeram medidas de austeridade, incluindo baixa de salários e também suspenderam e cancelaram obras públicas. Apesar de na minha opinião não necessitarem de cancelar essas obras públicas.
Nós aqui, que estamos bem piores, não se corta nos gastos, em vez disso aumenta-se os impostos e para cúmulo uns dias depois do anúncio do aumento dos impostos celebra-se o contrato do TGV e continua-se a governar à rica e à francesa, para gáudio dos bolsos dos amigos deste governo, governo este que apenas se governa a si e seus amigos.
Apesar de o problema de Espanha ser muito menos grave do que o de Portugal Eles lá sim fizeram medidas de austeridade, incluindo baixa de salários e também suspenderam e cancelaram obras públicas. Apesar de na minha opinião não necessitarem de cancelar essas obras públicas.
Nós aqui, que estamos bem piores, não se corta nos gastos, em vez disso aumenta-se os impostos e para cúmulo uns dias depois do anúncio do aumento dos impostos celebra-se o contrato do TGV e continua-se a governar à rica e à francesa, para gáudio dos bolsos dos amigos deste governo, governo este que apenas se governa a si e seus amigos.
sábado, 19 de junho de 2010
FMI: Portugal está pior que Espanha - Medidas necessárias
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/fmi-divida-defice-portugal-espanha-crise/1171115-1730.html
Portugal vive numa ilusão, alimentada pelo governo.
Os economistas que sabem fazer contas, já há mais de uma década que afirmavam que Portugal se dirigia para o abismo. Agora que já chegamos à sua beira, o governo insiste em não ver por onde caminha.
Portugal é, segundo os analistas, o país mais perigoso a par da Grécia, tendo uma dívida real superior à da Grécia e muito superior ao terceiro pior país da zona Euro: a Espanha.
A verdade é que o nosso país vizinho tem uma dívida inferior à média europeia enquanto Portugal é o campeão da dívida externa total real. (o que contrasta com os menos de 60% que tinhamos há 15 anos).
Enquanto todos os países, mesmo os melhores como a Alemanha já fizeram medidas de austeridade este ano. Portugal limitou-se mais uma vez a subir os impostos.
Quando é que os Portugueses abrem os olhos e se dão de conta que há 15 anos consecutivos temos estado a perder poder de compra e que, devido à dívida as coisa vão piorar a ritmo ainda mais acelerado a partir de 2014, altura em que começaremos a pagar o aumento da dívida dos últimos anos?!
Alguns economistas acreditam que o governo, qualquer que ele seja, não terá coragem, tal como não tem tido, para executar as medidas necessárias no curto, médio e longo prazo, e que, por isso, só lá vamos quando os tipos do FMI vierem mandar no que é nosso.
Esses economistas, como o Medina Carreira, acreditam que a única solução é o FMI vir cá tomar conta das coisas uma vez que os nossos governos não têm coragem para o fazer.
Acontece é que Portugal necessita de medidas de curto, médio e longo prazo e o FMI apenas se preocupa com as medidas de curto prazo.
Se vier o FMI a primeira coisa que acontecerá é a redução dos salário dos funcionários públicos, que segundo contas do FMI, estão 30% acima das nossas capacidades.
Na minha opinião a redução dos salários da função pública seria uma medida de curto, diria mesmo de curtíssimo prazo mas que não resolveria as coisas.
Para resolver as coisas seria necessário pensar em várias frentes em simultâneo:
No curtíssimo prazo:
- Poderia ser necessário reduzir salários mas se se reduzisse em 30% acabaria por ser mau para a economia pelo que o valor teria que ser mais moderado. Esta redução não deverá ser igual para todos: os que mais ganham são os que mais devem contribuir para este esforço.
- Eliminação de grande parte das SCUT também é necessária, ficando sem portagem apenas os troços que não tem alternativa.
- Extinguir todos os serviços e organismos estatais e para-estatais que já sabemos não serem necessários através dos estudos que já foram feitos no passado.
Esta extinção, apesar de não resultar em despedimentos diminui os gastos no curto prazo com todos os outros custos que não salários: Rendas, Energia, Telecomunicações, consultorias, etc) e no médio prazo esta medida traria vantagens na mobilidade dos funcionários públicos que não podem ser despedidos: ou se reconvertem, aumentando a produtividade, ou ficam com a carreira congelada.
- Agravamento das condições do quadro de mobilidade para os funcionários que não procurarem ou não aceitarem outros cargos.
- Moralização, redução e fiscalização de todos os subsídios não contributivos e eventual eliminação de alguns.
- Moralização do subsídio de desemprego: há quem recuse uma oferta de trabalho porque fazendo as contas ganha mais com o subsídio. Outros recusam o trabalho com medo de perder o subsídio: é necessário garantir que o desempregado não perderá o valor do seu subsídio se aceitar um trabalho que seja ou acabe por ser temporário.
- Acabar com a subsidio-dependência de empresas e particulares: apoiar as linhas de crédito sim, dar subsídios a fundo perdido não. Mas essas linhas de crédito não deverão ter o aval a 100% do Estado, os bancos também deverão assumir risco.
- etc.
Medidas imediatas com efeitos a curto e médio prazo:
- Reformular o mercado de arrendamento para este poder voltar a ganhar a confiança dos proprietários e poder voltar a funcionar, aumentando assim a mobilidade dos portugueses (desburocratizar a expulsão de um inquilino incumpridor, etc.).
- Diminuir consideravelmente as carreiras dos funcionários públicos: basicamente, para uma mesma função/responsabilidade só devia haver dois níveis salariais: Júnior, nos primeiros, digamos 2 anos de carreira, e Sénior nos restantes anos (com passagem para sénior dependendo de boa avaliação). Não se admite a situação actual em que existem cerca de 10 escalões de vencimentos para a mesma função o que faz, por exemplo, que os professores da primária em Portugal, no final da sua carreira, sejam os mais bem pagos do mundo. Tal como não admito o que acontece hoje: um professor da primária, que estudou 3 anos, ganha o mesmo que um do secundário que estudou (a valer!) por 5, 6 ou mais anos.
- Suspender e cancelar os grandes investimentos públicos que contribuem mais para o empobrecimento de Portugal do que para o seu enriquecimento, por exemplo, para já substituir o TGV de passageiros pela construção apenas da sua componente de mercadorias, que vai ligar Sines (que tem o maior (ou o único) porto de águas profundas da península ibérica) à Espanha/Europa. Aproveitando para isso o que já foi construído no século XX e que nunca chegou a ser concluído, nem que para isso deixe de ser TGV para ser velocidade normal: a velocidade, em mercadorias é pouco importante, o que importa é que haja continuidade de trajectos. Em relação às Auto-Estradas, Portugal já ultrapassou a Alemanha e é agora o país que mais auto-estradas tem no mundo, quer em relação ao número de habitantes, quer em relação ao PIB, quer em relação aos Km quadrados para países com dimensões físicas equiparáveis ou superiores à nossa.
- Estudar como diminuir o peso do Estado e a seguir executar as medidas propostas.
- Racionalizar o Serviço Nacional de Saúde: acabar com os desperdícios, aumentar a qualidade do atendimento na óptica da sua desburocratização para o utente que deverá chamar-se cliente, diminuir prazos de atendimento e eliminar custos fixos através da contratualização com o sector privado e para-privados (misericórdias, etc.), adequar as taxas moderadoras ao rendimento da pessoa (em tempo real), incentivar a utilização de seguros de saúde ou outros esquemas alternativos.
Medidas imediatas com efeito no médio prazo:
- Reformular a justiça e limitar o acesso aos tribunais de empresas que os usam como se fossem meras centrais de cobrança, como por exemplo: se um utilizador de um serviço continuado (telecomunicações, energia, seguros, etc.) não pagar a factura então apenas se deve cortar o serviço e coloca-lo numa lista negra se for reincidente com outros fornecedores, em vez de o colocar em tribunal.
- Desburocratizar
- Flexi-segurança: permitir despedimentos e, em vez de as empresas pagarem uma grande indemnização na altura do despedimento, a empresa ir pagando uma parte do salário ao longo do tempo para um fundo que depois protegerá o trabalhador quando for despedido. Limitando a indemnização empresarial na altura do despedimento a, digamos, 2 meses de salário apenas para precaver possíveis atrasos no início do pagamento do subsídio de desemprego.
Com a Flexi-Segurança e o funcionamento dos tribunais em tempo útil, passaria a haver mais investidores portugueses e extrangeiros em portugal, aumentando o emprego.
- Incentivar o empreendedorismo.
- Incentivar a exportação.
- etc.
Medidas com efeitos no longo prazo:
- Acabar com o facilitismo que se instalou nos últimos anos nas escolas e voltar a ter uma cultura de exigência para com os alunos e não apenas para com os professores.
- Valorizar os cursos profissionais.
- incentivar a natalidade da classe média: em vez de dar prémios por cada filho, que apenas aumenta a taxa de natalidade da classe baixa, aumentar o prazo da licença de paternidade para 3 anos (não obrigatórios), mesmo que implique um valor mensal mais baixo que o actual.
- Alargar a rede de infantários, a partir dos 3 anos de idade, através de infantários públicos ou através do co-pagamento em função do rendimento do agregado familiar da mensalidade do infantário privado ou para-privado. De forma a garantir à classe média que não terá dificuldades financeiras para criar os filhos, caso o seu rendimento diminua no futuro.
- Garantir a separação de poderes entre o poder político, judicial e dos média, para garantir a liberdade de expressão e a democracia. Democracia essa que só pode ser garantida através da exigência da escola que permitam aos futuros cidadãos raciocinar ter sentido crítico.
.
Portugal vive numa ilusão, alimentada pelo governo.
Os economistas que sabem fazer contas, já há mais de uma década que afirmavam que Portugal se dirigia para o abismo. Agora que já chegamos à sua beira, o governo insiste em não ver por onde caminha.
Portugal é, segundo os analistas, o país mais perigoso a par da Grécia, tendo uma dívida real superior à da Grécia e muito superior ao terceiro pior país da zona Euro: a Espanha.
A verdade é que o nosso país vizinho tem uma dívida inferior à média europeia enquanto Portugal é o campeão da dívida externa total real. (o que contrasta com os menos de 60% que tinhamos há 15 anos).
Enquanto todos os países, mesmo os melhores como a Alemanha já fizeram medidas de austeridade este ano. Portugal limitou-se mais uma vez a subir os impostos.
Quando é que os Portugueses abrem os olhos e se dão de conta que há 15 anos consecutivos temos estado a perder poder de compra e que, devido à dívida as coisa vão piorar a ritmo ainda mais acelerado a partir de 2014, altura em que começaremos a pagar o aumento da dívida dos últimos anos?!
Alguns economistas acreditam que o governo, qualquer que ele seja, não terá coragem, tal como não tem tido, para executar as medidas necessárias no curto, médio e longo prazo, e que, por isso, só lá vamos quando os tipos do FMI vierem mandar no que é nosso.
Esses economistas, como o Medina Carreira, acreditam que a única solução é o FMI vir cá tomar conta das coisas uma vez que os nossos governos não têm coragem para o fazer.
Acontece é que Portugal necessita de medidas de curto, médio e longo prazo e o FMI apenas se preocupa com as medidas de curto prazo.
Se vier o FMI a primeira coisa que acontecerá é a redução dos salário dos funcionários públicos, que segundo contas do FMI, estão 30% acima das nossas capacidades.
Na minha opinião a redução dos salários da função pública seria uma medida de curto, diria mesmo de curtíssimo prazo mas que não resolveria as coisas.
Para resolver as coisas seria necessário pensar em várias frentes em simultâneo:
No curtíssimo prazo:
- Poderia ser necessário reduzir salários mas se se reduzisse em 30% acabaria por ser mau para a economia pelo que o valor teria que ser mais moderado. Esta redução não deverá ser igual para todos: os que mais ganham são os que mais devem contribuir para este esforço.
- Eliminação de grande parte das SCUT também é necessária, ficando sem portagem apenas os troços que não tem alternativa.
- Extinguir todos os serviços e organismos estatais e para-estatais que já sabemos não serem necessários através dos estudos que já foram feitos no passado.
Esta extinção, apesar de não resultar em despedimentos diminui os gastos no curto prazo com todos os outros custos que não salários: Rendas, Energia, Telecomunicações, consultorias, etc) e no médio prazo esta medida traria vantagens na mobilidade dos funcionários públicos que não podem ser despedidos: ou se reconvertem, aumentando a produtividade, ou ficam com a carreira congelada.
- Agravamento das condições do quadro de mobilidade para os funcionários que não procurarem ou não aceitarem outros cargos.
- Moralização, redução e fiscalização de todos os subsídios não contributivos e eventual eliminação de alguns.
- Moralização do subsídio de desemprego: há quem recuse uma oferta de trabalho porque fazendo as contas ganha mais com o subsídio. Outros recusam o trabalho com medo de perder o subsídio: é necessário garantir que o desempregado não perderá o valor do seu subsídio se aceitar um trabalho que seja ou acabe por ser temporário.
- Acabar com a subsidio-dependência de empresas e particulares: apoiar as linhas de crédito sim, dar subsídios a fundo perdido não. Mas essas linhas de crédito não deverão ter o aval a 100% do Estado, os bancos também deverão assumir risco.
- etc.
Medidas imediatas com efeitos a curto e médio prazo:
- Reformular o mercado de arrendamento para este poder voltar a ganhar a confiança dos proprietários e poder voltar a funcionar, aumentando assim a mobilidade dos portugueses (desburocratizar a expulsão de um inquilino incumpridor, etc.).
- Diminuir consideravelmente as carreiras dos funcionários públicos: basicamente, para uma mesma função/responsabilidade só devia haver dois níveis salariais: Júnior, nos primeiros, digamos 2 anos de carreira, e Sénior nos restantes anos (com passagem para sénior dependendo de boa avaliação). Não se admite a situação actual em que existem cerca de 10 escalões de vencimentos para a mesma função o que faz, por exemplo, que os professores da primária em Portugal, no final da sua carreira, sejam os mais bem pagos do mundo. Tal como não admito o que acontece hoje: um professor da primária, que estudou 3 anos, ganha o mesmo que um do secundário que estudou (a valer!) por 5, 6 ou mais anos.
- Suspender e cancelar os grandes investimentos públicos que contribuem mais para o empobrecimento de Portugal do que para o seu enriquecimento, por exemplo, para já substituir o TGV de passageiros pela construção apenas da sua componente de mercadorias, que vai ligar Sines (que tem o maior (ou o único) porto de águas profundas da península ibérica) à Espanha/Europa. Aproveitando para isso o que já foi construído no século XX e que nunca chegou a ser concluído, nem que para isso deixe de ser TGV para ser velocidade normal: a velocidade, em mercadorias é pouco importante, o que importa é que haja continuidade de trajectos. Em relação às Auto-Estradas, Portugal já ultrapassou a Alemanha e é agora o país que mais auto-estradas tem no mundo, quer em relação ao número de habitantes, quer em relação ao PIB, quer em relação aos Km quadrados para países com dimensões físicas equiparáveis ou superiores à nossa.
- Estudar como diminuir o peso do Estado e a seguir executar as medidas propostas.
- Racionalizar o Serviço Nacional de Saúde: acabar com os desperdícios, aumentar a qualidade do atendimento na óptica da sua desburocratização para o utente que deverá chamar-se cliente, diminuir prazos de atendimento e eliminar custos fixos através da contratualização com o sector privado e para-privados (misericórdias, etc.), adequar as taxas moderadoras ao rendimento da pessoa (em tempo real), incentivar a utilização de seguros de saúde ou outros esquemas alternativos.
Medidas imediatas com efeito no médio prazo:
- Reformular a justiça e limitar o acesso aos tribunais de empresas que os usam como se fossem meras centrais de cobrança, como por exemplo: se um utilizador de um serviço continuado (telecomunicações, energia, seguros, etc.) não pagar a factura então apenas se deve cortar o serviço e coloca-lo numa lista negra se for reincidente com outros fornecedores, em vez de o colocar em tribunal.
- Desburocratizar
- Flexi-segurança: permitir despedimentos e, em vez de as empresas pagarem uma grande indemnização na altura do despedimento, a empresa ir pagando uma parte do salário ao longo do tempo para um fundo que depois protegerá o trabalhador quando for despedido. Limitando a indemnização empresarial na altura do despedimento a, digamos, 2 meses de salário apenas para precaver possíveis atrasos no início do pagamento do subsídio de desemprego.
Com a Flexi-Segurança e o funcionamento dos tribunais em tempo útil, passaria a haver mais investidores portugueses e extrangeiros em portugal, aumentando o emprego.
- Incentivar o empreendedorismo.
- Incentivar a exportação.
- etc.
Medidas com efeitos no longo prazo:
- Acabar com o facilitismo que se instalou nos últimos anos nas escolas e voltar a ter uma cultura de exigência para com os alunos e não apenas para com os professores.
- Valorizar os cursos profissionais.
- incentivar a natalidade da classe média: em vez de dar prémios por cada filho, que apenas aumenta a taxa de natalidade da classe baixa, aumentar o prazo da licença de paternidade para 3 anos (não obrigatórios), mesmo que implique um valor mensal mais baixo que o actual.
- Alargar a rede de infantários, a partir dos 3 anos de idade, através de infantários públicos ou através do co-pagamento em função do rendimento do agregado familiar da mensalidade do infantário privado ou para-privado. De forma a garantir à classe média que não terá dificuldades financeiras para criar os filhos, caso o seu rendimento diminua no futuro.
- Garantir a separação de poderes entre o poder político, judicial e dos média, para garantir a liberdade de expressão e a democracia. Democracia essa que só pode ser garantida através da exigência da escola que permitam aos futuros cidadãos raciocinar ter sentido crítico.
.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Ser bom não chega, será necessário ser excepcional.
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/portugal-rating-austeridade-agencia-financeira-crise/1166004-1730.html
A agencia de rating Moody’s acredita que, com as novas medidas anunciadas pelo governo e aceites pela oposição já será possível atingir a meta dos 3% de défice orçamental em 2013. Mas mesmo assim, e devido aos compromissos assumidos nos últimos anos por Portugal que vai fazer disparar a dívida ainda mais do que já disparou, a agência vai ter que voltar a diminuir o rating de Portugal em menos 1 ou 2 valores.
Desta notícia depreendo que, de agora em diante, e nos próximos anos ou décadas, não chegará a economia portuguesa ser boa, será necessário ser excepcional.
Será que é agora, que estamos à beira do abismo que Portugal muda de vida e se torna competitiva?
Sinceramente não vejo como. Seria necessário um governo corajoso que tome as medidas necessárias contra as oposições, sindicatos e outros poderes instalados e que os portugueses conseguissem compreender essas medidas impopulares mas necessárias.
A agencia de rating Moody’s acredita que, com as novas medidas anunciadas pelo governo e aceites pela oposição já será possível atingir a meta dos 3% de défice orçamental em 2013. Mas mesmo assim, e devido aos compromissos assumidos nos últimos anos por Portugal que vai fazer disparar a dívida ainda mais do que já disparou, a agência vai ter que voltar a diminuir o rating de Portugal em menos 1 ou 2 valores.
Desta notícia depreendo que, de agora em diante, e nos próximos anos ou décadas, não chegará a economia portuguesa ser boa, será necessário ser excepcional.
Será que é agora, que estamos à beira do abismo que Portugal muda de vida e se torna competitiva?
Sinceramente não vejo como. Seria necessário um governo corajoso que tome as medidas necessárias contra as oposições, sindicatos e outros poderes instalados e que os portugueses conseguissem compreender essas medidas impopulares mas necessárias.
Subscrever:
Mensagens (Atom)