quinta-feira, 27 de maio de 2010

Ser bom não chega, será necessário ser excepcional.

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/portugal-rating-austeridade-agencia-financeira-crise/1166004-1730.html

A agencia de rating Moody’s acredita que, com as novas medidas anunciadas pelo governo e aceites pela oposição já será possível atingir a meta dos 3% de défice orçamental em 2013. Mas mesmo assim, e devido aos compromissos assumidos nos últimos anos por Portugal que vai fazer disparar a dívida ainda mais do que já disparou, a agência vai ter que voltar a diminuir o rating de Portugal em menos 1 ou 2 valores.

Desta notícia depreendo que, de agora em diante, e nos próximos anos ou décadas, não chegará a economia portuguesa ser boa, será necessário ser excepcional.

Será que é agora, que estamos à beira do abismo que Portugal muda de vida e se torna competitiva?

Sinceramente não vejo como. Seria necessário um governo corajoso que tome as medidas necessárias contra as oposições, sindicatos e outros poderes instalados e que os portugueses conseguissem compreender essas medidas impopulares mas necessárias.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Agentes da PSP e militares da GNR com aumento de 1,5%

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/psp-gnr-policias-militares-aumentos-funcao-publica/1165069-1730.html

Qual é a justificação para esta excepção? A PSP e GNR não tiveram o aumento de 2.9% que o resto dos funcionários teve em ano de eleições?

Ou como diz o Fernando Pereira isto não passa de mais um suborno para garantir que não haja um Golpe de Estado ou algo do género para acabar com a incompetência destes governantes.

sábado, 22 de maio de 2010

Viva Chavez!

A Venezuela era (formalmente ainda é) a democracia mais antiga da América Latina.

Desde que eu tenho memória, o poder era alternado entre o partido equivalente ao nosso PSD e o equivalente ao nosso CDS. (para simplificarmos).

Em 1992 Hugo Chavez apareceu na arena política e acabou por fundar um partido equivalente ao nosso PS e ganhou as eleições em 6 de Dezembro de 1998.

Desde que eu tenho memória e até 1999 a Venezuela era o país mais rico da América Latina.

Hugo Chavez, tal como o nosso Sócrates, é um homem com um discurso optimista e popular que cativou o eleitorado venezuelano, principalmente nas classes mais desfavorecidas (a maioria) que não compreende nada de macroeconomia.

Hugo Chavez conseguiu alterar a constituição de forma a poder ser reeleito vezes sem conta, abolindo o limite máximo de reeleições que vigorava na Venezuela. E ainda conseguiu paulatinamente absorver os poderes autónomos próprios de uma democracia (como a justiça, os média (televisões, jornais, etc.), os municípios, as empresas, etc. etc. etc.) transformando-se na prática em um ditador populista e demagógico que detém o poder absoluto, numa democracia que passou a ser a fingir (embora seja legalmente reeleito sem provas de fraude).

Hoje, o resultado dessa política socialista e demagógica de Hugo Chavez pode-se sintetizar numa anedota que circula por toda a América Latina:

«
Na Venezuela, um menino chega a casa, faminto, depois das aulas e pergunta à mãe:

- Mãe, o que há para comer?

- Nada meu filho.

O menino olha para o papagaio de estimação e pergunta:

- Mãe, porque não comemos o papagaio com arroz?

- Não há arroz.

- E o papagaio no forno?

- Não há gás.

- E se o grelhássemos no grelhador eléctrico?

- Não há electricidade.

- E se fizéssemos uma sopa com ele?

- Não há Agua.

- E se o fritássemos?

- Não há Óleo.

O papagaio contentíssimo gritou:

- VIVA CHAVEZ!!!
»

(Nota: os papagaios limitam-se a repetir o que ouvem).

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O socialista e o GNR


Um homem, voando num balão, dá conta de que está perdido.
Avista uma praça da GNR, baixa o balão e aproxima-se:

- Pode ajudar-me? Fiquei de encontrar-me com um amigo às duas da tarde; já tenho um atraso de mais de meia hora e não sei onde estou…

- Claro que sim! – responde o guarda: O senhor está num balão, a uns 20 metros de altura, algures entre as latitudes de 40 e 43 graus Norte e as longitudes de 7 e 9 graus Oeste.

- É da GNR, não é?

- Sou sim senhor! Como foi que adivinhou?

- Muito fácil: deu-me uma informação tecnicamente correcta, mas inútil na prática. Continuo perdido e vou chegar tarde ao encontro porque não sei o que fazer com a sua informação…

- Ah! Então o senhor é socialista!

- Sou! Como descobriu?

- Muito fácil: O senhor não sabe onde está, nem para onde ir, assumiu um compromisso que não pode cumprir e está à espera que alguém lhe resolva o problema.

Com efeito, está exactamente na mesma situação em que estava antes de me encontrar. Só que agora, por uma estranha razão, a culpa é minha!...

terça-feira, 18 de maio de 2010

Afinal terceira travessia sobre o Tejo é mesmo para avançar


http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/terceira-travessia-ponte-tgv-obras-publicas/1163326-1730.html

Eu pensava que o aumento dos impostos e outros sacrifícios era para diminuir o défice e ter dinheiro para salários, pensões, saúde, etc., mas afinal o que vejo é que serve apenas para tranquilizar os mercados de forma a estes continuarem a emprestar-nos dinheiro, endividando-nos ainda mais, para o governo continuar a fazer as grandes obras e desta forma encher os bolsos ao amigos, à custa do povo português.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Cavaco Silva e antigos ministros unem forças contra TGV

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/cavaco-tgv-novo-aeroporto-socrates-obras-publicas-agencia-financeira/1159991-1730.html

"E até quem à partida apoiava estes projectos, já mostra alguma incerteza se este será o «tal momento» para se avançar. O presidente do BES, Ricardo Salgado, disse ontem que era bom que os grandes projectos só avançassem depois de uma «normalização dos mercados».


Também o CDS-PP já pediu ao Governo que tenha «bom senso» e aguarde a decisão do Parlamento sobre a concessão do TGV Lisboa-Caia, a 28 de Maio, considerando que «ainda é o momento para repensar» a obra.

O líder do CDS/PP, Paulo Portas, vai esta terça-feira a Belém pedir a Cavaco Silva que trave estas grandes obras. A audiência está marcada para as 18h30. "

Todos os economistas descomprometidos e independentes dos grandes lobbies estão de acordo que agora não é o momento de se avançar para estas grandes obras. Primeiro é necessário diminuir a dívida externa de Portugal de forma a dar confiança aos mercados para nos poderem continuar a financiar.

e a única forma saudável diminuir essa dívida é deixar de haver défice orçamental para passar a haver superavit ano após ano.

quarta-feira, 31 de março de 2010

PEC não é suficiente, IVA pode aumentar

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/portugal-agencia-financeira-iva-impostos-pec-forum-para-a-competitividade/1151369-1730.html


Sim, vamos adiar os problemas com nova subida de impostos, como habitualmente, em vez de reestruturar o Estado. (é claro que estou a ser irónico!)

Eu no passado elogiei o PEC por este não ser tão drástico que pudesse prejudicar o crescimento devido a um corte excessivo da despesa mas a verdade é que estava à espera que se aproveitasse para reestruturar o Estado e resolver os problemas estruturais coisa que acabou por não acontecer nem sequer ser mencionada.

A única coisa que o PEC fez foi conter o aumento da despesa e, mais uma vez, aumentar os impostos.

O meu receio é que, devido aos problemas estruturais que se arrastaram por muitos anos a ao aumento vertiginoso da dívida na última década, Portugal já não vai ao sítio apenas com melhor gestão (poupando no desnecessário), infelizmente também se terá que cortar nas conquistas sociais conseguidas nas últimas décadas do Século XX.

Nas últimas décadas o peso do Estado na economia do país passou de 10% para quase 50% Assim o Estado está literalmente asfixiando a nossa economia.

Algumas das reformas necessárias nem sequer custam dinheiro: a da Justiça e a do Mercado de Arrendamento.

Compreendo que reformar a Justiça é um assunto técnico e complicado mas criar um verdadeiro mercado de arrendamento é fácil, basta devolver o poder aos proprietários e afastar os conflitos tipificados dos tribunais, por exemplo quem não paga a renda deveria ser despejado sem qualquer intervenção de tribunal.

Outra coisa que não compreendo é o facto de em Portugal uma empresa não possa despedir livremente um funcionário, mesmo pagando uma indemnização. Os empregadores têm que conhecer a lei para arranjar maneira legal (e por vezes imoral) para despedir um funcionário, caso contrário o funcionário coloca a empresa em tribunal e esta é obrigado a readmiti-lo, com todos os transtornos psicológicos que esta situação gera quer no trabalhador quer no empregador.

Afinal já disse 3 coisas em vez de 2 onde é possível reestruturar o Estado sem gastar dinheiro: Justiça, Mobilidade geográfica (Arrendamento) e mobilidade laboral.

No caso concreto da mobilidade laboral até se poderia poupar dinheiro pois esta permitiria maior criação de riqueza, reduzindo assim o número de desempregados, no médio e longo prazo.

A única reforma que custaria dinheiro é a da Educação e Natalidade. É necessário dar Educação de qualidade e incentivar o aumento de natalidade da classe média.

Sim, digo da classe média pois os actuais subsídio em dinheiro que alguns países fazem apenas incentiva a natalidade da classe baixa que vê nesses subsídios um negócio: trazem crianças para este mundo mas depois não se preocupam ou não tem capacidade de as educar correctamente.

Para evitar esta situação deve-se trocar os subsídios em valor absoluto (valores iguais para toda a gente) por incentivos cujo valor seja directamente proporcional com o ordenado. Um exemplo desse incentivo é a licença de maternidade/paternidade (cujo valor varia em função do ordenado) Outros incentivos desse género se deveriam criar, como deduções específicas sobre o IRS que fossem realmente suficientes para criar um filho, tendo em atenção aspectos como a alimentação, saúde, educação e a própria casa pois quem tem filhos necessita de casa maior).

quarta-feira, 24 de março de 2010

Os dois melhores filmes de Ficção Cinetífica

http://clix.exameinformatica.pt/os-nossos-10-filmes-de-sci-fi-preferidos-galeria=f1005471

Respondendo ao desafio da Exame Informática sobre quais são, para mim, os dois melhores filmes de Ficção Científica, tenho a dizer que os dois filmes que me marcaram foram o Daryl (1985) e o Starman (1984)


Daryl é uma criança artificial cujo criador, ao saber que o projecto ia acabar e ser destruído, a rapta do laboratório e na fuga tem um acidente e morre mas Daryl sobrevive e é encontrada e adoptada por uma família onde aprende a ser criança.

Na verdade D.A.R.Y.L. é um projecto de inteligência artificial e a criança é apenas um interface autónomo do grande computador que ainda se encontra nas instalações do laboratório e o governo fará tudo para encontrar essa interface e descobrir como foi possível que os humanos a confundissem com uma criança verdadeira.

Vi o filme há 25 anos, apenas uma vez, e lembro-me de tudo o que acabei de contar. Não teve grande sucesso comercial mas tocou-me pois tratava-se de verdadeira ficção científica que abordava o conceito de inteligência artificial.

Starman já é um filme com actores mais conhecidos e tocou-me porque foi a primeira vez que vi a hipótese de utilizar o ADN de uma mecha de cabelo para clonar uma entidade incorpórea extraterrestre para lhe dar um corpo humano.

sábado, 13 de março de 2010

PEC ou PeC?, Certamente pec.

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/portas-pec-irs-deducoes-fiscais-agencia-financeira-cds/1146810-1730.html
Não teci comentários sobre o PEC – Plano de Estabilidade e Crescimento antes de saber o seu conteúdo, ou pelo menos o resumo das linhas gerais do seu conteúdo publicado pelos meios de comunicação.

Agora que já sei as linha gerais do seu conteúdo posso afirmar que este PEC é mais um PeC pois o governo em vez de diminuir a despesa para cumprir os critérios de Bruxelas, limita-se a conter o seu aumento de forma a não prejudicar o Crescimento de Portugal.

É uma boa estratégia, apesar de, mais uma vez haver aumento de impostos. Se eu fosse governo e não tivesse que prestar contas a Bruxelas provavelmente faria igual, até porque este aumento de impostos atinge essencialmente a classe média e trabalhadora, protegendo assim a classe baixa, desempregados e inactivos.

Acontece que Portugal vai ter que prestar contas a Bruxelas até 2013 e se esta ligeira contenção de custos e aumentos de impostos da classe média não for suficiente, lá teremos que andar ao tio-tio outra vez, como Manuela Ferreira Leite / Durão Barroso nos obrigaram a andar por imposição de Bruxelas em sequência da política económica de Guterres.

Eu como português apenas rezo que o pressuposto de crescimento proposto pelo governo venha a ser realizado e superado e, dessa forma, o PEC ter sucesso.

No entanto não posso deixar de concordar com o Paulo Portas do CDS quando diz que este PEC é um pec – plano de esfolamento do contribuinte,

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/portas-pec-irs-deducoes-fiscais-agencia-financeira-cds/1146810-1730.html

neste caso ao contribuinte trabalhador e esperemos que não passe de aí.

Agora a pergunta será: acredito neste PEC? Bem, ao nível do défice do orçamento tudo dependerá do crescimento da economia e da execução do PEC. Quanto à diminuição da dívida claramente não acredito, para este propósito o governo está a contar com o ovo no cu da galinha e ainda por cima de forma não sustentada. Mesmo que as privatizações tenham sucesso elas não se podem repetir. A única maneira sustentável de resolver o problema da dívida é reestruturar a nossa economia para a tornar mais competitiva e diminuir a despesa do Estado e, dessa forma substituir os défices por super-avites (saldo positivo).

quarta-feira, 3 de março de 2010

Se eu fosse militante…


Nas últimas eleições socialistas eu tive oportunidade de expressar a minha opinião tendo dito na altura que dos 3 candidatos o José Sócrates era o melhor. (não sabendo na altura que este se viria a transformar na autentica máquina propagandística que hoje é)


Agora a situação repete-se mas para o PSD onde também existem 3 candidatos: Paulo Rangel, Aguiar Branco e Pedro Passos Coelho.

Nenhum dos 3 me parece o Messias que foi Cavaco Silva.
 
Ontem conheci, pelo programa “A Cor do Dinheiro”, o Aguiar Branco e hoje acabei de ver o frente-a-frente de Paulo Rangel e Passos Coelho.


Quanto ao Aguiar Branco, ele pareceu-me uma pessoa séria e íntegra na mesma linha de Marques Mendes, não sei se o quereria para primeiro-ministro mas de certeza que o quereria para ministro da Justiça até porque ele já tem experiência no assunto e sabe bem como funciona a justiça.

Quanto ao Paulo Rangel (que acredito que tenha as melhores sondagens do momento pois acabou de ganhar as eleições Europeias) pareceu-me um José Sócrates: Muito estilo, muito discurso bonito, mas pouca substância.

Quanto ao Pedro Passos Coelho, parece-me uma pessoa que sabe do que fala, realista e pragmática, com boas noções de economia e finanças que é o que o país precisa.

Conclusão: Tal como eu disse no passado que se fosse militante do PS votaria José Sócrates (antes dele se ter transformado na máquina propagandística que hoje é). Se eu hoje fosse militante do PSD votaria Pedro Passos Coelho.

Como português espero que aconteça uma de duas coisas: ou que eu esteja enganado em relação ao Paulo Rangel ou que ele não vença as eleições.

Quanto aos outros dois, desde que o próximo ministro das finanças seja o António Borges ou outra pessoa de igual competência, estarei confiante num Pedro Passos Coelho mas também estarei tranquilo com um Aguiar Branco. O ideal era um Passos Coelho como primeiro-ministro e um Aguiar Branco como ministro da Justiça.

Sendo que o ministro da Justiça deverá ser, no Portugal de hoje, o ministro mais importante a seguir ao ministro das finanças pois um dos principais bloqueios da economia em Portugal é o actual (in)funcionamento da justiça que carece de reestruturação e simplificação.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A Frase

“A teia conspirativa envolvendo políticos, empresários e gestores, alguns deles transportando como única habilitações a capacidade de bem servir o líder, é monstruosa e denunciadora da falta de respeito e da indiferença pelos cidadãos e pela democracia. Chavez na Venuzuela não faria melhor”.


José Eduardo Moniz, Diário Económico, 17-02-2010

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O Joãozinho na política

Depois de 100 dias de quase nada fazer e muito intrigar, o Governo (leia-se 1º Ministro) resolveu comemorá-los como efeméride.

Entre outros ‘eventos’, foi a uma escola falar aos miúdos.

Acolitado por numeroso séquito, e após a exposição romanceada de várias realizações, dispôs-se a responder a perguntas.

Uma criança ergueu a mão.

-Olá! Como te chamas?

-Paulinho. Tenho 3 perguntas.

-Então pergunta lá…

-1ª. Na campanha eleitoral prometeu 150.000 empregos. Já os arranjou?


-2ª. Quem meteu ao bolso o dinheiro do ‘Freeport’?


-3ª. Sabia dos escândalos ‘Face Oculta’?

Assarapantado, Sócrates foi salvo pela campaínha do recreio.

Acabado este e de novo na sala, Sócrates recomeça:

-Porreiro pá! Vamos às perguntas. Alguém mais?

- Eu. Sou o Joãozinho e tenho 5 perguntas:

-1ª. Na campanha eleitoral prometeu 150.000 empregos. Já os arranjou?


-2ª. Quem meteu ao bolso o dinheiro do ‘Freeport’?


-3ª. Sabia dos escândalos ‘Face Oculta’?


-4ª. Porque tocou a campaínha p’ró recreio ½ hora antes do tempo?


-5ª. Onde está o Paulinho?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Pobreza portuguesa vs pobreza norte-americana

Nós é que somos pobres?




Para ler e refletir muito bem para verem se concordam.

Estava há dias a falar com um amigo meu de Nova Iorque que conhece bem Portugal, e dizia-lhe eu à boa maneira portuguesa de "coitadinhos":

- Sabes , nós os portugueses somos pobres ...

Esta foi a sua resposta: "Como podes tu dizer que são pobres, quando pagam por um litro de gasolina, mais do triplo do que eu pago? Quando se dão ao luxo de pagar tarifas de electricidade e de telemóvel 80 % mais caras do que nos custam a nós nos EUA? Como podes tu dizer que são pobres quando pagam comissões bancárias por serviços bancários e cartas de crédito ao triplo do que nos custam nos EUA? Ou quando conseguem pagar mais de 20.000 EUROS por um carro que a mim me custa 12.000 US Dólares? Vocês conseguem dar mais de 8.000 EUROS de presente ao vosso governo, mas nós não.

Nós é que somos pobres: por exemplo em New York o Governo Estatal, tendo em conta a precária situação financeira dos seus habitantes cobra somente 2 % de IVA, mais 4% que é o imposto Federal, isto é 6%;... nada comparado com os 20% de IVA que é pago pelos ricos que vivem em Portugal. E não contentes com estes 20%, pagam ainda impostos municipais.

Além disso, vocês ainda têm " impostos de luxo" como são os impostos na gasolina, gás, álcool, cigarros, cerveja, vinhos, etc,... que faz com que esses produtos cheguem a aumentar em certos casos até  300 % do valor original. Para não falar de outros impostos especiais como o imposto sobre a renda, impostos sobre automóveis novos, sobre bens pessoais, sobre bens das empresas, de circulação automóvel.

Um Banco privado vai à falência e vocês que não têm nada com isso pagam, e ainda  por cima pagam ao vosso Governador do Banco de Portugal um vencimento anual que é quase 3 vezes mais que o do Governador do Banco Federal dos EUA...

Um país que é capaz de cobrar o Imposto sobre Ganhos por adiantado e Bens pessoais mediante retenções, claro que anda a  nadar na abundância e assim consegue pagar salários fabulosos aos gestores públicos e privados.

Os pobres somos nós, que vivemos nos USA e que não pagamos impostos sobre a renda se ganhamos menos de 3.000 dólares ao mês por pessoa, isto é mais ou menos os vossos 2.370 €uros. Vocês conseguem pagar impostos do lixo, sobre o consumo da água, do gás e electricidade. Em Portugal conseguem pagar pela segurança privada nos Bancos, urbanizações, edificios municipais, etc... enquanto nós como somos pobres temos que conformar-nos com a segurança pública. Uma miséria...

Vocês enviam os filhos para colégios privados, enquanto que para nós aqui nos USA as escolas públicas emprestam os livros aos nossos filhos prevendo que não os podemos comprar.

Vocês não são pobres;...gastam é muito mal o vosso dinheiro. Ou então, são estúpidos e mansos!"

Como devo responder? Um verdadeiro Case Study! Por favor, quem dá ideias, sugestões?
 (Enviado pela professora Julieta Baptista)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O Natal e a Economia


É Natal, é Natal, vamos gastar dinheiro,
É Natal, é Natal, vamos todos consumir,
É Natal, é Natal, embora gastar dinheiro,
P’ra economia arrebitar e a carteira diminuir.


Desculpem se a rima não é perfeita,
mas nunca fui grande poeta.

Abraços e Feliz Natal,

sábado, 12 de dezembro de 2009

TGV - Esquizofrenia

http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1413619

Antes das eleições falava-se que seria uma loucura para as finanças e para o resto da economia os 7 mil milhões de Euros que custava a rede de TGV que o governo se propõe fazer.

Agora diz-se que, para embaratecer o projecto, o TGV não terá a vertente de mercadorias, no entanto a factura em vez de diminuir aumentou e já vai nos 10 mil milhões de Euros, O que dava para construir 3 cidades aeroportuárias ou várias dezenas de Hospitais.

Por outro lado o governo fala na necessidade de aumentar a produtividade do país. Ora para aumentar a produtividade do país em termos ferroviário bastava completar a linha já existente e que nunca entrou em funcionamento precisamente porque não se completou, para ligar Sines a Madrid.

Sim Sines pois é em Sines que se encontra o único porto de águas profundas da península ibérica. Para a nossa competitividade mais importante do que passageiros é transportar mercadorias.

Mas dizer isto não basta, pois as mercadorias necessitam de percursos longos para ligar, sem mudança de comboio ou rodados, Sines/Lisboa ao resto da Europa.

Então a minha afirmação anterior fica em causa pois a linha existente e que falta completar para poder entrar em funcionamento está em bitola ibérica. Sendo a única bitola Europeia existente em Espana a do TGV (se não estou em erro o TGV espanhol já foi construído em bitola Europeia e todo este meu texto se baseia nessa presunção).

Bitola é a largura da via, isto é o espaço entre cada um dos 2 carris de uma linha, ou se preferirem o espaço entre a roda direita e a roda esquerda do comboio.

Então para rentabilizar os portos de Sines, Setúbal e Lisboa já faz sentido que se use o TGV Espanhol.

Mas para usarmos as linhas do TGV espanhol seria necessário construir o prolongamento da linha Badajoz-Sines-Setubal em bitola europeia. Bitola europeia não quer dizer necessariamente TGV. Podia simplesmente aproveitar-se a linha já existente, completa-la e diminuir as vias para a bitola europeia.

De qualquer forma as madeiras usadas nessa linha já devem estar podres e portanto teria que se trocar de qualquer forma essas madeiras, Para a transformar em bitola europeia basta que nesse processo se colocassem os carris um pouco mais juntos.

Não sei quanto custaria completar e requalificar essa linha mas acredito que seria muitíssimo mais barato do que construir uma nova linha, de alta velocidade, paralela à existente que nunca foi completada.

Dessa forma aumentaria a competitividade do nosso comércio internacional sem comprometer as gerações futuras com o endividamento que o TGV nos vai trazer.

A única razão para se fazer o que o governo está a fazer com a linha TGV Poceirão-Caia hoje adjudicada é se também for necessário o transporte de passageiros. É uma opção política que seria justificada se o estudo de viabilidade económica fosse favorável.

Acontece que a opção do governo é de APENAS passageiros. Deitando por terra qualquer aumento de competitividade do nosso comércio internacional.

Tudo isto cheira-me a um negócio da china, com o dinheiro do contribuinte, para encher alguns bolsos.

Como disse no início deste texto, pressuponho que o TGV espanhol já tenha sido construído em bitola europeia.

O que eu sei é que o governo espanhol se prepara para gastar 5 mil milhões de Euros na transformação de TODA a sua vasta rede ferroviária para a bitola europeia. Não sei se o TGV espanhol está incluído ou se este já está em bitola Europeia.

Ora este número revela que é muito mais barato transformar uma linha existente do que construir uma nova, tal como eu sugeri.

Acontece que se a bitola do TGV espanhol ainda for a ibérica então é mais uma razão para adiarmos os nossos planos de TGV para quando essa transformação espanhola estiver concluída, pelo menos nos troços que nos dizem respeito: França-Badajoz-Sines e eventualmente França-Vigo-Porto-Sines.

Reparem que eu nunca mencionei Lisboa pois considero que a extensão do TGV a Lisboa deve ser apenas até o Aeroporto de Lisboa, perto de Alcochete, sem necessidade de construir uma nova ponte ferroviária para ligar o aeroporto ao centro de Lisboa.

Ainda por cima a ponte projectada pelo governo para ligar o aeroporto de Alcochete ao centro de Lisboa vai dar a volta pelo Barreiro!

Ora é minha opinião que para isso então escusa-se de construir uma nova ponte, basta ligar Lisboa ao Aeroporto construindo a apenas uma extensão Almada-Barreiro-Aeroporto por linha ferroviária urbana para melhor servir as populações (incluindo a ligação já existente a Sintra, Cascais, e Vila Franca de Xira), e o TGV começar apenas no Aeroporto.

Lembro que o TGV não é alternativa nem ao carro/autocarro nem ao actual comboio de passageiros pois os preços dos bilhetes serão comparáveis aos preços do bilhete de avião.

Os clientes do TGV são os clientes actuais do avião.

sábado, 28 de novembro de 2009

Governo acusa oposição de despesismo?!!





Hoje foi um dia histórico em que o CDS conseguiu aprovar a extinção do Pagamento Especial por Conta, a redução do Pagamento por Conta e obrigar o Estado a devolver o IVA a tempo e horas e com juros em caso de mora, e o PSD conseguiu adiar o novo código contributivo que era um aumento encapotado de impostos sob a forma de encargos com a Segurança Social.

O Pagamento por Conta e o Pagamento Especial por Conta são 2 impostos injustos que foram criados com o objectivo de serem temporários e ficaram eternos: o Pagamento por Conta é um pagamento que as empresas fazem ao Estado por eventuais lucros futuros tendo em conta os lucros passados, e o Pagamento Especial por Conta é um pagamento cego que todas as empresas fazem mesmo que não tenham lucro.

O governo apesar de ter prometido que não aumentava os impostos em 2010 devido à actual crise que não permite novos aumentos de impostos (e que pelo contrário exige injecção de liquidez na economia), mesmo assim o governo preparava-se para voltar a aumentar os custos do trabalho com o novo código contributivo (apesar de também ter algumas vantagens anunciadas em termos de diminuição da precariedade).

- Com a extinção do PEC vai haver menor receita mas justa e injecção de liquidez na economia.
- Com a redução do Pagamento por Conta não vai haver redução de imposto, apenas um adiamento do mesmo o que também é uma injecção de liquidez na economia.
- Com a devolução do IVA a tempo e horas (em 30 dias) não vai haver redução de imposto, apenas maior justiça e injecção de liquidez na economia.
- Com o adiamento do novo código contributivo poupa-se muitos empregos pois esse aumento de imposto encapotado neste momento iria levar a maior desemprego, apesar do código em si mesmo ser bom mas a altura actual para o aplicar não é a mais indicada.

Estas medidas aprovadas hoje na Assembleia da República custam muito menos que as grandes obras públicas e fazem muito mais pela economia real.

Além disso, no caso da extinção do imposto injusto e cego que era o PEC vai haver uma redução de imposto de apenas 300 mil Euros o que aumenta (embora ligeiramente) a pressão para o governo cortar na despesa.

E o governo, sob a voz de Jorge Lacão ainda tem a lata de dizer que estas medidas são despesismo?!!

É claro que Jorge Lacão também se estava a referir a propostas futuras do BE/PCP (Reformas antecipadas sem penalização) e do PSD (redução de 2% na Taxa Social Única). Destas a do PSD seria apenas uma redução de impostos e a do BE/PCP seria uma despesa do Estado para um fim meramente populista.

Eu da minha parte considero que a proposta do BE/PCP poderia ser substituída com vantagem por um aumento do tempo do subsídio de desemprego em função dos anos de desconto, assim apenas se dava o subsídio a quem mais precisa. Quanto a reformas antecipadas sem penalização apenas aceito nos casos de incapacidade comprovada pela junta médica.

Palavra de contribuinte.

sábado, 21 de novembro de 2009

Portugal precisa de menos Estado.


Nouriel Roubini, o economista que em 2006 previu a actual crise está em Lisboa onde afirmou que Portugal NECESSITA de MENOS ESTADO.

De facto nos últimos 10 anos o Estado tem crescido assustadoramente e no último governo se perdeu uma oportunidade para se implementar as reformas necessárias, conseguindo-se apenas a reforma da Segurança Social no capítulo da aposentação pois a mesma só vai doer dentro de alguns anos e por isso foi fácil de a fazer.

Educação, Justiça, Arrendamento urbano, Saúde e Segurança Social para os empregados e empresários são reformas urgentíssimas que não se fizeram, apenas se anunciaram.

Enegia e Negócios

Em Energia e negócios o Eng. Pinto de Sá fala essencialmente em:



 

- Como estamos caminhando para um grande apagão nacional e mesmo ibérico devido à forma descuidada como estamos a construir a nossa rede energética renovável (Eólica + mini-hidricas de acumulação eólica)


- Custo desproporcionado desta solução.

- Corrupção, embora não o diga abertamente.

- Aumento do custo de vida dos portugueses devido ao custo da electricidade (e diminuição da competitividade acrescento eu).

- Custo semelhante ao TGV a pagar na factura da luz, pois os privados apenas estão a fazer este investimento porque tiveram o compromisso do estado de o mesmo ser incorporado na factura ao consumidor.

- O pior país em termos de normativos para assegurar que não haverá apagões devido à opção Eólica é Portugal logo seguido de Espanha, daí um apagão nacional poder provocar também um apagão espanhol se Espanha tentar ajudar, pois apenas a França teria capacidade para auxiliar Portugal em caso de apagão mas a rede espanhola não conseguiria fazer o transporte.

- O melhor país em termos normativos é a Alemanha que também está a apostar nas energias renováveis mas estão a fazer as coisas de modo a evitar um apagão no futuro.

- A forma como o governo não implementou uma directiva Europeia sobre este assunto, que o IST (Instituto Superior Técnico) teve o cuidado de pôr em termos técnicos/práticos, inspirados nas normas Alemãs, e que o governo não seguiu.




Ler também: Os apagões, o nuclear e as eólicas em http://a-ciencia-nao-e-neutra.blogspot.com/2009/11/os-apagoes-o-nuclear-e-as-eolicas.html

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Aumento salarial ou eleitoralismo?





Enquanto que no sector privado se tem visto uma diminuição dos salários, através do congelamento, cortes das horas extraordinárias e outros cortes, a função pública teve este ano de campanha eleitoral um estrondoso aumento base de 3% num ano de crise com inflação zero ou deflação.

Agora o governo prepara-se para voltar a aumentar os salários da função pública apesar de a inflação ser negativa.

Como se pode observar ainda não saímos nem vamos sair da campanha eleitoral pois estes presentes eleitoralistas apenas deviam acontecer em ano de eleições mas, pelos vistos enquanto não houver nova eleição teremos consecutivos anos de eleições. Arriscamo-nos a ter 4 anos de eleitoralismo a juntar aos últimos 3 anos. Assim ficamos com 7 anos de eleitoralismo seguidos onde não se faz uma única reforma.

Não há país que aguente!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

SEF multa empresas por contratarem imigrantes ilegais




Em Portugal a política de imigração resume-se a isto: negar o trabalho aos imigrantes ilegais empurrando-os assim para a marginalidade e crime.

Em vez de aproveitar o facto destes imigrantes estarem a trabalhar para se legalizarem, obrigam as empresas, através de multas, a despedi-los mas depois não há qualquer continuidade desta política xenófoba ficando os imigrantes num limbo cuja saída acaba por ser a marginalidade.

O Estado em vez de ter esta política xenófoba e desumana devia legalizar os imigrantes que tem trabalho e repatriar, negando-lhe futuros vistos de turismo durante alguns anos, os imigrantes ilegais apanhados na criminalidade. Isto sim seria uma política de integração e humanidade.

Outro facto que quero denunciar é que os filhos de estrangeiros, mesmo que tenham nascido em Portugal, continuam a ser considerados estrangeiros e, por isso, sem direito a frequentar a escola pública. Pode haver algo mais xenófobo e desumano do que isto?
Pode e também acontece em Portugal: por lei também não tem direito a serviços de saúde por serem estrangeiros.

O que lhes vale é que nem as escolas nem os hospitais cumprem a lei mas arriscam-se a serem multados por serem bons samaritanos.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

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ECONOMIA

Antigo governante lança críticas ao Governo

Medina Carreira: agricultura é que nos vai tirar da crise

2009/11/03   21:32Rita Leça


Economia de mercado livre e aposta no sector primário são as propostas do ex-ministro das Finanças para salvar Portugal 
Para Medina Carreira, ex-ministro das Finanças, só há uma solução para Portugal: «temos de investir nas batatas e nos legumes. Só através do investimento no sector primário e secundário, para exportar, conseguiremos sair da crise». 

O antigo governante falou durante a apresentação do seu livro «Portugal que futuro» e foi, mais uma vez, crítico das políticas governativas. Para o economista vivemos num «ciclo de endividamento e défice crónico» e de onde só há uma saída possível: «aumentar a produção para criar riqueza».

Para isso é preciso «criar uma economia de mercado livre» e guardar «todo o dinheiro que nos emprestam» para combater o endividamento, em vez de o esbanjar.

«Neste momento, cada português deve 16 mil euros, mas daqui a cinco anos deverá muito mais», exemplificou o economista.

Situação do país é uma bomba-relógio 

Opção contrária foi a tomada pelo actual Governo. Segundo o ex-ministro das Finanças, o programa do PS «não altera nada» de essencial. «Só aposta nas obras públicas. Com mais auto-estradas só vamos criar condições para fugir daqui».

«Outra preocupação é os homossexuais. Se andarmos preocupados com os homossexuais quando o país está a morrer, nem eles sobrevivem», ironizou o economista.

Neste sentido, Portugal «caminha para situação financeira cada vez mais desequilibrada», o que, «em certa medida, se torna numa bomba-relógio».

Ex-ministro apela a entendimento entre PS e PSD

Por isso, o economista alerta que «é preciso criar um entendimento entre os dois principais partidos políticos», embora considere que «nem os activos políticos nem os inactivos sabem alguma coisa».

Mas, Medina Carreira vai mais longe e põe em causa o futuro da democracia em Portugal. «Se os políticos continuarem a fazer política apenas para hoje e amanhã o regime republicano vai ter um fim muito desagradável».

Nessa óptica de descrença, o ex-governante afasta qualquer candidatura ao cargo de Presidente da República. «O Presidente hoje não tem poder para mudar nada. Pode dissolver a Assembleia da República mas é raro, pode dirigir mensagens ao Parlamento, mas o actual não o faz», respondeu o antigo ministro aos jornalistas.


Comentário do Wilson:
Muito bem Medina Correia, é necessário quem diga “O Rei vai nu”, o problema é que não há pessoas competentes que queiram governar ou dar o seu contributo para o bem do país, quase todos estão lá pelo tacho actual e pelo tacho que vão ter a seguir.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Dívida portuguesa em alerta negativo



Moody's acusa Governo de «falta de motivação» na tomada de medidas contra a crise
A agência de ratings internacional Moody¿s acaba de colocar a dívida portuguesa em alerta negativo.
Numa nota publicada pela agência Reuters, a agência mudou a perspectiva do rating Aa2 da dívida da República Portuguesa de estável para negativa.

Segundo a Moody¿s, esta alteração «reflecte não só os desafios económicos estruturais que o país enfrenta, e que têm sido exacerbados pela crise económica global, mas também a aparente falta de motivação dos responsáveis políticos para os combater».

A perspectiva negativa costuma anteceder em poucas semanas um corte na notação da dívida. A verificar-se essa redução, a dívida de Portugal apresentará, para os investidores, um risco maior e o Estado português, bem como as empresas públicas que dele dependem, terão dificuldades acrescidas na obtenção de financiamento, devendo passar a pagar mais juros pela dívida.

Ainda por cima o governo português prometeu criar não apenas uma linha de TGV mas toda uma rede de TGV o que aumenta em 400% o custo do projecto em relação a uma simples linha que ligasse o futuro aeroporto de Lisboa a Madrid com um ramal urbano para ligar o Aeroporto ao centro da cidade e outro ramal para ligar a Sines.

Se a simples linha é considerada polémica quanto à sua viabilidade económica, toda esta rede que o governo se propõe fazer é um absurdo, principalmente nesta década cuja dívida portuguesa já atingiu os 100% do PIB e continua a aumentar.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Petróleo está a subir?


Todos os dias leio a notícia de que o petróleo subiu mais uma vez, ainda hoje esteve a 80 dólares o barril mas nos mesmos dias em ouço essa notícia também ouço a notícia de que o Euro subiu, ou se quiserem, que o dólar desceu.

As gasolineiras aproveitam essas notícias da suposta subida do petróleo para aumentar os combustíveis com o pretexto de que o petróleo subiu.

Mas a verdade é que nós não vivemos nos E.U.A, vivemos na Europa e na Europa não há Dólar mas sim Euro.

Se fizermos às contas verificamos que muitas das vezes em que se diz que o petróleo subiu, acaba por se constatar que, em Euros, o petróleo manteve-se inalterado mas como as notícias dizem “petróleo subiu” as gasolineiras aproveitam, infundadamente, para aumentar o preço dos combustíveis.

É de lamentar que os senhores jornalistas não saibam (ou não queiram) fazer contas para dizer se, de facto, houve ou não um aumento do preço do petróleo em Euros.

sábado, 26 de setembro de 2009

Vira o disco e toca o mesmo



Amanhã é o dia das eleições.

Quem me conhece sabe que desde o tempo do Santana Lopes que ando a criticar o governo pelo que se amanhã ganhar o PSD passarei a criticar o PSD pois não me interessa qual a cor partidária que nos governa, o que me interessa é chamar a atenção para os desgovernos de quem nos governa.

Eu sempre disse que Marques Mendes tinha um discurso substancial e clarificador mas nunca iria ganhar uma eleição porque não tinha físico para ficar bem na TV, agora veio a Manuela Ferreira Leite que além de não ter físico também não sabe falar, pelo que será mesmo um milagre que o PSD ganhe as eleições.

Quanto ao José Sócrates nunca vi um político tão bem falante e charmoso, apenas superado pela asfixia democrática que se tem vivido desde que ele é governo em que tentaram e em alguns casos conseguiram “fazer a cama” a personalidade como juízes que no pleno uso dos seus direitos e obrigações votaram contra o interesse do PS.

Já para não falar dos casos mediáticos como o da TVI e das suspeitas de escutas a Belém de que tanto se falou nestes últimos dias, sem esquecer os primeiros episódios do professor Charrua que foi demitido apenas porque, em privado, teceu um comentário humorístico e insultuoso contra o José Sócrates ou os casos da polícia e do Ministério da Educação andar a querer saber os nomes dos manifestantes e de quem faz greve.

Ou ainda dos casos menos conhecidos das dezenas de jornalistas que foram perseguidos e processados apenas por fazerem o seu trabalho.

No que à economia diz respeito eu apenas tenho criticado as opções estatizantes (através dos “favores”, subsídios, aumento vertiginoso do endividamento, aumento da despesa e aumento dos impostos) próprias de um governo socialista com as quais não concordo e cujo resultado se mede pela divergência que temos tido com os restantes países desenvolvidos, tornando os portugueses cada vez mais pobres em termos comparativos.

Em relação à honestidade do nosso primeiro-ministro todos conhecemos a forma como chegou a “engenheiro”, o facto de metade da sua família estar acusada ou envolvida em corrupção no caso FreePort e ainda o facto da própria polícia britânica o considerar suspeito de corrupção no mesmo caso. Mesmo que ele seja um santo inocente estas acusações o fragilizam politicamente e devia ter tio o mérito de apenas se recandidatar após a polícia esclarecer essa situação, o que não fez.

Em relação à forma da sua política eu lhe tiro o chapéu pois nunca vi um governante tão profissional a cuidar da sua imagem fazendo transparecer uma competência sem par mas que na verdade, quando se vão ver os resultados, verificamos que essa competência é apenas real no cuidado da sua imagem.

Quanto à extrema-esquerda (CDU e BE) assusta-me o facto de muita gente não conhecer o programa do Bloco de esquerda e ainda assim votar nele apenas porque ele é, tal como o José Sócrates, bem-falante e charmoso. Sem saber que ele defende voltarmos ao PREC pós 25 de Abril onde Portugal ficou de rastos em termos económicos e apenas conseguiu recuperar após Mário Soares ter definido um rumo europeísta que garantia alguma estabilidade e Cavaco Silva ter recuperado a nossa economia apesar de ter errado ao ter aumentado de forma substancial, e para o futuro, as remunerações dos funcionários públicos, criando “O Monstro” de que ele próprio falou.

Mérito seja dado ao José Sócrates porque ele tem vindo a colocar alguma justiça nesse Monstro através da afamada avaliação dos funcionários públicos e da criação do quadro de mobilidade que não mata o Monstro mas aumenta a eficácia dos serviços desde que essa avaliação também sirva para os gestores melhorar os métodos e funcionalidades dos serviços públicos.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Pensionistas pagam mais impostos


http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=1090880&div_id=1730

No início do mandato de José Sócrates eu concordei com muitas das medidas anunciada, na maior parte das vezes não passou de um mero anúncio repetido até a exaustão que acabaram por não se concretizar mas ouve uma medida com a qual eu não concordei que, essa sim, acabou por se concretizar: Todos os pensionistas pagarem imposto, mesmo que só tenham cerca de 500 Euros para viver.

o TGV é um concorrente do avião e não do comboio ou carro




TGV será «o maior fiasco financeiro dos últimos 50 anos»

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=1090828&div_id=1730

Eu sou a favor do TGV mas estou de acordo com este economista da Universidade de Vancouver (Canadá).

O que a notícia não diz é que o projecto tal como o governo PS de José Sócrates quer fazer custa 400% mais do que um projecto menos ambicioso que passasse apenas pelo lado sul do Tejo.

Ora se a necessidade do TGV é questionável, esses 400% são um mero luxo megalómano e ideológico do PS que seriam muito mais necessários na Saúde, Educação e Segurança.

Eu apenas peço aos políticos que não se substituam aos economistas, estes é que sabem se se deve fazer o TGV, quando e em que moldes.

O argumento do PS de que se deve fazer investimento público para sair da crise é correcto mas não foi o que o José Sócrates fez nos últimos 4 anos em que o investimento público caiu consideravelmente.

E para sair da crise o investimento necessário deve ser de retorno rápido e não este megaloprojecto que além de endividar ainda mais o país ainda vai retirar o crédito disponível às empresas e famílias tornando Portugal ainda mais pobre.

Além do investimento público ter diminuído nos últimos 4 anos, ele foi quase todo para a construção de auto-estradas tornando Portugal nos próximos anos num dos países com mais auto-estradas por habitante do planeta. Só Lisboa-Porto vai ter 3 auto-estradas!

Razão tem a Manuela Ferreira Leite em não prometer nada (além do adiamento e reavaliação do TGV) pois este governo tornou a tarefa de governar nos próximos anos muito difícil devido aos compromissos financeiros que contraiu para que os governos futuros paguem a factura.

TGV sim mas apenas quando se puder pagar a ele mesmo!

Afinal o TGV apenas vai beneficiar menos de 2% da população portuguesa: aqueles que actualmente apanham o avião para Madrid. (o TGV é um concorrente do avião e não do comboio ou carro).


terça-feira, 22 de setembro de 2009

Mais uma investida de José Sócrates contra a liberdade de expressão.



Jornalista escreveu artigo de opinião a criticar primeiro-ministro

Sócrates requer abertura de processo contra jornalista João Miguel Tavares

21.09.2009 - 21h35 PÚBLICO

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1401706&idCanal=61

O primeiro-ministro, José Sócrates, requereu a abertura de instrução do processo que moveu contra o jornalista João Miguel Tavares, noticia hoje o blogue da TSF "Governo Sombra".


O Ministério Público tinha determinado que o processo fosse arquivado, considerando que o artigo de opinião, “José Sócrates, o Cristo da política portuguesa”, publicado no "Diário de Notícias", não ultrapassava os limites da crítica a Sócrates, enquanto figura pública. O primeiro-ministro, ao pedir a abertura de instrução do processo, mostra vontade de continuar com o litígio.

O artigo de 3 de Março deste ano criticava o líder socialista quando este pediu “a decência da vida democrática”, durante a abertura de um congresso. João Miguel Tavares defendeu que Sócrates deveria manter o “mínimo de decoro e recato em matérias de moral”, depois de ser confrontado com as polémicas da sua licenciatura, do Freeport, entre outros casos.

Para o jornalista, ainda mais grave foram as declarações feitas por José Sócrates que insinuavam a sua ilibação automática por ter sido o governante mais votado pelo povo, mantendo uma lógica semelhante à de Fátima Felgueiras ou Valentim Loureiro. Tavares termina o seu texto de opinião comparando o primeiro-ministro ao líder da Venezuela. “Como político e como primeiro-ministro, não faltarão qualidades a José Sócrates. Como democrata, percebe-se agora porque gosta tanto de Hugo Chávez."

Na altura em que o processo foi arquivado o jornalista disse ao PÚBLICO que esperava que a decisão do MP fosse a do arquivamento do processo, já que no passado tinha escrito "coisas mais violentas sobre Pedro Santana Lopes e Manuela Ferreira Leite e que nenhum deles o processou".

O primeiro-ministro já processou nove jornalistas. Cinco são da TVI, três do PÚBLICO e um do DN.

Mais uma investida de José Sócrates contra os Jornalistas e contra a liberdade de expressão.


segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Filme impróprio para pais


http://cinecartaz.publico.pt/filme.asp?id=238597

Fui ver “A Esperança está Onde Menos se Espera” de Joaquim Leitão onde Virgílio Castelo quer ser um José Mourinho honesto num mundo desonesto e acaba por nos tocar no coração com uma história intimista familiar que retrata o amor não correspondido entre um pai e seu filho (como é habitual na adolescência) e DEPOIS o amor entre o filho e o pai.

O filme também retrata, o dia-a-dia duma escola inserida num bairro problemático como muitos que há na grande Lisboa, neste caso a famosa Cova da Moura, escola essa onde o “betinho” do Virgílio Castelo tem que se inserir e mais não digo para não estragar a emoção deste filme.

Aconselho vivamente este filme mas deixo um alerta para os pais de adolescentes ou mesmo crianças pré-puberdade: Levem uma garrafa de água pois arriscam-se a chorar convulsivamente tal é teor da história (contemporânea e actual) e a excelente prestação dos actores onde se destaca Virgílio Castelo num papel secundário (?) mas intenso e digno das melhores escolas mundiais de representação.

A Esperança está Onde Menos se Espera” é um dos melhores melodramas que já vi e Joaquim Leitão tem muito a ensinar às Majores de Hollywood.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O Favor do Estado e os Partidos


Infelizmente as grandes empresas habituaram-se nos últimos anos ao Favor do Estado, quer seja através de subsídios quer seja através de tráfico de influências.

Quem paga é o contribuinte.
(e todos nós somos contribuintes, basta comprar pão para pagar IVA)

Se queremos uma economia saudável, geradora de emprego e riqueza devemos acabar com a cultura Estado-dependência das Empresas.

O Estado não deve mandar na economia, apenas deve regula-la de forma isenta e igual para todos.

As PME’s são as maiores geradoras de emprego em Portugal e, paradoxalmente, são as enteadas num Estado que tem empresas filhas e enteadas.

Mas não se deve ajudar as PME com subsídios pagos pelo contribuinte mas sim com a desburocratização, eliminação de processos, simplificação e eliminação de taxas e impostos injustos como o PEC.

Dos partidos que concordam com esta visão: MMS, PSD, CDS, ND, MEP, PPV, PPM e PNR apenas os dois partidos do centro (CDS e PSD) estão representados no parlamento. Enquanto que a Esquerda Socialista, com maioria na Assembleia (PS), tem a visão contrária: que se deve ajudar as empresas através de favores, tráfico de influências, subsídios, e, no caso da extrema esquerda como o PCTP-MRPP, CDU(PCP), BE, FEH, POUS e PTP (dos quais o CDU e BE estão representados na Assembleia), através de nacionalizações e controlo da economia por decreto à semelhança da extinta União Soviética.

Como neste artigo mencionei a totalidade dos partidos que concorrem nestas eleições legislativas de 2009-09-27 e a maior parte dos Portugueses não os conhece vou passar a identifica-los por grupos segundo a minha impressão dos mesmos (que obviamente pode estar errada):


Extrema Esquerda que acha que se governa por decreto:

- PCTP-MRPP: Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses

- CDU: Partido Comunista Português (PCP), A sigla diz respeito a uma pretensa Coligação cujo nome não me lembro.

- BE: Bloco de Esquerda

- FCH: Frente Ecologia e Humanismo

- POUS: Partido Operário de Unidade Socialista

- PTP: Partido Trabalhista Português.


Esquerda Social Democrática que acredita numa visão Estatizadora da Economia através de Favores (por contraposição de governar por decreto da extrema esquerda):

- PS: Partido Socialista


Esquerda Social Democrática que acredita numa economia de mercado:

- PSD: Partido Social Democrata.

- MMS: Movimento Mérito e Sociedade


Centro Democrático e Social:

- MEP: Movimento Esperança Portugal

- CDS/PP: Centro Democrático e Social / Partido Popular (o Partido Popular é a maioria no Parlamento Europeu mas aqui é o mais pequeno dos partidos representados na Assembleia da república)


Direita conservadora:

- ND: Nova Democracia

- PPV: Portugal Pró-Vida

- PPM: Partido Popular Monárquico (“Deus, Pátria e Rei”)


Extrema-direita:

- PNR: Partido Nacional Renovador.


Quero desde já pedir desculpa aos partidos que se sintam injustiçados por esta ordenação de Esquerda-Direita que fiz mas eu não sou politólogo mas apenas um simples cidadão, com experiência internacional, que tem esta impressão dos 15 partidos que disputam estas eleições.

sábado, 12 de setembro de 2009

Governo deu orientações para votar contra OPA sobre a PT



Em entrevista ao programa Diga Lá Excelência, Belmiro de Azevedo afirma que o Governo de José Sócrates foi responsável pela pior decisão contra a Sonae: o chumbo da Oferta Pública de Aquisição sobre a Portugal Telecom.

Na sequência dessa intromissão do governo no mundo empresarial, a Sonae.com (Clix, etc.) que estava preparada para fazer um grande investimento em Portugal, perdeu a confiança e retraiu-se aplicando o dinheiro no estrangeiro contribuindo ainda mais para a recessão em Portugal por culpa directa deste governo PS de José Sócrates.