quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O Natal e a Economia


É Natal, é Natal, vamos gastar dinheiro,
É Natal, é Natal, vamos todos consumir,
É Natal, é Natal, embora gastar dinheiro,
P’ra economia arrebitar e a carteira diminuir.


Desculpem se a rima não é perfeita,
mas nunca fui grande poeta.

Abraços e Feliz Natal,

sábado, 12 de dezembro de 2009

TGV - Esquizofrenia

http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1413619

Antes das eleições falava-se que seria uma loucura para as finanças e para o resto da economia os 7 mil milhões de Euros que custava a rede de TGV que o governo se propõe fazer.

Agora diz-se que, para embaratecer o projecto, o TGV não terá a vertente de mercadorias, no entanto a factura em vez de diminuir aumentou e já vai nos 10 mil milhões de Euros, O que dava para construir 3 cidades aeroportuárias ou várias dezenas de Hospitais.

Por outro lado o governo fala na necessidade de aumentar a produtividade do país. Ora para aumentar a produtividade do país em termos ferroviário bastava completar a linha já existente e que nunca entrou em funcionamento precisamente porque não se completou, para ligar Sines a Madrid.

Sim Sines pois é em Sines que se encontra o único porto de águas profundas da península ibérica. Para a nossa competitividade mais importante do que passageiros é transportar mercadorias.

Mas dizer isto não basta, pois as mercadorias necessitam de percursos longos para ligar, sem mudança de comboio ou rodados, Sines/Lisboa ao resto da Europa.

Então a minha afirmação anterior fica em causa pois a linha existente e que falta completar para poder entrar em funcionamento está em bitola ibérica. Sendo a única bitola Europeia existente em Espana a do TGV (se não estou em erro o TGV espanhol já foi construído em bitola Europeia e todo este meu texto se baseia nessa presunção).

Bitola é a largura da via, isto é o espaço entre cada um dos 2 carris de uma linha, ou se preferirem o espaço entre a roda direita e a roda esquerda do comboio.

Então para rentabilizar os portos de Sines, Setúbal e Lisboa já faz sentido que se use o TGV Espanhol.

Mas para usarmos as linhas do TGV espanhol seria necessário construir o prolongamento da linha Badajoz-Sines-Setubal em bitola europeia. Bitola europeia não quer dizer necessariamente TGV. Podia simplesmente aproveitar-se a linha já existente, completa-la e diminuir as vias para a bitola europeia.

De qualquer forma as madeiras usadas nessa linha já devem estar podres e portanto teria que se trocar de qualquer forma essas madeiras, Para a transformar em bitola europeia basta que nesse processo se colocassem os carris um pouco mais juntos.

Não sei quanto custaria completar e requalificar essa linha mas acredito que seria muitíssimo mais barato do que construir uma nova linha, de alta velocidade, paralela à existente que nunca foi completada.

Dessa forma aumentaria a competitividade do nosso comércio internacional sem comprometer as gerações futuras com o endividamento que o TGV nos vai trazer.

A única razão para se fazer o que o governo está a fazer com a linha TGV Poceirão-Caia hoje adjudicada é se também for necessário o transporte de passageiros. É uma opção política que seria justificada se o estudo de viabilidade económica fosse favorável.

Acontece que a opção do governo é de APENAS passageiros. Deitando por terra qualquer aumento de competitividade do nosso comércio internacional.

Tudo isto cheira-me a um negócio da china, com o dinheiro do contribuinte, para encher alguns bolsos.

Como disse no início deste texto, pressuponho que o TGV espanhol já tenha sido construído em bitola europeia.

O que eu sei é que o governo espanhol se prepara para gastar 5 mil milhões de Euros na transformação de TODA a sua vasta rede ferroviária para a bitola europeia. Não sei se o TGV espanhol está incluído ou se este já está em bitola Europeia.

Ora este número revela que é muito mais barato transformar uma linha existente do que construir uma nova, tal como eu sugeri.

Acontece que se a bitola do TGV espanhol ainda for a ibérica então é mais uma razão para adiarmos os nossos planos de TGV para quando essa transformação espanhola estiver concluída, pelo menos nos troços que nos dizem respeito: França-Badajoz-Sines e eventualmente França-Vigo-Porto-Sines.

Reparem que eu nunca mencionei Lisboa pois considero que a extensão do TGV a Lisboa deve ser apenas até o Aeroporto de Lisboa, perto de Alcochete, sem necessidade de construir uma nova ponte ferroviária para ligar o aeroporto ao centro de Lisboa.

Ainda por cima a ponte projectada pelo governo para ligar o aeroporto de Alcochete ao centro de Lisboa vai dar a volta pelo Barreiro!

Ora é minha opinião que para isso então escusa-se de construir uma nova ponte, basta ligar Lisboa ao Aeroporto construindo a apenas uma extensão Almada-Barreiro-Aeroporto por linha ferroviária urbana para melhor servir as populações (incluindo a ligação já existente a Sintra, Cascais, e Vila Franca de Xira), e o TGV começar apenas no Aeroporto.

Lembro que o TGV não é alternativa nem ao carro/autocarro nem ao actual comboio de passageiros pois os preços dos bilhetes serão comparáveis aos preços do bilhete de avião.

Os clientes do TGV são os clientes actuais do avião.

sábado, 28 de novembro de 2009

Governo acusa oposição de despesismo?!!





Hoje foi um dia histórico em que o CDS conseguiu aprovar a extinção do Pagamento Especial por Conta, a redução do Pagamento por Conta e obrigar o Estado a devolver o IVA a tempo e horas e com juros em caso de mora, e o PSD conseguiu adiar o novo código contributivo que era um aumento encapotado de impostos sob a forma de encargos com a Segurança Social.

O Pagamento por Conta e o Pagamento Especial por Conta são 2 impostos injustos que foram criados com o objectivo de serem temporários e ficaram eternos: o Pagamento por Conta é um pagamento que as empresas fazem ao Estado por eventuais lucros futuros tendo em conta os lucros passados, e o Pagamento Especial por Conta é um pagamento cego que todas as empresas fazem mesmo que não tenham lucro.

O governo apesar de ter prometido que não aumentava os impostos em 2010 devido à actual crise que não permite novos aumentos de impostos (e que pelo contrário exige injecção de liquidez na economia), mesmo assim o governo preparava-se para voltar a aumentar os custos do trabalho com o novo código contributivo (apesar de também ter algumas vantagens anunciadas em termos de diminuição da precariedade).

- Com a extinção do PEC vai haver menor receita mas justa e injecção de liquidez na economia.
- Com a redução do Pagamento por Conta não vai haver redução de imposto, apenas um adiamento do mesmo o que também é uma injecção de liquidez na economia.
- Com a devolução do IVA a tempo e horas (em 30 dias) não vai haver redução de imposto, apenas maior justiça e injecção de liquidez na economia.
- Com o adiamento do novo código contributivo poupa-se muitos empregos pois esse aumento de imposto encapotado neste momento iria levar a maior desemprego, apesar do código em si mesmo ser bom mas a altura actual para o aplicar não é a mais indicada.

Estas medidas aprovadas hoje na Assembleia da República custam muito menos que as grandes obras públicas e fazem muito mais pela economia real.

Além disso, no caso da extinção do imposto injusto e cego que era o PEC vai haver uma redução de imposto de apenas 300 mil Euros o que aumenta (embora ligeiramente) a pressão para o governo cortar na despesa.

E o governo, sob a voz de Jorge Lacão ainda tem a lata de dizer que estas medidas são despesismo?!!

É claro que Jorge Lacão também se estava a referir a propostas futuras do BE/PCP (Reformas antecipadas sem penalização) e do PSD (redução de 2% na Taxa Social Única). Destas a do PSD seria apenas uma redução de impostos e a do BE/PCP seria uma despesa do Estado para um fim meramente populista.

Eu da minha parte considero que a proposta do BE/PCP poderia ser substituída com vantagem por um aumento do tempo do subsídio de desemprego em função dos anos de desconto, assim apenas se dava o subsídio a quem mais precisa. Quanto a reformas antecipadas sem penalização apenas aceito nos casos de incapacidade comprovada pela junta médica.

Palavra de contribuinte.

sábado, 21 de novembro de 2009

Portugal precisa de menos Estado.


Nouriel Roubini, o economista que em 2006 previu a actual crise está em Lisboa onde afirmou que Portugal NECESSITA de MENOS ESTADO.

De facto nos últimos 10 anos o Estado tem crescido assustadoramente e no último governo se perdeu uma oportunidade para se implementar as reformas necessárias, conseguindo-se apenas a reforma da Segurança Social no capítulo da aposentação pois a mesma só vai doer dentro de alguns anos e por isso foi fácil de a fazer.

Educação, Justiça, Arrendamento urbano, Saúde e Segurança Social para os empregados e empresários são reformas urgentíssimas que não se fizeram, apenas se anunciaram.

Enegia e Negócios

Em Energia e negócios o Eng. Pinto de Sá fala essencialmente em:



 

- Como estamos caminhando para um grande apagão nacional e mesmo ibérico devido à forma descuidada como estamos a construir a nossa rede energética renovável (Eólica + mini-hidricas de acumulação eólica)


- Custo desproporcionado desta solução.

- Corrupção, embora não o diga abertamente.

- Aumento do custo de vida dos portugueses devido ao custo da electricidade (e diminuição da competitividade acrescento eu).

- Custo semelhante ao TGV a pagar na factura da luz, pois os privados apenas estão a fazer este investimento porque tiveram o compromisso do estado de o mesmo ser incorporado na factura ao consumidor.

- O pior país em termos de normativos para assegurar que não haverá apagões devido à opção Eólica é Portugal logo seguido de Espanha, daí um apagão nacional poder provocar também um apagão espanhol se Espanha tentar ajudar, pois apenas a França teria capacidade para auxiliar Portugal em caso de apagão mas a rede espanhola não conseguiria fazer o transporte.

- O melhor país em termos normativos é a Alemanha que também está a apostar nas energias renováveis mas estão a fazer as coisas de modo a evitar um apagão no futuro.

- A forma como o governo não implementou uma directiva Europeia sobre este assunto, que o IST (Instituto Superior Técnico) teve o cuidado de pôr em termos técnicos/práticos, inspirados nas normas Alemãs, e que o governo não seguiu.




Ler também: Os apagões, o nuclear e as eólicas em http://a-ciencia-nao-e-neutra.blogspot.com/2009/11/os-apagoes-o-nuclear-e-as-eolicas.html

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Aumento salarial ou eleitoralismo?





Enquanto que no sector privado se tem visto uma diminuição dos salários, através do congelamento, cortes das horas extraordinárias e outros cortes, a função pública teve este ano de campanha eleitoral um estrondoso aumento base de 3% num ano de crise com inflação zero ou deflação.

Agora o governo prepara-se para voltar a aumentar os salários da função pública apesar de a inflação ser negativa.

Como se pode observar ainda não saímos nem vamos sair da campanha eleitoral pois estes presentes eleitoralistas apenas deviam acontecer em ano de eleições mas, pelos vistos enquanto não houver nova eleição teremos consecutivos anos de eleições. Arriscamo-nos a ter 4 anos de eleitoralismo a juntar aos últimos 3 anos. Assim ficamos com 7 anos de eleitoralismo seguidos onde não se faz uma única reforma.

Não há país que aguente!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

SEF multa empresas por contratarem imigrantes ilegais




Em Portugal a política de imigração resume-se a isto: negar o trabalho aos imigrantes ilegais empurrando-os assim para a marginalidade e crime.

Em vez de aproveitar o facto destes imigrantes estarem a trabalhar para se legalizarem, obrigam as empresas, através de multas, a despedi-los mas depois não há qualquer continuidade desta política xenófoba ficando os imigrantes num limbo cuja saída acaba por ser a marginalidade.

O Estado em vez de ter esta política xenófoba e desumana devia legalizar os imigrantes que tem trabalho e repatriar, negando-lhe futuros vistos de turismo durante alguns anos, os imigrantes ilegais apanhados na criminalidade. Isto sim seria uma política de integração e humanidade.

Outro facto que quero denunciar é que os filhos de estrangeiros, mesmo que tenham nascido em Portugal, continuam a ser considerados estrangeiros e, por isso, sem direito a frequentar a escola pública. Pode haver algo mais xenófobo e desumano do que isto?
Pode e também acontece em Portugal: por lei também não tem direito a serviços de saúde por serem estrangeiros.

O que lhes vale é que nem as escolas nem os hospitais cumprem a lei mas arriscam-se a serem multados por serem bons samaritanos.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Back to Basic

ECONOMIA

Antigo governante lança críticas ao Governo

Medina Carreira: agricultura é que nos vai tirar da crise

2009/11/03   21:32Rita Leça


Economia de mercado livre e aposta no sector primário são as propostas do ex-ministro das Finanças para salvar Portugal 
Para Medina Carreira, ex-ministro das Finanças, só há uma solução para Portugal: «temos de investir nas batatas e nos legumes. Só através do investimento no sector primário e secundário, para exportar, conseguiremos sair da crise». 

O antigo governante falou durante a apresentação do seu livro «Portugal que futuro» e foi, mais uma vez, crítico das políticas governativas. Para o economista vivemos num «ciclo de endividamento e défice crónico» e de onde só há uma saída possível: «aumentar a produção para criar riqueza».

Para isso é preciso «criar uma economia de mercado livre» e guardar «todo o dinheiro que nos emprestam» para combater o endividamento, em vez de o esbanjar.

«Neste momento, cada português deve 16 mil euros, mas daqui a cinco anos deverá muito mais», exemplificou o economista.

Situação do país é uma bomba-relógio 

Opção contrária foi a tomada pelo actual Governo. Segundo o ex-ministro das Finanças, o programa do PS «não altera nada» de essencial. «Só aposta nas obras públicas. Com mais auto-estradas só vamos criar condições para fugir daqui».

«Outra preocupação é os homossexuais. Se andarmos preocupados com os homossexuais quando o país está a morrer, nem eles sobrevivem», ironizou o economista.

Neste sentido, Portugal «caminha para situação financeira cada vez mais desequilibrada», o que, «em certa medida, se torna numa bomba-relógio».

Ex-ministro apela a entendimento entre PS e PSD

Por isso, o economista alerta que «é preciso criar um entendimento entre os dois principais partidos políticos», embora considere que «nem os activos políticos nem os inactivos sabem alguma coisa».

Mas, Medina Carreira vai mais longe e põe em causa o futuro da democracia em Portugal. «Se os políticos continuarem a fazer política apenas para hoje e amanhã o regime republicano vai ter um fim muito desagradável».

Nessa óptica de descrença, o ex-governante afasta qualquer candidatura ao cargo de Presidente da República. «O Presidente hoje não tem poder para mudar nada. Pode dissolver a Assembleia da República mas é raro, pode dirigir mensagens ao Parlamento, mas o actual não o faz», respondeu o antigo ministro aos jornalistas.


Comentário do Wilson:
Muito bem Medina Correia, é necessário quem diga “O Rei vai nu”, o problema é que não há pessoas competentes que queiram governar ou dar o seu contributo para o bem do país, quase todos estão lá pelo tacho actual e pelo tacho que vão ter a seguir.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Dívida portuguesa em alerta negativo



Moody's acusa Governo de «falta de motivação» na tomada de medidas contra a crise
A agência de ratings internacional Moody¿s acaba de colocar a dívida portuguesa em alerta negativo.
Numa nota publicada pela agência Reuters, a agência mudou a perspectiva do rating Aa2 da dívida da República Portuguesa de estável para negativa.

Segundo a Moody¿s, esta alteração «reflecte não só os desafios económicos estruturais que o país enfrenta, e que têm sido exacerbados pela crise económica global, mas também a aparente falta de motivação dos responsáveis políticos para os combater».

A perspectiva negativa costuma anteceder em poucas semanas um corte na notação da dívida. A verificar-se essa redução, a dívida de Portugal apresentará, para os investidores, um risco maior e o Estado português, bem como as empresas públicas que dele dependem, terão dificuldades acrescidas na obtenção de financiamento, devendo passar a pagar mais juros pela dívida.

Ainda por cima o governo português prometeu criar não apenas uma linha de TGV mas toda uma rede de TGV o que aumenta em 400% o custo do projecto em relação a uma simples linha que ligasse o futuro aeroporto de Lisboa a Madrid com um ramal urbano para ligar o Aeroporto ao centro da cidade e outro ramal para ligar a Sines.

Se a simples linha é considerada polémica quanto à sua viabilidade económica, toda esta rede que o governo se propõe fazer é um absurdo, principalmente nesta década cuja dívida portuguesa já atingiu os 100% do PIB e continua a aumentar.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Petróleo está a subir?


Todos os dias leio a notícia de que o petróleo subiu mais uma vez, ainda hoje esteve a 80 dólares o barril mas nos mesmos dias em ouço essa notícia também ouço a notícia de que o Euro subiu, ou se quiserem, que o dólar desceu.

As gasolineiras aproveitam essas notícias da suposta subida do petróleo para aumentar os combustíveis com o pretexto de que o petróleo subiu.

Mas a verdade é que nós não vivemos nos E.U.A, vivemos na Europa e na Europa não há Dólar mas sim Euro.

Se fizermos às contas verificamos que muitas das vezes em que se diz que o petróleo subiu, acaba por se constatar que, em Euros, o petróleo manteve-se inalterado mas como as notícias dizem “petróleo subiu” as gasolineiras aproveitam, infundadamente, para aumentar o preço dos combustíveis.

É de lamentar que os senhores jornalistas não saibam (ou não queiram) fazer contas para dizer se, de facto, houve ou não um aumento do preço do petróleo em Euros.

sábado, 26 de setembro de 2009

Vira o disco e toca o mesmo



Amanhã é o dia das eleições.

Quem me conhece sabe que desde o tempo do Santana Lopes que ando a criticar o governo pelo que se amanhã ganhar o PSD passarei a criticar o PSD pois não me interessa qual a cor partidária que nos governa, o que me interessa é chamar a atenção para os desgovernos de quem nos governa.

Eu sempre disse que Marques Mendes tinha um discurso substancial e clarificador mas nunca iria ganhar uma eleição porque não tinha físico para ficar bem na TV, agora veio a Manuela Ferreira Leite que além de não ter físico também não sabe falar, pelo que será mesmo um milagre que o PSD ganhe as eleições.

Quanto ao José Sócrates nunca vi um político tão bem falante e charmoso, apenas superado pela asfixia democrática que se tem vivido desde que ele é governo em que tentaram e em alguns casos conseguiram “fazer a cama” a personalidade como juízes que no pleno uso dos seus direitos e obrigações votaram contra o interesse do PS.

Já para não falar dos casos mediáticos como o da TVI e das suspeitas de escutas a Belém de que tanto se falou nestes últimos dias, sem esquecer os primeiros episódios do professor Charrua que foi demitido apenas porque, em privado, teceu um comentário humorístico e insultuoso contra o José Sócrates ou os casos da polícia e do Ministério da Educação andar a querer saber os nomes dos manifestantes e de quem faz greve.

Ou ainda dos casos menos conhecidos das dezenas de jornalistas que foram perseguidos e processados apenas por fazerem o seu trabalho.

No que à economia diz respeito eu apenas tenho criticado as opções estatizantes (através dos “favores”, subsídios, aumento vertiginoso do endividamento, aumento da despesa e aumento dos impostos) próprias de um governo socialista com as quais não concordo e cujo resultado se mede pela divergência que temos tido com os restantes países desenvolvidos, tornando os portugueses cada vez mais pobres em termos comparativos.

Em relação à honestidade do nosso primeiro-ministro todos conhecemos a forma como chegou a “engenheiro”, o facto de metade da sua família estar acusada ou envolvida em corrupção no caso FreePort e ainda o facto da própria polícia britânica o considerar suspeito de corrupção no mesmo caso. Mesmo que ele seja um santo inocente estas acusações o fragilizam politicamente e devia ter tio o mérito de apenas se recandidatar após a polícia esclarecer essa situação, o que não fez.

Em relação à forma da sua política eu lhe tiro o chapéu pois nunca vi um governante tão profissional a cuidar da sua imagem fazendo transparecer uma competência sem par mas que na verdade, quando se vão ver os resultados, verificamos que essa competência é apenas real no cuidado da sua imagem.

Quanto à extrema-esquerda (CDU e BE) assusta-me o facto de muita gente não conhecer o programa do Bloco de esquerda e ainda assim votar nele apenas porque ele é, tal como o José Sócrates, bem-falante e charmoso. Sem saber que ele defende voltarmos ao PREC pós 25 de Abril onde Portugal ficou de rastos em termos económicos e apenas conseguiu recuperar após Mário Soares ter definido um rumo europeísta que garantia alguma estabilidade e Cavaco Silva ter recuperado a nossa economia apesar de ter errado ao ter aumentado de forma substancial, e para o futuro, as remunerações dos funcionários públicos, criando “O Monstro” de que ele próprio falou.

Mérito seja dado ao José Sócrates porque ele tem vindo a colocar alguma justiça nesse Monstro através da afamada avaliação dos funcionários públicos e da criação do quadro de mobilidade que não mata o Monstro mas aumenta a eficácia dos serviços desde que essa avaliação também sirva para os gestores melhorar os métodos e funcionalidades dos serviços públicos.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Pensionistas pagam mais impostos


http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=1090880&div_id=1730

No início do mandato de José Sócrates eu concordei com muitas das medidas anunciada, na maior parte das vezes não passou de um mero anúncio repetido até a exaustão que acabaram por não se concretizar mas ouve uma medida com a qual eu não concordei que, essa sim, acabou por se concretizar: Todos os pensionistas pagarem imposto, mesmo que só tenham cerca de 500 Euros para viver.

o TGV é um concorrente do avião e não do comboio ou carro




TGV será «o maior fiasco financeiro dos últimos 50 anos»

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=1090828&div_id=1730

Eu sou a favor do TGV mas estou de acordo com este economista da Universidade de Vancouver (Canadá).

O que a notícia não diz é que o projecto tal como o governo PS de José Sócrates quer fazer custa 400% mais do que um projecto menos ambicioso que passasse apenas pelo lado sul do Tejo.

Ora se a necessidade do TGV é questionável, esses 400% são um mero luxo megalómano e ideológico do PS que seriam muito mais necessários na Saúde, Educação e Segurança.

Eu apenas peço aos políticos que não se substituam aos economistas, estes é que sabem se se deve fazer o TGV, quando e em que moldes.

O argumento do PS de que se deve fazer investimento público para sair da crise é correcto mas não foi o que o José Sócrates fez nos últimos 4 anos em que o investimento público caiu consideravelmente.

E para sair da crise o investimento necessário deve ser de retorno rápido e não este megaloprojecto que além de endividar ainda mais o país ainda vai retirar o crédito disponível às empresas e famílias tornando Portugal ainda mais pobre.

Além do investimento público ter diminuído nos últimos 4 anos, ele foi quase todo para a construção de auto-estradas tornando Portugal nos próximos anos num dos países com mais auto-estradas por habitante do planeta. Só Lisboa-Porto vai ter 3 auto-estradas!

Razão tem a Manuela Ferreira Leite em não prometer nada (além do adiamento e reavaliação do TGV) pois este governo tornou a tarefa de governar nos próximos anos muito difícil devido aos compromissos financeiros que contraiu para que os governos futuros paguem a factura.

TGV sim mas apenas quando se puder pagar a ele mesmo!

Afinal o TGV apenas vai beneficiar menos de 2% da população portuguesa: aqueles que actualmente apanham o avião para Madrid. (o TGV é um concorrente do avião e não do comboio ou carro).


terça-feira, 22 de setembro de 2009

Mais uma investida de José Sócrates contra a liberdade de expressão.



Jornalista escreveu artigo de opinião a criticar primeiro-ministro

Sócrates requer abertura de processo contra jornalista João Miguel Tavares

21.09.2009 - 21h35 PÚBLICO

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1401706&idCanal=61

O primeiro-ministro, José Sócrates, requereu a abertura de instrução do processo que moveu contra o jornalista João Miguel Tavares, noticia hoje o blogue da TSF "Governo Sombra".


O Ministério Público tinha determinado que o processo fosse arquivado, considerando que o artigo de opinião, “José Sócrates, o Cristo da política portuguesa”, publicado no "Diário de Notícias", não ultrapassava os limites da crítica a Sócrates, enquanto figura pública. O primeiro-ministro, ao pedir a abertura de instrução do processo, mostra vontade de continuar com o litígio.

O artigo de 3 de Março deste ano criticava o líder socialista quando este pediu “a decência da vida democrática”, durante a abertura de um congresso. João Miguel Tavares defendeu que Sócrates deveria manter o “mínimo de decoro e recato em matérias de moral”, depois de ser confrontado com as polémicas da sua licenciatura, do Freeport, entre outros casos.

Para o jornalista, ainda mais grave foram as declarações feitas por José Sócrates que insinuavam a sua ilibação automática por ter sido o governante mais votado pelo povo, mantendo uma lógica semelhante à de Fátima Felgueiras ou Valentim Loureiro. Tavares termina o seu texto de opinião comparando o primeiro-ministro ao líder da Venezuela. “Como político e como primeiro-ministro, não faltarão qualidades a José Sócrates. Como democrata, percebe-se agora porque gosta tanto de Hugo Chávez."

Na altura em que o processo foi arquivado o jornalista disse ao PÚBLICO que esperava que a decisão do MP fosse a do arquivamento do processo, já que no passado tinha escrito "coisas mais violentas sobre Pedro Santana Lopes e Manuela Ferreira Leite e que nenhum deles o processou".

O primeiro-ministro já processou nove jornalistas. Cinco são da TVI, três do PÚBLICO e um do DN.

Mais uma investida de José Sócrates contra os Jornalistas e contra a liberdade de expressão.


segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Filme impróprio para pais


http://cinecartaz.publico.pt/filme.asp?id=238597

Fui ver “A Esperança está Onde Menos se Espera” de Joaquim Leitão onde Virgílio Castelo quer ser um José Mourinho honesto num mundo desonesto e acaba por nos tocar no coração com uma história intimista familiar que retrata o amor não correspondido entre um pai e seu filho (como é habitual na adolescência) e DEPOIS o amor entre o filho e o pai.

O filme também retrata, o dia-a-dia duma escola inserida num bairro problemático como muitos que há na grande Lisboa, neste caso a famosa Cova da Moura, escola essa onde o “betinho” do Virgílio Castelo tem que se inserir e mais não digo para não estragar a emoção deste filme.

Aconselho vivamente este filme mas deixo um alerta para os pais de adolescentes ou mesmo crianças pré-puberdade: Levem uma garrafa de água pois arriscam-se a chorar convulsivamente tal é teor da história (contemporânea e actual) e a excelente prestação dos actores onde se destaca Virgílio Castelo num papel secundário (?) mas intenso e digno das melhores escolas mundiais de representação.

A Esperança está Onde Menos se Espera” é um dos melhores melodramas que já vi e Joaquim Leitão tem muito a ensinar às Majores de Hollywood.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O Favor do Estado e os Partidos


Infelizmente as grandes empresas habituaram-se nos últimos anos ao Favor do Estado, quer seja através de subsídios quer seja através de tráfico de influências.

Quem paga é o contribuinte.
(e todos nós somos contribuintes, basta comprar pão para pagar IVA)

Se queremos uma economia saudável, geradora de emprego e riqueza devemos acabar com a cultura Estado-dependência das Empresas.

O Estado não deve mandar na economia, apenas deve regula-la de forma isenta e igual para todos.

As PME’s são as maiores geradoras de emprego em Portugal e, paradoxalmente, são as enteadas num Estado que tem empresas filhas e enteadas.

Mas não se deve ajudar as PME com subsídios pagos pelo contribuinte mas sim com a desburocratização, eliminação de processos, simplificação e eliminação de taxas e impostos injustos como o PEC.

Dos partidos que concordam com esta visão: MMS, PSD, CDS, ND, MEP, PPV, PPM e PNR apenas os dois partidos do centro (CDS e PSD) estão representados no parlamento. Enquanto que a Esquerda Socialista, com maioria na Assembleia (PS), tem a visão contrária: que se deve ajudar as empresas através de favores, tráfico de influências, subsídios, e, no caso da extrema esquerda como o PCTP-MRPP, CDU(PCP), BE, FEH, POUS e PTP (dos quais o CDU e BE estão representados na Assembleia), através de nacionalizações e controlo da economia por decreto à semelhança da extinta União Soviética.

Como neste artigo mencionei a totalidade dos partidos que concorrem nestas eleições legislativas de 2009-09-27 e a maior parte dos Portugueses não os conhece vou passar a identifica-los por grupos segundo a minha impressão dos mesmos (que obviamente pode estar errada):


Extrema Esquerda que acha que se governa por decreto:

- PCTP-MRPP: Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses

- CDU: Partido Comunista Português (PCP), A sigla diz respeito a uma pretensa Coligação cujo nome não me lembro.

- BE: Bloco de Esquerda

- FCH: Frente Ecologia e Humanismo

- POUS: Partido Operário de Unidade Socialista

- PTP: Partido Trabalhista Português.


Esquerda Social Democrática que acredita numa visão Estatizadora da Economia através de Favores (por contraposição de governar por decreto da extrema esquerda):

- PS: Partido Socialista


Esquerda Social Democrática que acredita numa economia de mercado:

- PSD: Partido Social Democrata.

- MMS: Movimento Mérito e Sociedade


Centro Democrático e Social:

- MEP: Movimento Esperança Portugal

- CDS/PP: Centro Democrático e Social / Partido Popular (o Partido Popular é a maioria no Parlamento Europeu mas aqui é o mais pequeno dos partidos representados na Assembleia da república)


Direita conservadora:

- ND: Nova Democracia

- PPV: Portugal Pró-Vida

- PPM: Partido Popular Monárquico (“Deus, Pátria e Rei”)


Extrema-direita:

- PNR: Partido Nacional Renovador.


Quero desde já pedir desculpa aos partidos que se sintam injustiçados por esta ordenação de Esquerda-Direita que fiz mas eu não sou politólogo mas apenas um simples cidadão, com experiência internacional, que tem esta impressão dos 15 partidos que disputam estas eleições.

sábado, 12 de setembro de 2009

Governo deu orientações para votar contra OPA sobre a PT



Em entrevista ao programa Diga Lá Excelência, Belmiro de Azevedo afirma que o Governo de José Sócrates foi responsável pela pior decisão contra a Sonae: o chumbo da Oferta Pública de Aquisição sobre a Portugal Telecom.

Na sequência dessa intromissão do governo no mundo empresarial, a Sonae.com (Clix, etc.) que estava preparada para fazer um grande investimento em Portugal, perdeu a confiança e retraiu-se aplicando o dinheiro no estrangeiro contribuindo ainda mais para a recessão em Portugal por culpa directa deste governo PS de José Sócrates.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A Verdade Fiscal de Portugal Vs Espanha


Em http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=1088093&div_id=1730 a Economista Manuela Ferreira Leite (PSD) diz em relação ao esforço fiscal dos portugueses os seguinte:

«Em 2004, Portugal pagava 18,4% de impostos a mais em relação ao seu nível de vida. Ao passo que a Espanha pagava 13,3% a menos. Em 2008, o contraste foi ainda mais gritante: Portugal pagava 24,8% de impostos a mais, enquanto que Espanha pagava cerca de 20% a menos».

«Enquanto não reduzirmos a carga fiscal, Portugal não vai crescer»

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Mais quatro concessões rodoviárias


http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=1085895&div_id=1730

Segundo o artigo, destes 800 quilómetros 60% é requalificação do que já existe e apenas 10% é Auto-Estrada.

Sendo assim devo louvar esta decisão pois com tanta auto-estrada em construção em Portugal ainda corríamos o risco de apenas ter auto-estradas. Finalmente alguém se lembrou que as estradas de proximidade e acessos também são importantes.

O que já não compreendo é a referência no artigo de que isto se trata de parcerias público-privadas.

Pergunto-me qual a necessidade de haver parceria público-privada para a construção de estradas (ou mesmo de auto-estradas embora compreenda algumas das vantagens) Será que vamos assistir estradas simples a ser gerida como uma SCUT? Será que a Estradas de Portugal não tem capacidade para continuar a gerir estradas como sempre fez?

Compreendo que os meus impostos sirvam para a manutenção da estrada mas será globalmente vantajoso um intermediário?

domingo, 30 de agosto de 2009

TGV Lisboa-Barreiro?!!


http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=1085564&div_id=1728

Foi com espanto que descobri que para o TGV vai ser construída a ponte Lisboa-Barreiro!!! Ainda por cima o concurso acaba este segunda-feira, mesmo antes das eleições. Isto é um roubo descarado à carteira do contribuinte!

Eu sempre defendi que caso se opte por construir uma 3ª travessia rodoviária do Tejo, esta devia ser entre Lisboa e Barreiro para beneficiar o Barreiro no entanto, não faz sentido nenhum construir uma ponte no Barreiro para o TGV ir do Aeroporto de Alcochete para a Gare do Oriente em Lisboa!

Para o comboio que liga o aeroporto de Alcochete a Lisboa ter que ir dar a volta ao Barreiro então mais vale que dê a volta a Almada e venha pela 25 de Abril, desse modo não tem que se gastar não sei quantos milhões e o tempo de percurso é pouco maior com a vantagem de poder parar em mais estações em Lisboa. (Além disso o Barreiro já ficaria ligado por comboio)

Além disso entre Alcochete e Lisboa não é necessário um TGV!!! Basta um comboio urbano, mais barato e com maior frequência. O que nunca foi construído na Portela.

Se o preço do bilhete do TGV é superior ao preço do bilhete de um avião então os portugueses devem ver este projecto apenas como uma alternativa ao avião e não andar a pensar que o TGV deve para em tudo o que é sítio. A única linha que faz sentido é entre o Aeroporto de Alcochete e Madrid, pois os poucos quilómetros entre Alcochete e Lisboa custam uma fortuna que não se justifica pois o dinheiro seria mais bem empregue na Educação e na Saúde por exemplo.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Governo de Sócrates conseguiu reduzir despesa?


http://noticias.pt.msn.com/article.aspx?cp-documentid=148859104

Quando li este título, em vários jornais e telejornais, até fiquei aliviado e pensei: “afinal ao contrário do que vem nos manuais de política económica, este governo conseguiu reduzir a despesa” Mas quando fui ler o artigo na íntegra reparo que o valor considerado não é nem o valor nominal nem o valor real mas sim o valor em percentagem do PIB!!!

Ora, qualquer economista sério dirá que isto não passa de manipulação de números, se queremos ser sérios nesta análise devíamos olhar para o valor real (valor nominal corrigido da inflação).

Portanto, esta notícia não passa de manipulação dos números e vem na orientação que José Sócrates tem defendido em fazer análises em percentagem do PIB em vez de fazer análises em valores reais.

Ora para este estudo ser sério devia ter em consideração os valores reais da despesa do Estado. Só assim é que se pode comparar de um ano para o outro.

Se este estudo fosse até este ano então, usando o mesmo critério da percentagem sobre o PIB, os resultados seriam inversos e o mesmo autor concluiria o contrário: Governo de Sócrates aumentou a despesa.

Portanto este estudo não tem a mínima seriedade e os jornalistas deviam ter mais formação económica antes de darem visibilidade a este mero exercício de manipulação.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

¿Por qué fracasa el comunismo?


Quem tiver tempo agradeço que traduza para português.
("Promedio" significa "média aritmética"):

Un reconocido profesor de economía de la Universidad norteamericana Texas Tech alegó que él nunca había reprobado a uno de sus estudiantes pero que, en una ocasión, tuvo que raspar la clase entera. Cuenta que esa clase le insistió que el comunismo sí funcionaba, que en éste sistema no existían ni pobres ni ricos, sino un igualitarismo total.

El profesor les propuso a sus alumnos hacer un experimento en clase sobre el comunismo: Todas las notas iban a ser promediadas y a todos los estudiantes se les asignaría la misma nota de forma que nadie sería reprobado y nadie sacaría una A.

· Después del primer examen, las notas fueron promediadas y todos los estudiantes sacaron B. Los estudiantes que se habían preparado muy bien estaban molestos y los estudiantes que estudiaron poco estaban contentos.

· Pero, cuando presentaron el segundo examen, los estudiantes que estudiaron poco estudiaron aún menos, y los estudiantes que habían estudiado duro decidieron no trabajar tan duro ya que no iban a lograr obtener una A; y, así, también estudiaron menos. ¡El promedio del segundo examen fue D! Nadie estuvo contento.

· Pero cuando se llevó a cabo el tercer examen, toda la clase sacó F: ¡Raspados todos!

Las notas nunca mejoraron. Los estudiantes empezaron a pelear entre si, culpándose los unos a los otros por las malas notas hasta llegar a insultos y resentimientos, ya que ninguno estaba dispuesto a estudiar para que se beneficiara otro que no lo hacía.

Para el asombro de toda la clase, ¡Todos perdieron el año! Y el profesor les preguntó si ahora entendían la razón del gran fracaso del comunismo.

Es sencillo; simplemente se debe a que el ser humano está dispuesto a sacrificarse trabajando muy duro cuando la recompensa es muy atractiva y justifica el esfuerzo; pero cuando el gobierno quita ese incentivo, nadie va a hacer el sacrificio necesario para lograr la excelencia.

Finalmente, el fracaso será general.

Nota: Winston Churchill, premio Nobel en 1953 dijo al respecto, "es la filosofía del fracaso, el credo de los ignorantes, la predica de la envidia, su misión es distribuir la miseria de forma igualitaria para el pueblo.


sábado, 18 de julho de 2009

Porque é tão difícil simplificar?


Para uma organização (ou Estado) ser mais eficaz por vezes tem que ser menos eficiente, mais simples e desburocratizada, o que a torna mais magra e ágil. No entanto, quando alguém tem soluções para este problema fica completamente esmagado pelos lobbies instituídos, até se convencer que a sua solução é mais um problema do que solução.

Para ilustrar este meu corolário nada melhor do que contar a fábula dos porcos assados:

Certa vez, aconteceu um incêndio num bosque onde havia alguns porcos, que foram assados pelo fogo. Os homens, acostumados a comer carne crua, experimentaram e acharam deliciosa a carne assada. A partir dai, toda vez que queriam comer porco assado, incendiavam um bosque... Até que descobriram um novo método.

Mas o que quero contar é o que aconteceu quando tentaram mudar o SISTEMA para implantar um novo. Fazia tempo que as coisas não iam lá muito bem: as vezes, os animais ficavam queimados demais ou parcialmente crus. O processo preocupava muito a todos, porque se o SISTEMA falhava, as perdas ocasionadas eram muito grandes - milhões eram os que se alimentavam de carne assada e também milhões os que se ocupavam com a tarefa de assa-los. Portanto, o SISTEMA simplesmente não podia falhar. Mas, curiosamente, quanto mais crescia a escala do processo, mais parecia falhar e maiores eram as perdas causadas.

Em razão das inúmeras deficiências, aumentavam as queixas. Já era um clamor geral a necessidade de reformar profundamente o SISTEMA. Congressos, seminários e conferências passaram a ser realizados anualmente para buscar uma solução. Mas parece que não acertavam o melhoramento do mecanismo. Assim, no ano seguinte, repetiam-se os congressos, seminários e conferências.

As causas do fracasso do SISTEMA, segundo os especialistas, eram atribuídas a indisciplina dos porcos, que não permaneciam onde deveriam, ou a inconstante natureza do fogo, tão difícil de controlar, ou ainda as arvores, excessivamente verdes, ou a humidade da terra ou ao serviço de informações meteorológicas, que não acertava o lugar, o momento e a quantidade das chuvas.

As causas eram, como se vê, difíceis de determinar - na verdade, o sistema para assar porcos era muito complexo. Fora montada uma grande estrutura: maquinaria diversificada, indivíduos dedicados exclusivamente a acender o fogo - incendiadores que eram também especializados (incediadores da Zona Norte, da Zona Oeste, etc, incendiadores nocturnos e diurnos - com especialização matutina e vespertina - incendiador de verão, de inverno etc). Havia especialista também em ventos - os anemotécnicos. Havia um director geral de assamento e alimentação assada, um director de técnicas ígneas (com seu Conselho Geral de Assessores), um administrador geral de reflorestamento, uma comissão de treinamento profissional em Porcologia, um instituto superior de cultura e técnicas alimentícias (ISCUTA) e o bureau orientador de reforma igneooperativas.

Havia sido projectada e encontrava-se em plena actividade a formação de bosques e selvas, de acordo com as mais recentes técnicas de implantação - utilizando-se regiões de baixa humidade e onde os ventos não soprariam mais que três horas seguidas.

Eram milhões de pessoas trabalhando na preparação dos bosques, que logo seriam incendiados. Havia especialistas estrangeiros estudando a importação das melhores arvores e sementes, o fogo mais potente etc. Havia grandes instalações para manter os porcos antes do incêndio, alem de mecanismos para deixa-los sair apenas no momento oportuno.

Foram formados professores especializados na construção dessas instalações. Pesquisadores trabalhavam para as universidades para que os professores fossem especializados na construção das instalações para porcos. Fundações apoiavam os pesquisadores que trabalhavam para as universidades que preparavam os professores especializados na construção das instalações para porcos etc.

As soluções que os congressos sugeriam eram, por exemplo, aplicar triangularmente o fogo depois de atingida determinada velocidade do vento, soltar os porcos 15 minutos antes que o incêndio médio da floresta atingisse 47 graus e posicionar ventiladores gigantes em direcção oposta a do vento, de forma a direccionar o fogo. Não é preciso dizer que os poucos especialistas estavam de acordo entre si, e que cada um embasava suas idéias em dados e pesquisas específicos.

Um dia, um incendiador categoria AB/SODM-VCH (ou seja, um acendedor de bosques especializado em sudoeste diurno, matutino, com bacharelado em verão chuvoso) chamado João Bom-Senso resolveu dizer que o problema era muito fácil de ser resolvido - bastava, primeiramente, matar o porco escolhido, limpando e cortando adequadamente o animal, colocando-o então numa armação metálica sobre brasas, até que o efeito do calor - e não as chamas - assasse a carne.

Tendo sido informado sobre as idéias do funcionário, o director geral de assamento mandou chamá-lo ao seu gabinete, e depois de ouvi-lo pacientemente, disse-lhe:

"Tudo o que o senhor disse esta muito bem, mas não funciona na prática. O que o senhor faria, por exemplo, com os anemotécnicos, caso viéssemos a aplicar a sua teoria? Onde seria empregado todo o conhecimento dos acendedores de diversas

especialidades?".

"Não sei", disse João.

"E os especialistas em sementes? Em arvores importadas? E os desenhistas de instalações para porcos, com suas maquinas purificadores automáticas de ar?".

"Não sei" respondeu o João.

"E os anemotécnicos que levaram anos especializando-se no exterior, e cuja formação custou tanto dinheiro ao pais? Vou manda-los limpar porquinhos? E os conferencistas e estudiosos, que ano após ano tem trabalhado no Programa de Reforma e Melhoramentos? Que faço com eles, se a sua solução resolver tudo? Heim?".

"Não sei", repetiu João, encabulado.

"O senhor percebe, agora, que a sua idéia não vem ao encontro daquilo de que necessitamos? O senhor não vê que se tudo fosse tão simples, nossos especialistas já teriam encontrado a solução há muito tempo atrás? O senhor, com certeza, compreende que eu não posso simplesmente convocar os anemotécnicos e dizer-lhes que tudo se resume a utilizar brasinhas, sem chamas! O que o senhor espera que eu faça com os quilómetros e quilómetros de bosques já preparados, cujas arvores não dão frutos e nem tem folhas para dar sombra? Vamos, diga-me?".

"Não sei, não, senhor".

"Diga-me, nossos três engenheiros em Porcopirotecnia, o senhor não considera que sejam personalidades científicas do mais extraordinário valor?".

"Sim, parece que sim".

"Pois então. O simples fato de possuirmos valiosos engenheiros em Porcopirotecnia indica que nosso sistema é muito bom. O que eu faria com indivíduos tão importantes para o país?"

"Não sei".

"Viu? O senhor tem que trazer soluções para certos problemas específicos - por exemplo, como melhorar as anemotécnicas actualmente utilizadas, como obter mais rapidamente acendedores de Oeste (nossa maior carência) ou como construir instalações para porcos com mais de sete andares. Temos que melhorar o sistema, e não transforma-lo radicalmente, o senhor, entende? Ao senhor, falta-lhe sensatez!".

"Realmente, eu estou perplexo!", respondeu João.

"Bem, agora que o senhor conhece as dimensões do problema, não saia dizendo por ai que pode resolver tudo. O problema é bem mais sério e complexo do que o senhor imagina. Agora, entre nós, devo recomendar-lhe que não insista nessa sua idéia - isso poderia trazer problemas para o senhor no seu cargo. Não por mim, o senhor entende. Eu falo isso para o seu próprio bem, porque eu o compreendo, entendo perfeitamente o seu posicionamento, mas o senhor sabe que pode encontrar outro superior menos compreensivo, não é mesmo?".

João Bom-Senso, coitado, não falou mais um "a". Sem despedir-se, meio atordoado, meio assustado com a sua sensação de estar caminhando de cabeça para baixo, saiu de fininho e ninguém nunca mais o viu.

(se souberem o autor desta fábula, digam-me para lhe dar o devido crédito).

terça-feira, 7 de julho de 2009

Conversa entre um Espanhol e um Português:





Segunda-feira passada, a meio da tarde, faço a A-6, em direcção a Espanha e na companhia de uma amiga estrangeira; quarta-feira de manhã, refaço o mesmo percurso, em sentido inverso, rumo a Lisboa. Tanto para lá como para cá, é uma auto-estrada luxuosa e fantasma. Em contrapartida, numa breve incursão pela estrada nacional, entre Arraiolos e Borba, vamos encontrar um trânsito cerrado, composto esmagadoramente por camiões de mercadorias espanhóis. Vinda de um país onde as auto-estradas estão sempre cheias, ela está espantada com o que vê:

- É sempre assim, esta auto-estrada?

- Assim, como?

- Deserta, magnífica, sem trânsito?

- É, é sempre assim.

- Todos os dias?

- Todos, menos ao domingo, que sempre tem mais gente.

- Mas, se não há trânsito, porque a fizeram?

- Porque havia dinheiro para gastar dos Fundos Europeus, e porque diziam que o desenvolvimento era isto.

- E têm mais auto-estradas destas?

- Várias e ainda temos outras em construção: só de Lisboa para o Porto, vamos ficar com três. Entre S. Paulo e o Rio de Janeiro, por exemplo, não há nenhuma: só uns quilómetros à saída de S. Paulo e outros à chegada ao Rio. Nós vamos ter três entre o Porto e Lisboa: é a aposta no automóvel, na poupança de energia, nos acordos de Quioto, etc. - respondi, rindo-me.

- E, já agora, porque é que a auto-estrada está deserta e a estrada nacional está cheia de camiões?

- Porque assim não pagam portagem.

- E porque são quase todos espanhóis?

- Vêm trazer-nos comida.

- Mas vocês não têm agricultura?

- Não: a Europa paga-nos para não ter. E os nossos agricultores dizem que produzir não é rentável.

- Mas para os espanhóis é?

- Pelos vistos...

Ela ficou a pensar um pouco e voltou à carga:

- Mas porque não investem antes no comboio?

- Investimos, mas não resultou.

- Não resultou, como?

- Houve aí uns experts que gastaram uma fortuna a modernizar a linha Lisboa-Porto, com comboios pendulares e tudo, mas não resultou.

- Mas porquê?

- Olha, é assim: a maior parte do tempo, o comboio não 'pendula'; e, quando 'pendula', enjoa de morte. Não há sinal de telemóvel nem Internet, não há restaurante, há apenas um bar infecto e, de facto, o único sinal de 'modernidade' foi proibirem de fumar em qualquer espaço do comboio. Por isso, as pessoas preferem ir de carro e a companhia ferroviária do Estado perde centenas de milhões todos os anos.

- E gastaram nisso uma fortuna?

- Gastámos. E a única coisa que se conseguiu foi tirar 25 minutos às três horas e meia que demorava a viagem há cinquenta anos...

- Estás a brincar comigo!

- Não, estou a falar a sério!

- E o que fizeram a esses incompetentes?

- Nada. Ou melhor, agora vão dar-lhes uma nova oportunidade, que é encherem o país de TGV: Porto-Lisboa, Porto-Vigo, Madrid-Lisboa... e ainda há umas ameaças de fazerem outro no Algarve e outro no Centro.

- Mas que tamanho tem Portugal, de cima a baixo?

- Do ponto mais a norte ao ponto mais a sul, 561 km.

Ela ficou a olhar para mim, sem saber se era para acreditar ou não.

- Mas, ao menos, o TGV vai directo de Lisboa ao Porto?

- Não, pára em várias estações: de cima para baixo e se a memória não me falha, pára em Aveiro, para os compensar por não arrancarmos já com o TGV deles para Salamanca; depois, pára em Coimbra para não ofender o prof. Vital Moreira, que é muito importante lá; a seguir, pára numa aldeia chamada Ota, para os compensar por não terem feito lá o novo aeroporto de Lisboa; depois, pára em Alcochete, a sul de Lisboa, onde ficará o futuro aeroporto; e, finalmente, pára em Lisboa, em duas estações.

- Como: então o TGV vem do Norte, ultrapassa Lisboa pelo sul, e depois volta para trás e entra em Lisboa?

- Isso mesmo.

- E como entra em Lisboa?

- Por uma nova ponte que vão fazer.

- Uma ponte ferroviária?

- E rodoviária também: vai trazer mais uns vinte ou trinta mil carros todos os dias para Lisboa.

- Mas isso é o caos, Lisboa já está congestionada de carros!

- Pois é.

- E, então?

- Então, nada. São os especialistas que decidiram assim.

Ela ficou pensativa outra vez. Manifestamente, o assunto estava a fasciná-la.

- E, desculpa lá, esse TGV para Madrid vai ter passageiros? Se a auto-estrada está deserta...

- Não, não vai ter.

- Não vai? Então, vai ser uma ruína!

- Não, é preciso distinguir: para as empresas que o vão construir e para os bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é que vai ser uma ruína - aliás, já admitida pelo Governo - porque, de facto, nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o justificar.

- E quem paga os prejuízos da exploração: as empresas construtoras?

- Naaaão! Quem paga são os contribuintes! Aqui a regra é essa!

- E vocês não despedem o Governo?

- Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com Espanha foi a oposição, quando era governo...

- Que país o vosso! Mas qual é o argumento dos governos para fazerem um TGV que já sabem que vai perder dinheiro?

- Dizem que não podemos ficar fora da Rede Europeia de Alta Velocidade.

- O que é isso? Ir em TGV de Lisboa a Helsínquia?

- A Helsínquia, não, porque os países escandinavos não têm TGV.

- Como? Então, os países mais evoluídos da Europa não têm TGV e vocês têm de ter?

- É, dizem que assim entramos mais depressa na modernidade.

Fizemos mais uns quilómetros de deserto rodoviário de luxo, até que ela pareceu lembrar-se de qualquer coisa que tinha ficado para trás:

- E esse novo aeroporto de que falaste, é o quê?

- O novo aeroporto internacional de Lisboa, do lado de lá do rio e a uns 50 quilómetros de Lisboa.

- Mas vocês vão fechar este aeroporto que é um luxo, quase no centro da cidade, e fazer um novo?

- É isso mesmo. Dizem que este está saturado.

- Não me pareceu nada...

- Porque não está: cada vez tem menos voos e só este ano a TAP vai cancelar cerca de 20.000. O que está a crescer são os voos das low-cost, que, aliás, estão a liquidar a TAP.

- Mas, então, porque não fazem como se faz em todo o lado, que é deixar as companhias de linha no aeroporto principal e chutar as low-cost para um pequeno aeroporto de periferia? Não têm nenhum disponível?

- Temos vários. Mas os especialistas dizem que o novo aeroporto vai ser um hub ibérico, fazendo a trasfega de todos os voos da América do Sul para a Europa: um sucesso garantido.

- E tu acreditas nisso?

- Eu acredito em tudo e não acredito em nada. Olha ali ao fundo: sabes o que é aquilo?

- Um lago enorme! Extraordinário!

- Não: é a barragem de Alqueva, a maior da Europa.

- Ena! Deve produzir energia para meio país!

- Praticamente zero.

- A sério? Mas, ao menos, não vos faltará água para beber!

- A água não é potável: já vem contaminada de Espanha.

- Já não sei se estás a gozar comigo ou não, mas, se não serve para beber, serve para regar - ou nem isso?

- Servir, serve, mas vai demorar vinte ou mais anos até instalarem o perímetro de rega, porque, como te disse, aqui acredita-se que a agricultura não tem futuro: antes, porque não havia água; agora, porque há água a mais.

- Estás a dizer-me que fizeram a maior barragem da Europa e não serve para nada?

- Vai servir para regar campos de golfe e urbanizações turísticas, que é o que nós fazemos mais e melhor.

Apesar do sol de frente, impiedoso, ela tirou os óculos escuros e virou-se para me olhar bem de frente:

- Desculpa lá a última pergunta: vocês são doidos ou são ricos?

- Antes, éramos só doidos e fizemos algumas coisas notáveis por esse mundo fora; depois, disseram-nos que afinal éramos ricos e desatámos a fazer todas as asneiras possíveis cá dentro; em breve, voltaremos a ser pobres e enlouqueceremos de vez.

Ela voltou a colocar os óculos de sol e a recostar-se para trás no assento. E suspirou:

- Bem, uma coisa posso dizer: há poucos países tão agradáveis para viajar como Portugal! Olha-me só para esta auto-estrada sem ninguém!