sábado, 28 de novembro de 2009

Governo acusa oposição de despesismo?!!





Hoje foi um dia histórico em que o CDS conseguiu aprovar a extinção do Pagamento Especial por Conta, a redução do Pagamento por Conta e obrigar o Estado a devolver o IVA a tempo e horas e com juros em caso de mora, e o PSD conseguiu adiar o novo código contributivo que era um aumento encapotado de impostos sob a forma de encargos com a Segurança Social.

O Pagamento por Conta e o Pagamento Especial por Conta são 2 impostos injustos que foram criados com o objectivo de serem temporários e ficaram eternos: o Pagamento por Conta é um pagamento que as empresas fazem ao Estado por eventuais lucros futuros tendo em conta os lucros passados, e o Pagamento Especial por Conta é um pagamento cego que todas as empresas fazem mesmo que não tenham lucro.

O governo apesar de ter prometido que não aumentava os impostos em 2010 devido à actual crise que não permite novos aumentos de impostos (e que pelo contrário exige injecção de liquidez na economia), mesmo assim o governo preparava-se para voltar a aumentar os custos do trabalho com o novo código contributivo (apesar de também ter algumas vantagens anunciadas em termos de diminuição da precariedade).

- Com a extinção do PEC vai haver menor receita mas justa e injecção de liquidez na economia.
- Com a redução do Pagamento por Conta não vai haver redução de imposto, apenas um adiamento do mesmo o que também é uma injecção de liquidez na economia.
- Com a devolução do IVA a tempo e horas (em 30 dias) não vai haver redução de imposto, apenas maior justiça e injecção de liquidez na economia.
- Com o adiamento do novo código contributivo poupa-se muitos empregos pois esse aumento de imposto encapotado neste momento iria levar a maior desemprego, apesar do código em si mesmo ser bom mas a altura actual para o aplicar não é a mais indicada.

Estas medidas aprovadas hoje na Assembleia da República custam muito menos que as grandes obras públicas e fazem muito mais pela economia real.

Além disso, no caso da extinção do imposto injusto e cego que era o PEC vai haver uma redução de imposto de apenas 300 mil Euros o que aumenta (embora ligeiramente) a pressão para o governo cortar na despesa.

E o governo, sob a voz de Jorge Lacão ainda tem a lata de dizer que estas medidas são despesismo?!!

É claro que Jorge Lacão também se estava a referir a propostas futuras do BE/PCP (Reformas antecipadas sem penalização) e do PSD (redução de 2% na Taxa Social Única). Destas a do PSD seria apenas uma redução de impostos e a do BE/PCP seria uma despesa do Estado para um fim meramente populista.

Eu da minha parte considero que a proposta do BE/PCP poderia ser substituída com vantagem por um aumento do tempo do subsídio de desemprego em função dos anos de desconto, assim apenas se dava o subsídio a quem mais precisa. Quanto a reformas antecipadas sem penalização apenas aceito nos casos de incapacidade comprovada pela junta médica.

Palavra de contribuinte.

sábado, 21 de novembro de 2009

Portugal precisa de menos Estado.


Nouriel Roubini, o economista que em 2006 previu a actual crise está em Lisboa onde afirmou que Portugal NECESSITA de MENOS ESTADO.

De facto nos últimos 10 anos o Estado tem crescido assustadoramente e no último governo se perdeu uma oportunidade para se implementar as reformas necessárias, conseguindo-se apenas a reforma da Segurança Social no capítulo da aposentação pois a mesma só vai doer dentro de alguns anos e por isso foi fácil de a fazer.

Educação, Justiça, Arrendamento urbano, Saúde e Segurança Social para os empregados e empresários são reformas urgentíssimas que não se fizeram, apenas se anunciaram.

Enegia e Negócios

Em Energia e negócios o Eng. Pinto de Sá fala essencialmente em:



 

- Como estamos caminhando para um grande apagão nacional e mesmo ibérico devido à forma descuidada como estamos a construir a nossa rede energética renovável (Eólica + mini-hidricas de acumulação eólica)


- Custo desproporcionado desta solução.

- Corrupção, embora não o diga abertamente.

- Aumento do custo de vida dos portugueses devido ao custo da electricidade (e diminuição da competitividade acrescento eu).

- Custo semelhante ao TGV a pagar na factura da luz, pois os privados apenas estão a fazer este investimento porque tiveram o compromisso do estado de o mesmo ser incorporado na factura ao consumidor.

- O pior país em termos de normativos para assegurar que não haverá apagões devido à opção Eólica é Portugal logo seguido de Espanha, daí um apagão nacional poder provocar também um apagão espanhol se Espanha tentar ajudar, pois apenas a França teria capacidade para auxiliar Portugal em caso de apagão mas a rede espanhola não conseguiria fazer o transporte.

- O melhor país em termos normativos é a Alemanha que também está a apostar nas energias renováveis mas estão a fazer as coisas de modo a evitar um apagão no futuro.

- A forma como o governo não implementou uma directiva Europeia sobre este assunto, que o IST (Instituto Superior Técnico) teve o cuidado de pôr em termos técnicos/práticos, inspirados nas normas Alemãs, e que o governo não seguiu.




Ler também: Os apagões, o nuclear e as eólicas em http://a-ciencia-nao-e-neutra.blogspot.com/2009/11/os-apagoes-o-nuclear-e-as-eolicas.html

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Aumento salarial ou eleitoralismo?





Enquanto que no sector privado se tem visto uma diminuição dos salários, através do congelamento, cortes das horas extraordinárias e outros cortes, a função pública teve este ano de campanha eleitoral um estrondoso aumento base de 3% num ano de crise com inflação zero ou deflação.

Agora o governo prepara-se para voltar a aumentar os salários da função pública apesar de a inflação ser negativa.

Como se pode observar ainda não saímos nem vamos sair da campanha eleitoral pois estes presentes eleitoralistas apenas deviam acontecer em ano de eleições mas, pelos vistos enquanto não houver nova eleição teremos consecutivos anos de eleições. Arriscamo-nos a ter 4 anos de eleitoralismo a juntar aos últimos 3 anos. Assim ficamos com 7 anos de eleitoralismo seguidos onde não se faz uma única reforma.

Não há país que aguente!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

SEF multa empresas por contratarem imigrantes ilegais




Em Portugal a política de imigração resume-se a isto: negar o trabalho aos imigrantes ilegais empurrando-os assim para a marginalidade e crime.

Em vez de aproveitar o facto destes imigrantes estarem a trabalhar para se legalizarem, obrigam as empresas, através de multas, a despedi-los mas depois não há qualquer continuidade desta política xenófoba ficando os imigrantes num limbo cuja saída acaba por ser a marginalidade.

O Estado em vez de ter esta política xenófoba e desumana devia legalizar os imigrantes que tem trabalho e repatriar, negando-lhe futuros vistos de turismo durante alguns anos, os imigrantes ilegais apanhados na criminalidade. Isto sim seria uma política de integração e humanidade.

Outro facto que quero denunciar é que os filhos de estrangeiros, mesmo que tenham nascido em Portugal, continuam a ser considerados estrangeiros e, por isso, sem direito a frequentar a escola pública. Pode haver algo mais xenófobo e desumano do que isto?
Pode e também acontece em Portugal: por lei também não tem direito a serviços de saúde por serem estrangeiros.

O que lhes vale é que nem as escolas nem os hospitais cumprem a lei mas arriscam-se a serem multados por serem bons samaritanos.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

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ECONOMIA

Antigo governante lança críticas ao Governo

Medina Carreira: agricultura é que nos vai tirar da crise

2009/11/03   21:32Rita Leça


Economia de mercado livre e aposta no sector primário são as propostas do ex-ministro das Finanças para salvar Portugal 
Para Medina Carreira, ex-ministro das Finanças, só há uma solução para Portugal: «temos de investir nas batatas e nos legumes. Só através do investimento no sector primário e secundário, para exportar, conseguiremos sair da crise». 

O antigo governante falou durante a apresentação do seu livro «Portugal que futuro» e foi, mais uma vez, crítico das políticas governativas. Para o economista vivemos num «ciclo de endividamento e défice crónico» e de onde só há uma saída possível: «aumentar a produção para criar riqueza».

Para isso é preciso «criar uma economia de mercado livre» e guardar «todo o dinheiro que nos emprestam» para combater o endividamento, em vez de o esbanjar.

«Neste momento, cada português deve 16 mil euros, mas daqui a cinco anos deverá muito mais», exemplificou o economista.

Situação do país é uma bomba-relógio 

Opção contrária foi a tomada pelo actual Governo. Segundo o ex-ministro das Finanças, o programa do PS «não altera nada» de essencial. «Só aposta nas obras públicas. Com mais auto-estradas só vamos criar condições para fugir daqui».

«Outra preocupação é os homossexuais. Se andarmos preocupados com os homossexuais quando o país está a morrer, nem eles sobrevivem», ironizou o economista.

Neste sentido, Portugal «caminha para situação financeira cada vez mais desequilibrada», o que, «em certa medida, se torna numa bomba-relógio».

Ex-ministro apela a entendimento entre PS e PSD

Por isso, o economista alerta que «é preciso criar um entendimento entre os dois principais partidos políticos», embora considere que «nem os activos políticos nem os inactivos sabem alguma coisa».

Mas, Medina Carreira vai mais longe e põe em causa o futuro da democracia em Portugal. «Se os políticos continuarem a fazer política apenas para hoje e amanhã o regime republicano vai ter um fim muito desagradável».

Nessa óptica de descrença, o ex-governante afasta qualquer candidatura ao cargo de Presidente da República. «O Presidente hoje não tem poder para mudar nada. Pode dissolver a Assembleia da República mas é raro, pode dirigir mensagens ao Parlamento, mas o actual não o faz», respondeu o antigo ministro aos jornalistas.


Comentário do Wilson:
Muito bem Medina Correia, é necessário quem diga “O Rei vai nu”, o problema é que não há pessoas competentes que queiram governar ou dar o seu contributo para o bem do país, quase todos estão lá pelo tacho actual e pelo tacho que vão ter a seguir.