quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

PGR abre processo disciplinar a procuradores do Freeport

"Em causa estará a alegada violação do dever de lealdade, face a determinadas observações, nomedamente as referência às perguntas que ficaram por fazer, no despacho final do Freeport."

http://www.publico.pt/Sociedade/pgr-abre-processo-disciplinar-a-procuradores-do-freeport_1472981

Na minha humilde opinião o dever de lealdade dos procuradores é, ou devia ser, para com a verdade e não para com colegas ou superiores.

Infelizmente estamos num país onde o “dever de lealdade” é mais importante do que a competência ou, neste caso, a verdade.

Pedro Sousa, Massamá. 29.12.2010 23:50, diz que:

«neste país chegará a altura que quem trabalha honradamente será preso e os criminosos condecorados.»

Eu discordo do Pedro Sousa no que ao tempo diz respeito, ele fala num hipotético futuro, eu acho que o que ele diz já é verdade hoje.
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domingo, 14 de novembro de 2010

Bancarrota: um pouco de história.

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Nos últimos 200 anos houve 70 bancarrotas no planeta.


Na Europa há 4 ovelhas negras: Espanha faliu 14 vezes, Portugal 7 vezes, França 4 vezes e Alemanha 2 vezes: uma vez em cada uma das 2 Grandes Guerras.
 
 
o texto seguinte foi retirado de:
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/falencia-bancarrota-fmi-crise-agencia-financeira/1208356-1730.html e http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/falencia-bancarrota-crise-agencia-financeira/1208357-1730.html

Ao contrário do que possa pensar, a bancarrota de um país não é uma coisa lá muito rara. Em média, a cada ano que passa, há um país que entra em falência, ou seja, fica sem dinheiro para pagar as dívidas. Em pouco mais de 200 anos registaram-se 290 crises bancárias e 70 bancarrotas. Dizemos-lhe o que aconteceu nos países por onde o Fundo Monetário Internacional (FMI) já passou.

A vizinha Espanha é uma habitué nestas andanças. Em 200 anos faliu 14 vezes, sete das quais no século XIX, mas estreou-se há muito mais tempo: a primeira vez que decretou falência foi em 1557.

Na altura, como agora, a dívida da Espanha era elevada, os juros demasiado elevados para suportar e D. Filipe II mandou confiscar todas as mercadorias valiosas que chegassem aos portos. A família real também teve de «apertar o cinto»: ficou sem o mestre limpador de dentes e o especialista em álgebra e o jantar foi reduzido de dez para seis pratos.

Reincidente é também a França, que em menos de cem anos foi quatro vezes à bancarrota.

A Alemanha também nem sempre foi a «menina bonita» da Europa. Faliu a seguir às duas guerras mundiais. Nos anos 20 um café chegou a custar quase 70 euros e o preço duplicava em poucos minutos.

Portugal já faliu várias vezes e conhece bem o FMI

Portugal também já faliu por sete vezes. Em 1891, a crise foi desencadeada com a falência de dois bancos importantes (o Banco do Povo e o Banco Lusitano). D. Carlos nomeou na altura José Dias Ferreira, bisavô de Manuela Ferreira Leite, para liderar o Governo. Também na altura a função pública sofreu na pele o aperto do cinto: os salários caíram 20%. Portugal ficou 10 anos sem conseguir financiamento externo e um dos primeiros cortes foi nas obras públicas (na altura na construção das vias férreas).

Em 1976 a falência voltou a estar iminente. Mário Soares, na altura à frente dos destinos do país, pediu dinheiro emprestado à Alemanha. Em vez de uma transferência bancária, recebeu um avião a meio da noite.

Na década de 80, viu-se forçado a negociar um empréstimo com o FMI. Mais uma vez liderado por Mário Soares e Mota Pinto, e com Ernâni Lopes como ministro das Finanças, os portugueses tiveram de enfrentar uma forte desvalorização do escudo, o disparo da inflação para quase 30%, o aumento dos impostos e o crescimento do desemprego.

O mau exemplo da Argentina

O caso da Argentina tem quase 10 anos e é dos mais negros. A intervenção do FMI foi um fracasso. O país seguiu as recomendações do Fundo (cortes orçamentais e aumentos de impostos) e com isso foi-se afundando. No final de 2001, as coisas pioraram exponencialmente quando o FMI negou um novo financiamento ao país. À revolta social juntou-se a queda do Governo e a bancarrota. Na altura os argentinos deixaram as suas casas com todo o seu dinheiro e foram depositá-lo nos bancos do Uruguai, o paraíso fiscal na América Latina. O governo congelou o acesso às contas bancárias, limitando os levantamentos a cerca de 200 euros por pessoa por semana. Sem dinheiro, começou a violência nas ruas, a pobreza duplicou, atingindo quase metade da população e a fome espalhou-se. O Governo parou de emitir passaportes porque não tinha dinheiro para os imprimir.

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A Islândia foi o primeiro país a falir com a crise financeira recente. Com a moeda local, a krona, a cair a pique, o desemprego a triplicar e com os maiores bancos do país falidos, os levantamentos em moeda estrangeira ficaram limitados: só eram permitidos a quem fosse viajar, mediante exibição do bilhete, ou a quem precisasse do dinheiro para bens essenciais, como alimentos e medicamentos. Para os restantes europeus, a queda do custo de vida islandês para metade foi uma oportunidade para fazer turismo no país dos glaciares. O preço da cerveja caiu para metade.

A crise do Dubai foi rápida, mas atingiu o mundo como um terramoto. Em 2008, o Governo anunciou que não conseguiria pagar a sua dívida de 60 mil milhões de euros e o mundo percebeu que um dos países mais ricos e luxuosos do mundo também era, afinal, vulnerável. Muitos empresários e gestores perderam o emprego nessa altura e abandonaram o país. Milhares de carros de luxo foram abandonados nas ruas e junto ao aeroporto com a chave na ignição, sendo mais tarde leiloados pelo emirado a preços de saldo. Milhares de cartões de crédito foram devolvidos aos bancos e as casas ficaram infinitamente mais baratas.

A Grécia é o caso mais recente e o mais caro. O valor que os países europeus e o FMI acordaram emprestar é o mais elevado jamais aplicado para salvar um país. O Governo cortou os subsídios de férias e Natal à função pública e pensionistas, a idade da reforma aumentou e os impostos também, sobretudo para bens supérfluos como cigarros, álcool ou jóias. A Grécia também não é uma estreante nestas andanças: em 1826 foi à falência e ficou sem crédito internacional por mais de meio século.

Mas nem só de Europa se escrevem as páginas mais recentes da história das falências. Em 2008, o Paquistão também entrou em incumprimento. Sem dinheiro para pagar aos credores por mais de mês e meio, tomou medidas drásticas como desligar a electricidade 12 horas por dia. No mesmo ano, também o Zimbabué foi à bancarrota, abalado por um surto de cólera. Fome, falta de água potável, uma taxa de desemprego de 80% e uma inflação de 66.000% explicam as dificuldades.

Da Rússia com amor

A Rússia também se inclinou perigosamente sobre a bancarrota no fim da década passada, quando a privatização de empresas se fazia em massa (em média 800 empresas por mês) e o poder de compra caiu para metade. A bolsa russa mergulhou no abismo e a negociação teve de ser suspensa, quando o índice caía 65%. O Governo suspendeu os pagamentos a credores durante três meses e a inflação subiu 80% nesse ano.
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sábado, 13 de novembro de 2010

0.4% e o FMI

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O facto de o INE ter divulgado uma boa notícia (crescimento no último trimestre acima do esperado) um dia depois do último leilão do ano da dívida no mercado primário, faz-me acreditar ainda mais que este governo tem uma agenda política contrária aos interesses de Portugal.
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"afastamento voluntário" de Sócrates é essencial para sair da crise

http://noticias.pt.msn.com/Economia/article.aspx?cp-documentid=155233480

Sim concordo mas não devemos cometer os mesmos erros que cometemos com a saída de Durão Barroso. Eu acho que a melhor solução, até para tranquilizar os mercados, seria promover o ministro das finanças a primeiro ministro e este formar novo governo onde o novo ministro das finanças seja um economista reputado e independente ou, caso se trate de um governo de Salvação Nacional ou Bloco Central, da oposição.
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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

7% e o FMI

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Se não viesse o FMI (através do Fundo de Estabilização Europeu) teríamos eleições por volta de Junho de 2011 pois parece-me claro que este governo não tem condições de credibilidade para continuar a governar e só se mantêm artificialmente no poder porque a constituição impede o Presidente de dissolver agora a Assembleia e qualquer outra solução governativa não seria solução duradoira.


Estamos a 9 de Novembro de 2010, ou seja ainda falta mais de 1 mês para acabar o ano. No entanto o governo decidiu colocar a leilão hoje a totalidade das necessidades de financiamento previsto até o final do ano, numa altura em que se previa a subida das taxas de juro devido às declarações da Chanceler Alemã Angela Merkel.

Obviamente que o resultado só podia ser este: atingiu-se os 7% de taxa de juros que o ministro das finanças disse como sendo o limite a partir do qual viria o FMI.

Se é verdade que o governo tinha mais tempo para dividir este leilão então parece-me obvio que é o governo quem quer o FMI aqui.

Percebo perfeitamente que o governo queira o FMI aqui, o que não percebo e repudio é que diga uma coisa e faça o seu oposto.

Será isto uma manobra para tentar continuar estar agarrado ao Poder?

De facto, se nada for feito de forma estrutural urgentemente Portugal abrirá falência até 2015 e nas propostas do Governo para 2011 não há nada estrutural.

Se o FMI vier para nos ajudar a pôr em prática as reformas estruturais que este governo não conseguiu fazer (apesar de ter tido maioria absoluta) então que venha! Não percebo porque é que o Sócrates e outras pessoas andam a diabolizar o FMI.

É claro que num mundo perfeito não seria necessário vir os estrangeiros ensinar-nos a governar.
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sábado, 6 de novembro de 2010

MINEIROS SOTERRADOS EM ALJUSTREL

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UM GRUPO DE 33 MINEIROS PORTUGUESES FICOU ENTERRADO, A 700 METROS DE PROFUNDIDADE, EM PLENA MINA DE ALJUSTREL.


1) Cria-se uma comissão para iniciar as tarefas de resgate, integrada por 20 membros do PS e 19 da oposição. Cada membro contará por sua vez com 5 assessores, dois secretários e um motorista. As tarefas demoram porque não se consegue quórum para reunir e logo não há acordo para designar o Presidente e os vogais da Comissão.

2) O Primeiro-Ministro inteira-se desde logo da situação, e fala ao País, na RTP, afirmando que o acidente foi provocado pela crise internacional e pelo nervosismo dos mercados. Ao mesmo tempo, pergunta se não teriam encontrado no fundo da mina o seu certificado de habilitações como Engº Civil, já que ninguém o conseguiu ver até hoje...

3) Uma Informação prestada pelo Ministro Jorge Lacão assegura que a profundidade não é tanta, trata-se da imaginação da oposição para criticar o governo, uma vez que pelos cálculos governamentais são no máximo 200m.

4) Não há fundos para as tarefas de resgate pelo que será criada uma taxa específica para esta operação. Suspeita-se que a taxa seja cobrada nos próximos quinze anos.

5) Para além desta taxa, solicita-se um fundo patriótico para o restante, proveniente do Fundo de Pensões das Companhias de Seguros. Para a boa gestão dos fundos e como o túnel é uma Obra Pública é nomeado Mário Lino.

6) OS EUA emprestam a grua de resgate, que desembarca em Vigo, devido às suas dimensões, mas esta não chega a entrar em Portugal porque, na fronteira, a SCUT está com barreiras de utentes em protesto pelo pagamento de portagens.

7) Uma vez libertada a grua pelo Corpo de Intervenção da PSP, a alfândega dá logo ao fim de 120 dias a autorização para a importação da grua mediante o pagamento prévio de umas caixas de robalo ao Dr. Armando Vara, nomeado pelo Governo como Presidente da Fundação para o Auxílio aos Mineiros.

8) A grua não pode chegar à mina porque o condutor pertence ao sindicato dos operadores portuários e a grua tendo 4 rodas deve ser conduzida por um motorista de pesados e sob a supervisão dos inspectores do Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT). No entanto, como este Instituto está em reestruturação, não pode nomear os inspectores pois ainda não fazem parte do seu quadro.

9) Entretanto, o Prós e Contras da RTP dá instruções para trazerem um mineiro para o programa, mas a TVI oferece mais para o ter na Casa dos Segredos. Em consequência, gera-se um grande problema entre a Prisa, o Governo e a PT.

10) Finalmente consegue-se fazer chegar uma mini câmara de TV ao fundo da mina mas não se conseguem ver os mineiros. A Câmara só transmite Manuel Luís Goucha e Futebol.

11) A grua consegue chegar ao fim de mais dois meses à mina porque a IMTT teve de solicitar vários pareceres externos para definir o procedimento de atribuição da matrícula para a grua poder circular. A GNR-BT tinha-a apreendido por circular sem a documentação necessária, mas entretanto o Governo interpôs uma providência cautelar para libertar a grua em tempo útil.

12) Jerónimo de Sousa anuncia que os mineiros pertencem ao PCP e por isso o governo está a protelar o seu salvamento para não participarem nas eleições para a Presidência da República.

13) O Bloco de Esquerda repudia a grua por ser de fabrico americano, não se podendo tolerar a sua utilização enquanto continuar o massacre americano em Bagdad e Kabul.

14) Finalmente chega a Grua e começa a fazer descer a cápsula mas o cabo parte-se. O DIAP investiga irregularidades na compra do material mas não consegue ouvir os responsáveis. O Tribunal de Contas descobre que se comprou o cabo de pior qualidade mas que se pagou o preço dum modelo revestido a ouro. O dossier chega ao PGR que ordena o urgente arquivamento de todo o processo. O Conselho de Magistratura pede a revisão do arquivamento para o Supremo Tribunal solicitando a destituição do Ministro da Justiça.

15) Chega uma ordem para que se detenha o resgate até que cheguem ao local os gorros e casacos que os mineiros terão de vestir antes de chegar à superfície. Tem escrito a legenda: "Viva José Sócrates!".

16) Finalmente ao fim de dois anos e meio resgata-se o primeiro mineiro.

Surpresa mundial: era o único que ia trabalhar, os restantes 32 eram beneficiários do RSI e tinham ido à mina para justificar o seu recebimento.

17) O mineiro resgatado lê o jornal com as notícias sobre o OE e no final pede que o devolvam aos 700 metros de profundidade.

Afirma que a vida lá em baixo é bastante mais tranquila.
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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Rotura nas negociações do OE2011

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O Editor de economia da TVI, Paulo Almoster diz:


"No fundo, o que separa as duas partes é uma ninharia «é menos do que um submarino»"

Então um submarino é uma ninharia, 50 Euros a mais por portugues ou 200 Euros a mais por trabalhador é uma ninharia?!
 
em: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/paulo-amoster-opiniao-comentario-agencia-financeira-tvi-oe2011/1203085-1730.html
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sábado, 23 de outubro de 2010

Novass oportunidades: Apenas 3% teve ganhos

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Em http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/novas-oportunidades-agencia-financeira-estudo-ino-carreira-iniciativa-novas-oportunidades/1201763-1730.html lê-se:


“um em cada três diz que teve benefícios na carreira e Cerca de 10 por cento dos que mencionaram ter sentido efeitos positivos afirmaram ter conseguido um aumento salarial”

Pelas minhas contas 10% de 33% são 3% ou seja apenas 3% dos que fizeram as Novas Oportunidades é que conseguiram aumento salarial.

No meu entender isto é um rotundo fracasso ao contrário do que dá a entender o texto.
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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Senhorios rejeitam aumento da renda

… porque o aumento autorizado pelo governo não dá sequer para pagar o selo do correio, necessário para avisar o inquilino do aumento.


Leia tudo em http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/rendas-arrendamento-proprietarios-senhorios-agencia-financeira-anp/1200923-1730.html

De facto há 2 mundos, ambos injustos: um onde o senhorio é explorado e outro, nos contratos recentes, onde o inquilino é explorado, com uma diferença: é que o inquilino pode deixar de ser explorado a qualquer momento, basta querer, enquanto o senhorio não pode fugir.

Em relação aos contratos novos, a lei está equilibrada, garantindo a tradicional segurança do inquilino sem explorar demasiado o senhorio, o problema é que a lei não funciona.

E não funciona porque, por exemplo se o inquilino deixar de pagar a renda o senhorio não o pode por na rua sem primeiro ir a tribunal.

E todos sabem como funcionam os tribunais em Portugal.

Esta situação faz com só um louco é que queira ser senhorio em Portugal e os que são audazes ao ponto de arrendar o que é seu, obviamente que o fazem a um preço elevado.

Esta situação prejudica essencialmente os jovens e a economia em geral privando os portugueses da necessária mobilidade que uma economia saudável deve ter.
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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Orçamento FMI

Este orçamento apresentado pelo governo PS parece-se com um orçamento FMI no pior das acessões: apenas vê a redução do défice no curto prazo.

Não há uma única linha sobre a redução estrutural da despesa e baseia-se, mais uma vez, no aumento de impostos.

É incrível a quantidade de impostos e taxas que aumentam. Tantos que nem consegui acompanhar e alguns que nem me lembrava que existiam.

É um ataque a quem paga impostos para pagar ainda mais. São sempre os mesmos a pagar a crise: a classe média. Qualquer dia deixa de haver classe média.

Eis 3 exemplos publicado pela SIC:

- Um solteiro que ganhe 20.000€/ano vai ver a sua factura de IRS aumentada em cerca de 34%

- Um casal com filhos que ganhe 40.000€/ano vê a sua factura de IRS aumentada em quase 100%

- Um casal que ganhe 200.000€/ano vê a sua factura de IRS aumentada em menos de 7%

Conclusão: Não vale a pena casar e ter filhos. (e vale a pena ser da classe alta claro)

A verdade é que já hoje é habitual as pessoas com filhos divorciarem-se apenas para pagar menos IRS (graças à pensão de alimentos).

"Felizmente" (este "felizmente" é irónico) uma das medidas no novo orçamento é limitar a dedução dessa pensão de alimentos.

Mas se ficar casado vê o seu IRS duplicar pelo que continuará a ser vantajoso divorciar-se ou nem se quer casar e ter filhos.
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domingo, 10 de outubro de 2010

Negócio da China.

Das 6 maiores empresas do mundo 3 são chinesas e apenas 2 americanas:

1º- Exxon,

2º - PetroChina

3º- Apple,

4º- Banco Industrial e Comercial da China

5º A empresa de exploração mineira BHP (Austrália)

6º China Mobile

7º Microsoft

8º- Petrobras (Brasil)
 
Esta é a lista das 8 empresas com maior capitalização bolsista do mundo segundo http://economia.publico.pt/Noticia/valor-da-petrobas-caiu-mais-do-que-o-da-bp-desde-o-inicio-do-ano_1460236
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FMI: Portugal estará pior que a Grécia em 2015

sábado, 9 de outubro de 2010

Trabalho igual Salário igual!

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Não faz sentido que 2 funcionários que fazem a mesma coisa tenham ordenados diferentes só porque um tem mais tempo de serviço que o outro.

Só faria sentido se a sua produtividade fosse diferente mas, regra geral só há 2 escalões de produtividade para a mesma função: Júnior e Sénior.

Onde o escalão Júnior é enquanto ainda está a aprender a profissão.
e o escalão Sénior é quando já aprendeu a profissão.

Assim o escalão Júnior deverá ter durações diferenciadas consoante as profissões embora regra geral 1 ano bastasse para subir ao escalão Sénior.

A Actual situação de "progressão na carreira" na maior parte das vezes é uma progressão fictícia que só se distingue no ordenado e não nas competências e responsabilidades.

Há quem defenda esta progressão fictícia para incentivar os funcionários. Eu acho que para os incentivar a ter boa classificação basta dar-lhes um bónus que apenas durasse enquanto mantivesse a boa classificação.

Na Actual situação o prémio é "subir na carreira" mas depois de subir o funcionário pode dar-se ao luxo de se desleixar e perder produtividade que a sua remuneração nunca passa para o escalão anterior.

Na actual situação, quando o funcionário está no auge da produtividade passa sacrifícios para colocar os filhos na escola e quando já tem os filhos formados e não necessita de tanto dinheiro é quando já tem um ordenado chorudo só porque já tem tempo de serviço.

Isto é socialmente injusto!
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terça-feira, 5 de outubro de 2010

PEC 3 ou Chá verde?

Antes de mais quero pedir desculpas aos meus leitores por ainda não ter comentado o PEC 3 apresentado esta semana: é que o meu trabalho não me tem deixado tempo livre para escrever.


Quanto à redução dos salário eu já disse o que tinha a dizer premonitório em: http://comentariosdowilson.blogspot.com/2010/09/diminuir-salarios.html

Globalmente acho o PEC 3 parecido com o chá verde: trata-se apenas de um diurético que engana a balança no curto prazo mas se não for acompanhado de mudança no estilo de vida, a balança voltará a acusar a gordura que nunca desapareceu.

A grande surpresa foi a incorporação do Fundo de pensões da PT de 2.600 milhões de Euros, o que só por si daria para reduzir o défice para 6% e o governo continua a prometer 7.3% o que significa que ou está a mentir agora ou estava a mentir antes e a execução do PEC 2 não está a ser feito no que diz respeito à redução da despesa.
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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Será que eu estou surdo?

É que eu ouvi, ao vivo, as declarações do representante da OCDE onde ele afirma que Portugal tem que DIMINUIR os impostos, nomeadamente, sobre o trabalho. Mas em todos os jornais e telejornais ouvi o contrário, que ele pede o AUMENTO do IVA, do IMI, etc.


Meus caros jornalistas, se tivessem ouvido com atenção o relatório da OCDE veriam que retiraram as palavras do contexto. Ele sugere que, caso não seja possível, no imediato, reduzir a carga fiscal então poderia haver uma redistribuição da carga fiscal do IRS para o IVA e IMI e outros impostos sobre o consumo.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

TGV: troço Poceirão-Caia vai custar o dobro do anunciado


Contas ainda nem sequer incluem ligação a Lisboa e 3ª travessia, que é a parte mais cara da obra

O troço do TGV entre o Poceirão e a fronteira de Caia custa quase três mil milhões de euros: o dobro do anunciado. Para além deste valor, o Estado pagará, todos os anos, consoante o número de comboios que utilizarem a linha. E o pior: nestas contas não entram ainda a ligação a Lisboa, que inclui a terceira ponte sobre o Tejo, precisamente a parte mais cara da obra.

Para o economista João César das Neves, «os números são assustadores. Numa altura em que todos sabemos que é preciso cortar, que há gente a sofrer, que o desemprego aumenta e é difícil aguentar as prestações sociais para os desempregados, vamos alegremente assinar uma coisa destas. É difícil de entender como pode alguém entrar nisto».

A TVI consultou os anexos ao contrato, que revelam uma despesa pública substancialmente superior à divulgada nos documentos publicados pelo Ministério das Obras Públicas. O custo da construção anunciada era de 1.359 milhões de euros, mais 12 milhões por ano de manutenção. No contrato, a manutenção é afinal de 15 milhões e 680 mil euros por ano.

Só nessa rubrica, a Refer, empresa pública para a ferrovia, fica obrigada a pagar 580 milhões de euros. A isto acrescem pagamentos anuais entre os 20 e os 70 milhões de euros, num total de 1.347 milhões pela disponibilidade da linha. Mais 176 milhões de entrada, pagos pelo Estado e pela Refer e 662 milhões de euros de fundos comunitários. Contas feitas: 2.765 milhões de euros mais inflação.

«Estamos a falar de uma monstruosidade», diz César das Neves. «Há uns anos, quando analisei o assunto, o custo total da ligação de Lisboa a Madrid é o que eles agora contrataram para o troço do Poceirão a Caia. E a ligação a Lisboa, embora tenha menos quilómetros, é muito mais cara, porque tem terrenos urbanos, túneis e a terceira ponte sobre o Tejo. Já para não falar das derrapagens, mas à partida isto vai ficar muito mais caro».

Mas há mais: o Estado fica ainda obrigado a pagar 412 euros e meio por cada comboio que passar na linha para além do previsto, ou seja, cerca de 150 mil euros extra por ano. Por cada comboio de mercadorias, que passar na linha convencional a construir pelo concessionário, o Estado terá de desembolsar 230 euros: se num ano passarem 300 comboios a mais, a factura será de 69 mil euros.

Se alguma coisa correr mal, o concessionário privado, nos termos do contrato, tem garantida uma taxa interna de rentabilidade próxima dos 12 por cento. Ou seja, o concessionário tem o lucro garantido. E o Estado tem despesa garantida...
 
Em http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/tgv-despesa-cesar-das-neves-agencia-financeira-poceirao-caia/1193241-1730.html
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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Diminuir salários?

Diminuir salários poderá ser uma salvação do orçamento a curto prazo mas apenas será a prova de que o governo não soube governar e se vê forçado a esta medida extrema.

Diminuir salários pode ser uma necessidade de curto prazo mas não resolve o problema, apenas o adia.

O problema só será solucionado com a reestruturação e emagrecimento do Estado.

Para dar apenas um exemplo de onde se deve cortar apresento a denúncia que o Economista Cantiga Esteves fez ontem no debate promovido pela Ordem dos Economistas, para debater o caderno de encargos do próximo orçamento:

«São 13.740 entidades que recebem dinheiros públicos», afirmou o economista, explicando que segundo os seus cálculos existem no perímetro do orçamento 356 institutos públicos, 639 fundações, 343 empresas públicas municipais e 87 Parcerias Público Privadas (PPP). «Precisamos disto tudo?», questionou o economista, querendo passar uma «mensagem de racionalização», com o objectivo de o Estado conseguir controlar as contas públicas.

Até porque «há indicações de que as autarquias e as empresas públicas estão a endividar-se de forma completamente avassaladora». E «disparamos com PPP para todo o lado», o que «distorce o número de investimentos, o endividamento» e o que está orçamentado.

Leia o resto em http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/oe-dinheiro-contas-publicas-instituicoes-economia-agencia-financeira/1193055-1730.html
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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Derrapagem das contas públicas

Em http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/defice-dgo-subsector-estado-fmi-divida-agencia-financeira/1192945-1730.html

Confirma-se aquilo que a oposição já suspeitava: o Governo não está a reduzir a despesa, pelo contrário esta está a aumentar vertiginosamente: 2.7% no total e mais grave ainda: 5% naquela despesa que é directamente controlável pelo governo: a despesa primária corrente (sem juros).

A receita fiscal aumentou 1.8% conforme o esperado, muito devido ao aumento em 20% do IVA que os produtos de primeira necessidade sofreram (a taxa passou de 5% para 6% o que representa um aumento de 20% na respectiva taxa), Sendo o aumento total da receita dos impostos indirecto (leia-se IVA) de mais de 10%

Apesar deste aumento astronómico dos impostos pagos pelos mais pobres a receita total apenas aumentou 1.8% devido à diminuição da actividade económica das empresas.

Conclusão: Este governo insiste em tirar aos mais pobres para dar aos mais ricos, principalmente, aos "amigos" do PS.
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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Portugal paga juros recorde.

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/mercados/portugal-agencia-financeira-igcp-markets-emissao-divida/1190080-1727.html

De facto a dívida Portuguesa é maior do que a Grega, uma das mais altas do mundo, e por isso os investidores oneram o juro a pagar com o seguro de risco elevadíssimo necessário uma vez que Portugal está à beira da falência podendo entrar em banca rota.

O problema de Portugal é estrutural e não se vê o governo empenhado em reduzir a despesa pública e estrutural para evitar o cenário de falência do país.
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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Compensa ter filhos? – Impostos sobre o trabalho.

O artigo publicado em http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/impostos-familias-filhos-carga-fiscal-ocde-agencia-financeira/1188310-1730.html diz que um trabalhador médio sem filhos em Portugal paga de IRS 16% contra os 21% da média da OCDE o que parece ser uma boa notícia.

Também diz que uma família média com 2 filhos para 11% contra os 6% da OCDE o que de facto é uma péssima notícia.

Assim se pode observar que Portugal faz muito pouco para incentivar a natalidade na classe média.

Mas olhando para o primeiro número que parecia uma boa notícia onde um português médio sem filhos paga 16% contra os 21% da OCDE o artigo esquece-se que se deve adicionar, pelo menos, mais 35% de contribuição social (das quais apenas 11% aparece discriminado no recibo do vencimento para nos iludir) o que significa que o português médio em Portugal paga no total mais de 50% do seu salário em impostos directos sobre o trabalho, para não falar dos restantes impostos indirectos (IVA, etc.)

Se um trabalhador gastar todo o seu salário, não conseguindo poupar nada, verifica-se que paga mais de 70% em impostos.

É triste verificar que três quartos do nosso vencimento vai para o Estado.

Assim como iremos conseguir ter crescimento económico?
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domingo, 1 de agosto de 2010

Eliminação dos chumbos nas escolas

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O governo PS de José Sócrates fez tudo por tudo para acabar com os chumbos, atormentando completamente a vida dos professores que chumbam os alunos ou dão nota negativa.

Mesmo assim ainda há alguns professores desobedientes que colocam a sua ética e consciência à frente das directrizes do governo.

Então para acabar com estes professores dissidentes que tem um bicho chamado consciência, esta proposta é a via coerente deste governo: Eliminar, por lei, os chumbos.

Já agora podia também eliminar, por lei, o desemprego, a pobreza, a doença e todas as guerras do mundo.
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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Portagens nas SCUTS e Chips

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/scut-portagens-chip-matriculas-governo-agencia-financeira/1172823-1730.html

O Governo diz que a recusa do PSD em tornar obrigatório o Dispositivo de Identificação do Veículo vai atrasar a introdução das portagens em 3 anos com o consequente aumento de custos e a redução em 66% do número de entradas e saídas na auto-estrada.

Eu não percebo esta atitude de tudo ou nada em que nenhum dos partidos faz o que me parece elementar para gerar o consenso: basta alterar o chip de forma a torna-lo anónimo. Deixar de ser um Identificado de Veículo para ser, na modalidade de pré-carregamento, completamente anónimo.

Assim resolviam-se as questões levantadas pelo PSD de garantia da privacidade e, ao mesmo tempo, permitia-se cobrar as portagens, tão necessárias para os cofres do Estado.

Dessa forma passava a ser opção das pessoas se queriam identificar-se através da associação a uma conta bancária para a cobrança à posteriori das portagens (à semelhança da Via Verde) ou permanecer completamente anónimo através do pré-carregamento do chip que podia mudar de nome para carteira virtual.

Posso estar errado mas acho que tecnicamente isso é possível.
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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Espanha, apesar de não ter o nosso problema, congela obras já iniciadas.

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/espanha-obras-obras-publicas-construcao-crise-agencia-financeira/1171827-1730.html

Apesar de o problema de Espanha ser muito menos grave do que o de Portugal Eles lá sim fizeram medidas de austeridade, incluindo baixa de salários e também suspenderam e cancelaram obras públicas. Apesar de na minha opinião não necessitarem de cancelar essas obras públicas.

Nós aqui, que estamos bem piores, não se corta nos gastos, em vez disso aumenta-se os impostos e para cúmulo uns dias depois do anúncio do aumento dos impostos celebra-se o contrato do TGV e continua-se a governar à rica e à francesa, para gáudio dos bolsos dos amigos deste governo, governo este que apenas se governa a si e seus amigos.

sábado, 19 de junho de 2010

FMI: Portugal está pior que Espanha - Medidas necessárias

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/fmi-divida-defice-portugal-espanha-crise/1171115-1730.html

Portugal vive numa ilusão, alimentada pelo governo.


Os economistas que sabem fazer contas, já há mais de uma década que afirmavam que Portugal se dirigia para o abismo. Agora que já chegamos à sua beira, o governo insiste em não ver por onde caminha.

Portugal é, segundo os analistas, o país mais perigoso a par da Grécia, tendo uma dívida real superior à da Grécia e muito superior ao terceiro pior país da zona Euro: a Espanha.

A verdade é que o nosso país vizinho tem uma dívida inferior à média europeia enquanto Portugal é o campeão da dívida externa total real. (o que contrasta com os menos de 60% que tinhamos há 15 anos).

Enquanto todos os países, mesmo os melhores como a Alemanha já fizeram medidas de austeridade este ano. Portugal limitou-se mais uma vez a subir os impostos.

Quando é que os Portugueses abrem os olhos e se dão de conta que há 15 anos consecutivos temos estado a perder poder de compra e que, devido à dívida as coisa vão piorar a ritmo ainda mais acelerado a partir de 2014, altura em que começaremos a pagar o aumento da dívida dos últimos anos?!

Alguns economistas acreditam que o governo, qualquer que ele seja, não terá coragem, tal como não tem tido, para executar as medidas necessárias no curto, médio e longo prazo, e que, por isso, só lá vamos quando os tipos do FMI vierem mandar no que é nosso.

Esses economistas, como o Medina Carreira, acreditam que a única solução é o FMI vir cá tomar conta das coisas uma vez que os nossos governos não têm coragem para o fazer.

Acontece é que Portugal necessita de medidas de curto, médio e longo prazo e o FMI apenas se preocupa com as medidas de curto prazo.

Se vier o FMI a primeira coisa que acontecerá é a redução dos salário dos funcionários públicos, que segundo contas do FMI, estão 30% acima das nossas capacidades.

Na minha opinião a redução dos salários da função pública seria uma medida de curto, diria mesmo de curtíssimo prazo mas que não resolveria as coisas.

Para resolver as coisas seria necessário pensar em várias frentes em simultâneo:

No curtíssimo prazo:

- Poderia ser necessário reduzir salários mas se se reduzisse em 30% acabaria por ser mau para a economia pelo que o valor teria que ser mais moderado. Esta redução não deverá ser igual para todos: os que mais ganham são os que mais devem contribuir para este esforço.

- Eliminação de grande parte das SCUT também é necessária, ficando sem portagem apenas os troços que não tem alternativa.

- Extinguir todos os serviços e organismos estatais e para-estatais que já sabemos não serem necessários através dos estudos que já foram feitos no passado.

Esta extinção, apesar de não resultar em despedimentos diminui os gastos no curto prazo com todos os outros custos que não salários: Rendas, Energia, Telecomunicações, consultorias, etc) e no médio prazo esta medida traria vantagens na mobilidade dos funcionários públicos que não podem ser despedidos: ou se reconvertem, aumentando a produtividade, ou ficam com a carreira congelada.

- Agravamento das condições do quadro de mobilidade para os funcionários que não procurarem ou não aceitarem outros cargos.

- Moralização, redução e fiscalização de todos os subsídios não contributivos e eventual eliminação de alguns.

- Moralização do subsídio de desemprego: há quem recuse uma oferta de trabalho porque fazendo as contas ganha mais com o subsídio. Outros recusam o trabalho com medo de perder o subsídio: é necessário garantir que o desempregado não perderá o valor do seu subsídio se aceitar um trabalho que seja ou acabe por ser temporário.

- Acabar com a subsidio-dependência de empresas e particulares: apoiar as linhas de crédito sim, dar subsídios a fundo perdido não. Mas essas linhas de crédito não deverão ter o aval a 100% do Estado, os bancos também deverão assumir risco.

- etc.

Medidas imediatas com efeitos a curto e médio prazo:

- Reformular o mercado de arrendamento para este poder voltar a ganhar a confiança dos proprietários e poder voltar a funcionar, aumentando assim a mobilidade dos portugueses (desburocratizar a expulsão de um inquilino incumpridor, etc.).

- Diminuir consideravelmente as carreiras dos funcionários públicos: basicamente, para uma mesma função/responsabilidade só devia haver dois níveis salariais: Júnior, nos primeiros, digamos 2 anos de carreira, e Sénior nos restantes anos (com passagem para sénior dependendo de boa avaliação). Não se admite a situação actual em que existem cerca de 10 escalões de vencimentos para a mesma função o que faz, por exemplo, que os professores da primária em Portugal, no final da sua carreira, sejam os mais bem pagos do mundo. Tal como não admito o que acontece hoje: um professor da primária, que estudou 3 anos, ganha o mesmo que um do secundário que estudou (a valer!) por 5, 6 ou mais anos.

- Suspender e cancelar os grandes investimentos públicos que contribuem mais para o empobrecimento de Portugal do que para o seu enriquecimento, por exemplo, para já substituir o TGV de passageiros pela construção apenas da sua componente de mercadorias, que vai ligar Sines (que tem o maior (ou o único) porto de águas profundas da península ibérica) à Espanha/Europa. Aproveitando para isso o que já foi construído no século XX e que nunca chegou a ser concluído, nem que para isso deixe de ser TGV para ser velocidade normal: a velocidade, em mercadorias é pouco importante, o que importa é que haja continuidade de trajectos. Em relação às Auto-Estradas, Portugal já ultrapassou a Alemanha e é agora o país que mais auto-estradas tem no mundo, quer em relação ao número de habitantes, quer em relação ao PIB, quer em relação aos Km quadrados para países com dimensões físicas equiparáveis ou superiores à nossa.

- Estudar como diminuir o peso do Estado e a seguir executar as medidas propostas.

- Racionalizar o Serviço Nacional de Saúde: acabar com os desperdícios, aumentar a qualidade do atendimento na óptica da sua desburocratização para o utente que deverá chamar-se cliente, diminuir prazos de atendimento e eliminar custos fixos através da contratualização com o sector privado e para-privados (misericórdias, etc.), adequar as taxas moderadoras ao rendimento da pessoa (em tempo real), incentivar a utilização de seguros de saúde ou outros esquemas alternativos.

Medidas imediatas com efeito no médio prazo:

- Reformular a justiça e limitar o acesso aos tribunais de empresas que os usam como se fossem meras centrais de cobrança, como por exemplo: se um utilizador de um serviço continuado (telecomunicações, energia, seguros, etc.) não pagar a factura então apenas se deve cortar o serviço e coloca-lo numa lista negra se for reincidente com outros fornecedores, em vez de o colocar em tribunal.

- Desburocratizar

- Flexi-segurança: permitir despedimentos e, em vez de as empresas pagarem uma grande indemnização na altura do despedimento, a empresa ir pagando uma parte do salário ao longo do tempo para um fundo que depois protegerá o trabalhador quando for despedido. Limitando a indemnização empresarial na altura do despedimento a, digamos, 2 meses de salário apenas para precaver possíveis atrasos no início do pagamento do subsídio de desemprego.

Com a Flexi-Segurança e o funcionamento dos tribunais em tempo útil, passaria a haver mais investidores portugueses e extrangeiros em portugal, aumentando o emprego.

- Incentivar o empreendedorismo.

- Incentivar a exportação.

- etc.

Medidas com efeitos no longo prazo:

- Acabar com o facilitismo que se instalou nos últimos anos nas escolas e voltar a ter uma cultura de exigência para com os alunos e não apenas para com os professores.

- Valorizar os cursos profissionais.

- incentivar a natalidade da classe média: em vez de dar prémios por cada filho, que apenas aumenta a taxa de natalidade da classe baixa, aumentar o prazo da licença de paternidade para 3 anos (não obrigatórios), mesmo que implique um valor mensal mais baixo que o actual.

- Alargar a rede de infantários, a partir dos 3 anos de idade, através de infantários públicos ou através do co-pagamento em função do rendimento do agregado familiar da mensalidade do infantário privado ou para-privado. De forma a garantir à classe média que não terá dificuldades financeiras para criar os filhos, caso o seu rendimento diminua no futuro.
 
- Garantir a separação de poderes entre o poder político, judicial e dos média, para garantir a liberdade de expressão e a democracia. Democracia essa que só pode ser garantida através da exigência da escola que permitam aos futuros cidadãos raciocinar ter sentido crítico.
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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Ser bom não chega, será necessário ser excepcional.

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/portugal-rating-austeridade-agencia-financeira-crise/1166004-1730.html

A agencia de rating Moody’s acredita que, com as novas medidas anunciadas pelo governo e aceites pela oposição já será possível atingir a meta dos 3% de défice orçamental em 2013. Mas mesmo assim, e devido aos compromissos assumidos nos últimos anos por Portugal que vai fazer disparar a dívida ainda mais do que já disparou, a agência vai ter que voltar a diminuir o rating de Portugal em menos 1 ou 2 valores.

Desta notícia depreendo que, de agora em diante, e nos próximos anos ou décadas, não chegará a economia portuguesa ser boa, será necessário ser excepcional.

Será que é agora, que estamos à beira do abismo que Portugal muda de vida e se torna competitiva?

Sinceramente não vejo como. Seria necessário um governo corajoso que tome as medidas necessárias contra as oposições, sindicatos e outros poderes instalados e que os portugueses conseguissem compreender essas medidas impopulares mas necessárias.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Agentes da PSP e militares da GNR com aumento de 1,5%

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/psp-gnr-policias-militares-aumentos-funcao-publica/1165069-1730.html

Qual é a justificação para esta excepção? A PSP e GNR não tiveram o aumento de 2.9% que o resto dos funcionários teve em ano de eleições?

Ou como diz o Fernando Pereira isto não passa de mais um suborno para garantir que não haja um Golpe de Estado ou algo do género para acabar com a incompetência destes governantes.

sábado, 22 de maio de 2010

Viva Chavez!

A Venezuela era (formalmente ainda é) a democracia mais antiga da América Latina.

Desde que eu tenho memória, o poder era alternado entre o partido equivalente ao nosso PSD e o equivalente ao nosso CDS. (para simplificarmos).

Em 1992 Hugo Chavez apareceu na arena política e acabou por fundar um partido equivalente ao nosso PS e ganhou as eleições em 6 de Dezembro de 1998.

Desde que eu tenho memória e até 1999 a Venezuela era o país mais rico da América Latina.

Hugo Chavez, tal como o nosso Sócrates, é um homem com um discurso optimista e popular que cativou o eleitorado venezuelano, principalmente nas classes mais desfavorecidas (a maioria) que não compreende nada de macroeconomia.

Hugo Chavez conseguiu alterar a constituição de forma a poder ser reeleito vezes sem conta, abolindo o limite máximo de reeleições que vigorava na Venezuela. E ainda conseguiu paulatinamente absorver os poderes autónomos próprios de uma democracia (como a justiça, os média (televisões, jornais, etc.), os municípios, as empresas, etc. etc. etc.) transformando-se na prática em um ditador populista e demagógico que detém o poder absoluto, numa democracia que passou a ser a fingir (embora seja legalmente reeleito sem provas de fraude).

Hoje, o resultado dessa política socialista e demagógica de Hugo Chavez pode-se sintetizar numa anedota que circula por toda a América Latina:

«
Na Venezuela, um menino chega a casa, faminto, depois das aulas e pergunta à mãe:

- Mãe, o que há para comer?

- Nada meu filho.

O menino olha para o papagaio de estimação e pergunta:

- Mãe, porque não comemos o papagaio com arroz?

- Não há arroz.

- E o papagaio no forno?

- Não há gás.

- E se o grelhássemos no grelhador eléctrico?

- Não há electricidade.

- E se fizéssemos uma sopa com ele?

- Não há Agua.

- E se o fritássemos?

- Não há Óleo.

O papagaio contentíssimo gritou:

- VIVA CHAVEZ!!!
»

(Nota: os papagaios limitam-se a repetir o que ouvem).

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O socialista e o GNR


Um homem, voando num balão, dá conta de que está perdido.
Avista uma praça da GNR, baixa o balão e aproxima-se:

- Pode ajudar-me? Fiquei de encontrar-me com um amigo às duas da tarde; já tenho um atraso de mais de meia hora e não sei onde estou…

- Claro que sim! – responde o guarda: O senhor está num balão, a uns 20 metros de altura, algures entre as latitudes de 40 e 43 graus Norte e as longitudes de 7 e 9 graus Oeste.

- É da GNR, não é?

- Sou sim senhor! Como foi que adivinhou?

- Muito fácil: deu-me uma informação tecnicamente correcta, mas inútil na prática. Continuo perdido e vou chegar tarde ao encontro porque não sei o que fazer com a sua informação…

- Ah! Então o senhor é socialista!

- Sou! Como descobriu?

- Muito fácil: O senhor não sabe onde está, nem para onde ir, assumiu um compromisso que não pode cumprir e está à espera que alguém lhe resolva o problema.

Com efeito, está exactamente na mesma situação em que estava antes de me encontrar. Só que agora, por uma estranha razão, a culpa é minha!...

terça-feira, 18 de maio de 2010

Afinal terceira travessia sobre o Tejo é mesmo para avançar


http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/terceira-travessia-ponte-tgv-obras-publicas/1163326-1730.html

Eu pensava que o aumento dos impostos e outros sacrifícios era para diminuir o défice e ter dinheiro para salários, pensões, saúde, etc., mas afinal o que vejo é que serve apenas para tranquilizar os mercados de forma a estes continuarem a emprestar-nos dinheiro, endividando-nos ainda mais, para o governo continuar a fazer as grandes obras e desta forma encher os bolsos ao amigos, à custa do povo português.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Cavaco Silva e antigos ministros unem forças contra TGV

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/cavaco-tgv-novo-aeroporto-socrates-obras-publicas-agencia-financeira/1159991-1730.html

"E até quem à partida apoiava estes projectos, já mostra alguma incerteza se este será o «tal momento» para se avançar. O presidente do BES, Ricardo Salgado, disse ontem que era bom que os grandes projectos só avançassem depois de uma «normalização dos mercados».


Também o CDS-PP já pediu ao Governo que tenha «bom senso» e aguarde a decisão do Parlamento sobre a concessão do TGV Lisboa-Caia, a 28 de Maio, considerando que «ainda é o momento para repensar» a obra.

O líder do CDS/PP, Paulo Portas, vai esta terça-feira a Belém pedir a Cavaco Silva que trave estas grandes obras. A audiência está marcada para as 18h30. "

Todos os economistas descomprometidos e independentes dos grandes lobbies estão de acordo que agora não é o momento de se avançar para estas grandes obras. Primeiro é necessário diminuir a dívida externa de Portugal de forma a dar confiança aos mercados para nos poderem continuar a financiar.

e a única forma saudável diminuir essa dívida é deixar de haver défice orçamental para passar a haver superavit ano após ano.

quarta-feira, 31 de março de 2010

PEC não é suficiente, IVA pode aumentar

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/portugal-agencia-financeira-iva-impostos-pec-forum-para-a-competitividade/1151369-1730.html


Sim, vamos adiar os problemas com nova subida de impostos, como habitualmente, em vez de reestruturar o Estado. (é claro que estou a ser irónico!)

Eu no passado elogiei o PEC por este não ser tão drástico que pudesse prejudicar o crescimento devido a um corte excessivo da despesa mas a verdade é que estava à espera que se aproveitasse para reestruturar o Estado e resolver os problemas estruturais coisa que acabou por não acontecer nem sequer ser mencionada.

A única coisa que o PEC fez foi conter o aumento da despesa e, mais uma vez, aumentar os impostos.

O meu receio é que, devido aos problemas estruturais que se arrastaram por muitos anos a ao aumento vertiginoso da dívida na última década, Portugal já não vai ao sítio apenas com melhor gestão (poupando no desnecessário), infelizmente também se terá que cortar nas conquistas sociais conseguidas nas últimas décadas do Século XX.

Nas últimas décadas o peso do Estado na economia do país passou de 10% para quase 50% Assim o Estado está literalmente asfixiando a nossa economia.

Algumas das reformas necessárias nem sequer custam dinheiro: a da Justiça e a do Mercado de Arrendamento.

Compreendo que reformar a Justiça é um assunto técnico e complicado mas criar um verdadeiro mercado de arrendamento é fácil, basta devolver o poder aos proprietários e afastar os conflitos tipificados dos tribunais, por exemplo quem não paga a renda deveria ser despejado sem qualquer intervenção de tribunal.

Outra coisa que não compreendo é o facto de em Portugal uma empresa não possa despedir livremente um funcionário, mesmo pagando uma indemnização. Os empregadores têm que conhecer a lei para arranjar maneira legal (e por vezes imoral) para despedir um funcionário, caso contrário o funcionário coloca a empresa em tribunal e esta é obrigado a readmiti-lo, com todos os transtornos psicológicos que esta situação gera quer no trabalhador quer no empregador.

Afinal já disse 3 coisas em vez de 2 onde é possível reestruturar o Estado sem gastar dinheiro: Justiça, Mobilidade geográfica (Arrendamento) e mobilidade laboral.

No caso concreto da mobilidade laboral até se poderia poupar dinheiro pois esta permitiria maior criação de riqueza, reduzindo assim o número de desempregados, no médio e longo prazo.

A única reforma que custaria dinheiro é a da Educação e Natalidade. É necessário dar Educação de qualidade e incentivar o aumento de natalidade da classe média.

Sim, digo da classe média pois os actuais subsídio em dinheiro que alguns países fazem apenas incentiva a natalidade da classe baixa que vê nesses subsídios um negócio: trazem crianças para este mundo mas depois não se preocupam ou não tem capacidade de as educar correctamente.

Para evitar esta situação deve-se trocar os subsídios em valor absoluto (valores iguais para toda a gente) por incentivos cujo valor seja directamente proporcional com o ordenado. Um exemplo desse incentivo é a licença de maternidade/paternidade (cujo valor varia em função do ordenado) Outros incentivos desse género se deveriam criar, como deduções específicas sobre o IRS que fossem realmente suficientes para criar um filho, tendo em atenção aspectos como a alimentação, saúde, educação e a própria casa pois quem tem filhos necessita de casa maior).

quarta-feira, 24 de março de 2010

Os dois melhores filmes de Ficção Cinetífica

http://clix.exameinformatica.pt/os-nossos-10-filmes-de-sci-fi-preferidos-galeria=f1005471

Respondendo ao desafio da Exame Informática sobre quais são, para mim, os dois melhores filmes de Ficção Científica, tenho a dizer que os dois filmes que me marcaram foram o Daryl (1985) e o Starman (1984)


Daryl é uma criança artificial cujo criador, ao saber que o projecto ia acabar e ser destruído, a rapta do laboratório e na fuga tem um acidente e morre mas Daryl sobrevive e é encontrada e adoptada por uma família onde aprende a ser criança.

Na verdade D.A.R.Y.L. é um projecto de inteligência artificial e a criança é apenas um interface autónomo do grande computador que ainda se encontra nas instalações do laboratório e o governo fará tudo para encontrar essa interface e descobrir como foi possível que os humanos a confundissem com uma criança verdadeira.

Vi o filme há 25 anos, apenas uma vez, e lembro-me de tudo o que acabei de contar. Não teve grande sucesso comercial mas tocou-me pois tratava-se de verdadeira ficção científica que abordava o conceito de inteligência artificial.

Starman já é um filme com actores mais conhecidos e tocou-me porque foi a primeira vez que vi a hipótese de utilizar o ADN de uma mecha de cabelo para clonar uma entidade incorpórea extraterrestre para lhe dar um corpo humano.

sábado, 13 de março de 2010

PEC ou PeC?, Certamente pec.

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/portas-pec-irs-deducoes-fiscais-agencia-financeira-cds/1146810-1730.html
Não teci comentários sobre o PEC – Plano de Estabilidade e Crescimento antes de saber o seu conteúdo, ou pelo menos o resumo das linhas gerais do seu conteúdo publicado pelos meios de comunicação.

Agora que já sei as linha gerais do seu conteúdo posso afirmar que este PEC é mais um PeC pois o governo em vez de diminuir a despesa para cumprir os critérios de Bruxelas, limita-se a conter o seu aumento de forma a não prejudicar o Crescimento de Portugal.

É uma boa estratégia, apesar de, mais uma vez haver aumento de impostos. Se eu fosse governo e não tivesse que prestar contas a Bruxelas provavelmente faria igual, até porque este aumento de impostos atinge essencialmente a classe média e trabalhadora, protegendo assim a classe baixa, desempregados e inactivos.

Acontece que Portugal vai ter que prestar contas a Bruxelas até 2013 e se esta ligeira contenção de custos e aumentos de impostos da classe média não for suficiente, lá teremos que andar ao tio-tio outra vez, como Manuela Ferreira Leite / Durão Barroso nos obrigaram a andar por imposição de Bruxelas em sequência da política económica de Guterres.

Eu como português apenas rezo que o pressuposto de crescimento proposto pelo governo venha a ser realizado e superado e, dessa forma, o PEC ter sucesso.

No entanto não posso deixar de concordar com o Paulo Portas do CDS quando diz que este PEC é um pec – plano de esfolamento do contribuinte,

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/portas-pec-irs-deducoes-fiscais-agencia-financeira-cds/1146810-1730.html

neste caso ao contribuinte trabalhador e esperemos que não passe de aí.

Agora a pergunta será: acredito neste PEC? Bem, ao nível do défice do orçamento tudo dependerá do crescimento da economia e da execução do PEC. Quanto à diminuição da dívida claramente não acredito, para este propósito o governo está a contar com o ovo no cu da galinha e ainda por cima de forma não sustentada. Mesmo que as privatizações tenham sucesso elas não se podem repetir. A única maneira sustentável de resolver o problema da dívida é reestruturar a nossa economia para a tornar mais competitiva e diminuir a despesa do Estado e, dessa forma substituir os défices por super-avites (saldo positivo).

quarta-feira, 3 de março de 2010

Se eu fosse militante…


Nas últimas eleições socialistas eu tive oportunidade de expressar a minha opinião tendo dito na altura que dos 3 candidatos o José Sócrates era o melhor. (não sabendo na altura que este se viria a transformar na autentica máquina propagandística que hoje é)


Agora a situação repete-se mas para o PSD onde também existem 3 candidatos: Paulo Rangel, Aguiar Branco e Pedro Passos Coelho.

Nenhum dos 3 me parece o Messias que foi Cavaco Silva.
 
Ontem conheci, pelo programa “A Cor do Dinheiro”, o Aguiar Branco e hoje acabei de ver o frente-a-frente de Paulo Rangel e Passos Coelho.


Quanto ao Aguiar Branco, ele pareceu-me uma pessoa séria e íntegra na mesma linha de Marques Mendes, não sei se o quereria para primeiro-ministro mas de certeza que o quereria para ministro da Justiça até porque ele já tem experiência no assunto e sabe bem como funciona a justiça.

Quanto ao Paulo Rangel (que acredito que tenha as melhores sondagens do momento pois acabou de ganhar as eleições Europeias) pareceu-me um José Sócrates: Muito estilo, muito discurso bonito, mas pouca substância.

Quanto ao Pedro Passos Coelho, parece-me uma pessoa que sabe do que fala, realista e pragmática, com boas noções de economia e finanças que é o que o país precisa.

Conclusão: Tal como eu disse no passado que se fosse militante do PS votaria José Sócrates (antes dele se ter transformado na máquina propagandística que hoje é). Se eu hoje fosse militante do PSD votaria Pedro Passos Coelho.

Como português espero que aconteça uma de duas coisas: ou que eu esteja enganado em relação ao Paulo Rangel ou que ele não vença as eleições.

Quanto aos outros dois, desde que o próximo ministro das finanças seja o António Borges ou outra pessoa de igual competência, estarei confiante num Pedro Passos Coelho mas também estarei tranquilo com um Aguiar Branco. O ideal era um Passos Coelho como primeiro-ministro e um Aguiar Branco como ministro da Justiça.

Sendo que o ministro da Justiça deverá ser, no Portugal de hoje, o ministro mais importante a seguir ao ministro das finanças pois um dos principais bloqueios da economia em Portugal é o actual (in)funcionamento da justiça que carece de reestruturação e simplificação.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A Frase

“A teia conspirativa envolvendo políticos, empresários e gestores, alguns deles transportando como única habilitações a capacidade de bem servir o líder, é monstruosa e denunciadora da falta de respeito e da indiferença pelos cidadãos e pela democracia. Chavez na Venuzuela não faria melhor”.


José Eduardo Moniz, Diário Económico, 17-02-2010

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O Joãozinho na política

Depois de 100 dias de quase nada fazer e muito intrigar, o Governo (leia-se 1º Ministro) resolveu comemorá-los como efeméride.

Entre outros ‘eventos’, foi a uma escola falar aos miúdos.

Acolitado por numeroso séquito, e após a exposição romanceada de várias realizações, dispôs-se a responder a perguntas.

Uma criança ergueu a mão.

-Olá! Como te chamas?

-Paulinho. Tenho 3 perguntas.

-Então pergunta lá…

-1ª. Na campanha eleitoral prometeu 150.000 empregos. Já os arranjou?


-2ª. Quem meteu ao bolso o dinheiro do ‘Freeport’?


-3ª. Sabia dos escândalos ‘Face Oculta’?

Assarapantado, Sócrates foi salvo pela campaínha do recreio.

Acabado este e de novo na sala, Sócrates recomeça:

-Porreiro pá! Vamos às perguntas. Alguém mais?

- Eu. Sou o Joãozinho e tenho 5 perguntas:

-1ª. Na campanha eleitoral prometeu 150.000 empregos. Já os arranjou?


-2ª. Quem meteu ao bolso o dinheiro do ‘Freeport’?


-3ª. Sabia dos escândalos ‘Face Oculta’?


-4ª. Porque tocou a campaínha p’ró recreio ½ hora antes do tempo?


-5ª. Onde está o Paulinho?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Pobreza portuguesa vs pobreza norte-americana

Nós é que somos pobres?




Para ler e refletir muito bem para verem se concordam.

Estava há dias a falar com um amigo meu de Nova Iorque que conhece bem Portugal, e dizia-lhe eu à boa maneira portuguesa de "coitadinhos":

- Sabes , nós os portugueses somos pobres ...

Esta foi a sua resposta: "Como podes tu dizer que são pobres, quando pagam por um litro de gasolina, mais do triplo do que eu pago? Quando se dão ao luxo de pagar tarifas de electricidade e de telemóvel 80 % mais caras do que nos custam a nós nos EUA? Como podes tu dizer que são pobres quando pagam comissões bancárias por serviços bancários e cartas de crédito ao triplo do que nos custam nos EUA? Ou quando conseguem pagar mais de 20.000 EUROS por um carro que a mim me custa 12.000 US Dólares? Vocês conseguem dar mais de 8.000 EUROS de presente ao vosso governo, mas nós não.

Nós é que somos pobres: por exemplo em New York o Governo Estatal, tendo em conta a precária situação financeira dos seus habitantes cobra somente 2 % de IVA, mais 4% que é o imposto Federal, isto é 6%;... nada comparado com os 20% de IVA que é pago pelos ricos que vivem em Portugal. E não contentes com estes 20%, pagam ainda impostos municipais.

Além disso, vocês ainda têm " impostos de luxo" como são os impostos na gasolina, gás, álcool, cigarros, cerveja, vinhos, etc,... que faz com que esses produtos cheguem a aumentar em certos casos até  300 % do valor original. Para não falar de outros impostos especiais como o imposto sobre a renda, impostos sobre automóveis novos, sobre bens pessoais, sobre bens das empresas, de circulação automóvel.

Um Banco privado vai à falência e vocês que não têm nada com isso pagam, e ainda  por cima pagam ao vosso Governador do Banco de Portugal um vencimento anual que é quase 3 vezes mais que o do Governador do Banco Federal dos EUA...

Um país que é capaz de cobrar o Imposto sobre Ganhos por adiantado e Bens pessoais mediante retenções, claro que anda a  nadar na abundância e assim consegue pagar salários fabulosos aos gestores públicos e privados.

Os pobres somos nós, que vivemos nos USA e que não pagamos impostos sobre a renda se ganhamos menos de 3.000 dólares ao mês por pessoa, isto é mais ou menos os vossos 2.370 €uros. Vocês conseguem pagar impostos do lixo, sobre o consumo da água, do gás e electricidade. Em Portugal conseguem pagar pela segurança privada nos Bancos, urbanizações, edificios municipais, etc... enquanto nós como somos pobres temos que conformar-nos com a segurança pública. Uma miséria...

Vocês enviam os filhos para colégios privados, enquanto que para nós aqui nos USA as escolas públicas emprestam os livros aos nossos filhos prevendo que não os podemos comprar.

Vocês não são pobres;...gastam é muito mal o vosso dinheiro. Ou então, são estúpidos e mansos!"

Como devo responder? Um verdadeiro Case Study! Por favor, quem dá ideias, sugestões?
 (Enviado pela professora Julieta Baptista)