sábado, 11 de maio de 2019

A PIDE está de volta?

Todos sabemos que havia censura no PS de José Sócrates na comunicação Social, sendo o caso mais flagrante o despedimento da Manuela Moura Guedes e seu marido da TVI.

Agora, no PS de António Costa não só há censura, como no caso do relatório do FMI com Álvaro Santos Pereira, como também parece haver perseguição política como no caso da ordem dos enfermeiros ou mais recentemente nas buscas judiciais aos Hospitais que fizeram braço de ferro com a ADSE.

Neste último caso pode dizer-se que é difícil considerar perseguição política pois envolve um órgão independente de investigação policial mas é estranha a coincidência.

Já não falo da insensibilidade que António Costa demonstrou perante o "Bombeiro sem farda" que morreu ao serviço dos bombeiros e que agora o governo aconselha à viúva processar judicialmente o Estado a ver se consegue uma indemnização.

Mas falo da antipatia que António Costa demonstrou pela Altice e que agora, após ter exigido investimentos avultados no SIRESP, não paga a sua quota-parte para tentar obrigar os outros accionistas a venderem a totalidade do capital ao Estado por falência técnica.

No tempo negro após o 25 de Abril pelo menos as nacionalizações eram claras opções políticas e não estes jogos manipuladores.

Parece-me haver um padrão entre António Costa e José Sócrates onde ambos vêem o poder como um poder absoluto ou um polvo a controlar tudo e todos.

Pelo menos não preciso de ir ao cinema ou ao teatro para ver tristes espectáculos de intriga e manipulação como a que aconteceu na questão dos professores.

terça-feira, 7 de maio de 2019

Congelamento do tempo de serviço ou a arte de misturar alhos com bugalhos

O congelamento do tempo de Serviço é uma injustiça e não resolve para futuro o problema da sustentabilidade das contas públicas pois não atinge os novos professores.

É uma injustiça a vários níveis, entre funcionários públicos, e também entre professores pois vai permitir a ultrapassagem de uns professores por outros.

Não só os professores da Madeira e Açores irão ultrapassar os professores do continente como os novos professores, que não foram afectados pelo congelamento, vão ultrapassar os professores que sim foram afectados pelo congelamento.

Na prática o que o congelamento faz é que seja muito difícil ou impossível os professores afectados virem a atingir o último escalão da carreira antes da reforma.

Se desejam diminuir o ordenado dos professores então que seja para todos os professores e não apenas para alguns, por exemplo eliminando o último escalão da carreira. Isso seria mais justo pois atingiria toda a classe actual e futura e não apenas alguns.

Já não falo aqui se é justo um professor ganhar em termos líquidos menos do que um varredor de ruas quando se contabiliza os gastos que o professor é obrigado a fazer para poder trabalhar a centenas de quilómetros de casa e a mudar constantemente de cidade, sem qualquer ajuda de custo que outros funcionários tem e que os professores não tem.