terça-feira, 7 de maio de 2019

Congelamento do tempo de serviço ou a arte de misturar alhos com bugalhos

O congelamento do tempo de Serviço é uma injustiça e não resolve para futuro o problema da sustentabilidade das contas públicas pois não atinge os novos professores.

É uma injustiça a vários níveis, entre funcionários públicos, e também entre professores pois vai permitir a ultrapassagem de uns professores por outros.

Não só os professores da Madeira e Açores irão ultrapassar os professores do continente como os novos professores, que não foram afectados pelo congelamento, vão ultrapassar os professores que sim foram afectados pelo congelamento.

Na prática o que o congelamento faz é que seja muito difícil ou impossível os professores afectados virem a atingir o último escalão da carreira antes da reforma.

Se desejam diminuir o ordenado dos professores então que seja para todos os professores e não apenas para alguns, por exemplo eliminando o último escalão da carreira. Isso seria mais justo pois atingiria toda a classe actual e futura e não apenas alguns.

Já não falo aqui se é justo um professor ganhar em termos líquidos menos do que um varredor de ruas quando se contabiliza os gastos que o professor é obrigado a fazer para poder trabalhar a centenas de quilómetros de casa e a mudar constantemente de cidade, sem qualquer ajuda de custo que outros funcionários tem e que os professores não tem.

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